Fomos comparar os custos das chamadas democracias norte-americana e portuguesa e, depois de consultar as respetivas fontes, chegámos aos seguintes resultados:
Os salários dos 100 membros do Senado dos EUA somam o valor total anual de 13 milhões e 429 mil euros.
E os salários dos representantes da Câmara dos Representantes dos EUA somam o valor total de 58 milhões e 416 mil euros.
Ou seja, as duas Câmaras de deputados americanos, que formam o o Congresso Norte-Americano, representam um custo salarial anual total de 71 milhões e 845 mil euros.
Já os salários dos 230 deputados portugueses da Assembleia da República somam valor total anual de 10 milhões e 293 mil euros.
Comparativamente os EUA têm uma população de 308 milhões e 745 mil habitantes e um PIB per capita de € 39.637,00, e Portugal tem uma população de 10 milhões e 487 mil habitantes e um PIB per capita de € 17.200,00.
O que equivale, nos EUA um deputado para cada 566 mil 504 cidadãos americanos, e em Portugal um deputado para cada 45 mil quinhentos e 504 cidadãos portugueses.
Matematicamente, os deputados americanos em salários custam a cada um dos norte-americanos 23 cêntimos de euro, enquanto os salários dos deputados portugueses custam a cada um dos portugueses 98 cêntimos.
Ora, comparativamente e em proporção aos PIB per capita norte-americano e português, cada um dos deputados portugueses custa per capita 9,8 vezes, ou 980%, mais do que os seus homólogos norte-americanos.
E aqui não contámos com as ajudas de custo de representação, viagens e alojamentos pagos, cartões de crédito, subsídios de renda e de alojamento, e demais subvenções e subsídios no exercício e após o fim do exercício para os deputados portugueses, que podem muito facilmente duplicar a sua remuneração global.
Na verdade, temos de concluir, que em Portugal temos demasiados e muito caros deputados para as posses dos portugueses.
E temos de nos questionar: Portugal, um país falido e ultra-endividado, pode ainda suportar luxos destes com os seus deputados?
Fontes:
1 - Assembleia da República Portuguesa: http://dre.pt/pdfgratis/2013/11/22600.pdf#page10
2 - Congresso dos Estados Unidos da América: http://www.senate.gov/CRSReports/crs-publish.cfm?pid='0E%2C*PL%5B%3D%23P%20%20%0A
Cada vez mais confirmo o que há muitos anos atrás um dia pôde ler, já não me lembro do nome do seu autor, que dizia o seguinte: "não há nada como a estupidez humana para bem compreender a infinita extensão do Universo".
Quando leio ou ouço dizer a alguns pseudo e falsos democratas que é por meio do estabelecimento de mais desigualdades que vamos eliminar as graves desigualdades já existentes lembro-me sempre daquela inteligente frase e concluo como o quanto estúpidos podem ser algumas pessoas.
Cito aqui alguns recentes exemplos que tenho lido ou ouvido e que me avivam aquela frase: que será pela implantação da monarquia, ou seja, pelo restabelecimento legal dos privilégios ou descriminação de sangue ou de apelido a favor de umas quantas famílias, que se irá criar mais diginidade, democracia ou mais igualdade em Portugal (só se for por meio da disseminação dos bastardos, ou quiçá a realeza emprenhando o maior número possível de sopeiras..., digo eu); ou que pode ser o comunismo, portanto um regime de opressão sobre as pessoas, de repressão sobre as suas liberdades e as diferenças, que se irá criar uma sociedade de pessoas mais iguais (só se for mesmo pelo assassinato das demais pessoas que pensam diferente..., digo eu); ou que o regime português funcionará melhor com a constituição de um senado composto pelos reformados e velhos da governação e da política (e já agora, também lhes vamos dar umas pensões vitalícias de umas dezenas de milhares de euros por ano???); ou, aquela ainda mais idiota ideia da Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, que a democracia portuguesa pode melhorar com umas tertúlias dos deputados e dos partidos com os cidadãos (só se for bem regada com vinho e com melhor comida, ao tipo de Roma antiga com “pão e circo”, ... pois deve ser), etc., etc.
Às vezes dou-me conta a pensar que no Guiness, Portugal deve constar num dos primeiros lugares do ranking no capítulo da estupidez humana, não sei é se está no primeiro lugar, ou num dos seguintes, em troca e à vez com a Venezuela, a Coreia do Norte ou o Irão do regime dos Aiatolas!
Numa coisa tenho de concordar com alguns historiadores e politólogos, a causa maior do empecilho da evolução democrática em Portugal são o poder dumas quantas mesmas famílias aristocráticas e que vêm já, com os seus arreigados hábitos de superioridade, arrogância e prepotência, desde meados do Século XVII e finais do Século XIX, a maioria delas que depois se converteu ao poder especulativo e financeiro, e as restantes foram-se alcandorando, através dos mais escusos e manhosos truques, cunhas e favores, nos altos lugares e bem pagos da burocracia e da diplomacia do Estado Português.
Mas eu ainda quero acreditar que os portugueses são bem mais inteligentes e não se vão deixar sempre levar por estes arautos hipócritas e pelas suas falsas e mentirosas ladainhas e, um dia no nosso futuro, Portugal ainda irá mudar profundamente e para bem melhor!
Tenho esperança!