Na política não há escolhas inocentes, nem ideologias sem proveitos egoístas!
No raciocínio de António Costa de se manter a TAP nas mãos do Estado, para além de uma lógica natural da manutenção do despesismo financeiro público e do amiguismo de Estado com o fito da nomeação político-partidária dos seus boys e girls, há sempre o proveito dos negócios públicos com vista ao seu enriquecimento pessoal e dos grupos de amigos que o rodeiam.
Todos os partidos políticos, centrais sindicais e agiotas do sindicalismo há 40 anos bem sabem da evidente natureza e dos fins para o que serve e tem servido o Estado, e António Costa limita-se a dizer em público o que aqueles outros atores políticos pensam e desejam.
No dia em que não houverem empresas públicas a partidocracia extingue-se por ausência de negócios na política!
É evidente, Costa!
Mas alguém em juízo perfeito pensará que estes governantes e políticos nos negócios do Estado Português "dão ponta sem nó"? Ou, como poderão explicar estes fulaninhos as suas vultuosas fortunas e a crescente ostentação de sinais de riqueza milhares de vezes superiores aos seus parcos e cada vez mais curtos salários oficiais? O processo da privatização dos Estaleiros de Viana do Castelo é apenas mais um, entre milhares de outros, casos suspeitos de negociatas muito mal explicadas, onde, certamente, também abundam inúmeros sinais de total incompetência dos decisores políticos. E as ligações promíscuas entre Ministros, Sociedades de Advogados e Gestores mercenários de ocasião apenas se limitam a revelar o óbvio das ligações perigosas que presidem aos processos negociais em causa. Os Estaleiros de Viana, como tantas outras, tais como a TAP, CP, Refer, Metros, etc., para além de mostrarem a péssima e enorme incompetência dos sucessivos governos na gestão das ineptas empresas públicas, põe também a nu o terrorismo político, económico e social dos demais atores envolvidos. Os sindicatos, os partidos políticos, os Governos Central e Regional, o Presidente da República, os Deputados e as Câmaras Municipais, em geral e em particular, são descarada e assumidamente agentes odientos e destrutivos que tudo fazem para destruírem e levarem Portugal ao charco. Onde é que está a justiça para punir estes tantos bandidos? É mesmo muita a pretensão a dos esquerdistas ao criticarem e quererem substituir os outros esquerdistas no governo das empresas públicas, julgando-se uns melhores do que os outros. Afinal, todos eles, só ainda não perceberam que a sua vaidade mostra-os exatamente iguais, porque e caso fossem melhores tudo fariam para se livrarem das causas da corrupção político e económica que está por detrás da sua gestão, ou seja, privatizando essas empresas públicas ruinosas. Mas, afinal de contas, o que todos eles querem é, como o povo diz sabiamente, mandar e mamar!
A comunicação social portuguesa saloia lançou a notícia de que a água desperdiçada nas redes e canalizações públicas representaria uma perda de 167 milhões de euros anuais.
Mas, esta notícia capciosa e falsa só serve mesmo para passar a ideia da privatização da água, caso não se perceba e analise criticamente a susbtância dos interesses que estão por detrás da mesma.
Veja-se: esta água só podia vir alcançar este valor depois de comercializada aos preços altíssimos pretendidos pelas empresas privadas interessadas na privatização da água, já que sendo unicamente perdida nas canalizações ela representa meramente o custo da sua extração, tratamento e transporte, ou seja, o que esta água "perdida" verdadeiramente representa não é sequer um centésimo daquele valor anunciado.
A noticía, claramente, também destina fundamentalmente a patrocinar os pretendidos futuros custos altissímos da água a fornecer aos consumidores pelos privados, a ser vendida a custo de produto de luxo.
É claro que não se coloca em causa o custo ecológico e também da sua perda, embora a sua perda, de facto, mais não seja do que a sua mera volta à natureza, portanto, ela não se perde, unicamente limita-se a escapar ao controlo do humano e volta livremente à mãe natureza.
E, ainda mais cinicamente, os espertalhões e mercenários mercantilistas que pretendem a privatização da água todo o custo querem também que seja o dinheiro dos contribuintes a pagar a renovação das redes públicas de transporte e distribuição, para depois eles virem a embolsar, limpo de todas as despesas e investimentos, os altos lucros fabulosos da sua comercialização.
A tragédia é que o "bloco central" da Assembleia da República prepara-se para deixar passar a privatização geral do negócio das águas, engrossando de lucros fabulosos as empresas privadas interessadas, muitas delas inclusivamente estrangeiras, mesmo que isso implique colocar os portugueses sob a exploração desmesurada de empresas gananciosas e entregando um recurso de todos nós a umas poucas empresas e aos seus gestores milionários.
A notícia em causa tem "água no bico" e serve, muito bem, para manipular e intoxicar a opinião pública portuguesa e, estupidamente, a comunicação social portuguesa prestou-se ao recado de nos a querer fazer engulir que nem "patinhos".
O futuro negócio privado da água nova promete assim vir a ser a nova "EDP" monopolista e altamente lucrativa ao serviço de estrangeiros. A
s vítimas destas negociatas, mais uma vez, é o interesse público e os legítimos direitos dos consumidores portugueses.
Vergonha!