As operadoras de serviços de telemóvel vendem cada vez mais produtos, serviços e telemóveis, mas, comprovadamente, não atualizam as redes e as antenas!
Fazemos as chamadas e procuramos estabelecer comunicações móveis, quer seja por voz ou imagem (3G), ou procuramos estabelecer comunicações de dados e internet (4G), e o que vemos é que estes são processados cada vez mais com péssima qualidade, lentamente ou sem sucesso porque ou não há rede, ou a cobertura é péssima, muitas vezes as comunicações fazem-se com muitas falhas e interrupções e, não poucas vezes, dão-se perdas de dados, etc., enfim está a ser fornecido e cobrado aos consumidores um mau serviço, de muito deficiente qualidade, verificando-se cada vez mais e pior, o que constatamos diariamente, uma muita má qualidade na prestação dos serviços móveis em causa.
Ora, as operadoras, que receberam as licenças em preço muito vantajoso para operarem no território nacional, quer até mesmo em relação aos preços e condições praticados em relação às suas congéneres europeias, contra a obrigação pública e contratual de cobrirem com boa qualidade todo o território nacional, estão em troca a prestar um serviço de muito má qualidade, senão mesmo, estão a violar as suas obrigações contratuais públicas e privadas da prestação de um serviço de telecomunicações.
O que vemos, o que se prova quotidiana e usualmente, é que a prometida e obrigatória qualidade mínima dos serviços de telecomunicações móveis está gravemente faltar e o que nos é feito chegar é, em regra, de muito má qualidade!
E os consumidores e utilizadores dos serviços móveis, por sua vez, também sabem que pagam um conjunto de serviços que é caro e que não perdoa contas em atraso!
Ou seja, e resumindo e concluindo, as operadoras de telemóvel, andam a vender-nos "gato por lebre", mas, no final, mais uma vez (!), como se prova e comprova nesta relação desigual e injusta, quem seja lixa é o mexilhão (vulgo: povinho).
E eu pergunto: o que é que os senhores da Anacom, pagos milionariamente com os nossos impostos e uma parte do que também pagamos na fatura dos serviços telefónicos, que são quem, por lei, autoridade e competência, compete fiscalizar e atuar em ordem a defender e proteger os consumidores, andam a fazer???
Mas que pouca-vergonha é esta, e porque é que o Estado não atua em ordem a defender a legalidade e proteger os cidadãos, os consumidores e os seus direitos?
Haja decência, meus senhores!