A recente polémica sobre a identidade do jornalista espanhol e conteúdo das reportagens que elaborou sobre os incêndios e a manifesta desorganizaçãp e incompetência do proteção civil e do Governo Português, vêm nos mostrar quão preocupante e a que nível baixo chegou a liberdade informativa em Portugal.
Já sabíamos há muito que em Portugal não há uma comunicação social livre e crítica, antes pelo contrário, ela é servil e parcial para com o poder político, os partidos políticos instalados e o Estado, aliás refletindo a atitude geral dos portugueses de subserviência, de dependência e clientelar do poder partidário vigente e do Estado.
Por isso temos o país cada vez mais pobretana e miserável, sem civismo e sem civilidade, a democracia é um simulacro em que os partidos se vão perpetuando no poder para roubar Portugal e os portugueses, o futuro nacional vai-se hipotecando, Portugal se destruíndo e esvaziando de pessoas e dignidade e cada vez mais mafioso e criminal.
O tuguita, como disse o poeta romano Julius, gosta é de pão e circo.
Na verdade, ainda gosta mais quando o poder partidocrático dele abusa e goza.
Tristes portugueses estes da república abrilista, um dia o hão-de dizer as gerações futuras.
Relativamente ao jornalista espanhol em causa temos ainda de nos preocupar mais sobre a atual situação política portuguesa ao ele ter ele sido alvo, por banda de cobardes portugueses, maioritariamente não identificados, de ataques ao seu caráter e ao seu profissionalismo, e, ainda se torna mais estranha, a enorme preocupação e apetite pela sua identificação por banda do Sindicado dos Jornalistas Portugueses.
O Portugal político está a ficar mesmo muito perigoso, os Partidos Políticos parecem cada vez mais com hienas.