Vejam os nomes dos principais beneficiários das pensões milionárias e outras regalias de fonte ou natureza desconhecidas do Estado, quase todos ex-políticos.
Em meados de 2013 contavam-se 341 indivíduos, custam mais de 10 milhões de euros por ano ao erário público, mas desconhecem-se todos os seus nomes por a Assembleia da República e o Governo estarem a ocultar a sua identificação e os respetivos valores recebidos.
Na lista dos beneficiados destas reformas e demais regalias de luxo encontram-se os ex-titulares de cargos políticos ou ex-gestores de empresas públicas, sendo Presidentes da República, membros do Governo, deputados à Assembleia da República, ministros da República para as regiões autónomas, Governadores de Macau, membros do Conselho de Estado e Juízes do Tribunal Constitucional, desde o 25 de Abril de 1974 até 2005.
PARTIDO-NOME DO POLITICO-TACHOS-CARGO ACTUAL-SUBVENÇÃO/REFORMAS/OBSERVAÇÕES.
P.S.D. Alberto João Jardim P. Gov Reg. Madeira S.V. 94.000 Euros/ano
P.S. Alberto Martins Ex-Dep Ex-Min Adv. Prof. Prof. UN S.V. 2.905 Euros acresce vários venc.
P.S. Alberto Souto de Miranda Ass. Estag. UN/Ex-Pres. C. Vice Presid. Anacom 14.198 Euros acresce S.V. pela Câmara de Aveiro
P.S. Alda Borges Coelho Ex-Dir Fed Port Rugby Adm. ANA/NAER 110.000 Euros/ ano c/carro, telem. Desp. Desl.
P.S. Alexandre Rosa Ex-Sec. Est Ex. Ch. Gab. Vice Pres. IEFP 79.000 Euros/ano carro c/mot., telef. Desp rep.
P.S. Almerindo Marques Ex- Dep. Bancário/Gestor Gestor da Opway S.V. 200.000 Euros/ano
P.S.D. Álvaro Barreto Ex-Ministro Reformado S.V. 3.400 Euros ref. 3.500 Euros/mês
P.S. Ana Benavente Ex-Sec. Est. Sub. Reint. 62.000 Euros
P.S. Ana Catarina Mendes Ex-Dep. Sub Reint. 24.000 Euros
P.S.D. Ana Manso Ex-Dep. Sub. Reint.
P.S. Ana Sofia Tomaz Aces. Sec. Est. Vogal C.Adm. E.P. 151.000 Euros/ano mais carro+telef. (o que faz?)
P.S.D. Ângelo Correia Ex-Dep Ex-Ministro Presid. Empresas S.V. 2.200 EUROS acresce vários vencimentos
P.S.D. Aníbal Cavaco Silva Ex- Dep. Ex-Ministro P.Rep. Pres. República 140.000 Euros/ano Prescindiu venc PR 6.523 Eu
P.S. António Almeida Santos Ex-Dep. Ex-Min. S.V. ref. 4.400 Euros/mês
P.S. António Castro Guerra Ex-Sec. Est. Pres. Cimpor 210.000 Euros ano 2010
P.S. António Guilh. Rodrigues Ex. Acess Min. Ex. Sec Est. Presid. ANA 185.000 Euros/ano sub., desl./ cartão crédito
P.S. António Guterres Ex-Dep. Ex-1º Min. Alco Com Refug. ONU S.V. 700.000 a 900.000 euros/mês
C.D.S. António Lobo Xavier Ex-Dep. Com. Exec. BPI desconhece-se
P.S.D. António Mexia Ex-MinistroEx-Pres. GALP Presid. E.D.P. 3.100.000 Euros/ano 8.500 Euros/dia.
P.S.D. António Nogueira Leite Vogal C.G.D. desconhece-se
P.S. António Vitorino Ex-Dep. Ex-Ministro Advogado S.V. 2.000 Euros 383.000 Euros/ano 2005
P.S.D. Arlindo de Carvalho desconhece-se
P.S. Armando Vara Ex-Dep. Ex-Ministro/Outros Pres. Camargo S.V. 2.000 Euros 822.000 Euros/ano 2010
P.S. Artur Penedos Ex-Dep. ref. 1.800 Euros/mês
P.S.D. Artur Torres Pereira Ex-Dep. Sub. Reint. 44.000 Euros
P.S. Ascenso Simões Ex-Dep. Ex- Sec Est. Vogal Adm. ERSE 189.000 Euros/ano c/carro s/motorista
P.S.D. Assunção Esteves Ex-Dep. Pres. A. Rep. 120.000 Euros/ano Acumulação de Pensão com Vencimento enquanto Pres. da Assembleia da República: http://euacuso.blogs.sapo.pt/79456.html
P.S. Augusto José Pereira Luis Ex-Adm Epal Presid. Nav 110.000 Euros/ano carro c/mot., telef. Desp rep.
P.S. Augusto Santos Silva Ex-Dep Ex-Min. Prof. Cat. S.V. 6.000 Euros/mês
C.D.S. Bagão Félix Ex-Dep Ex-Ministro Prof. Cated. Gestor S.V. 1.000 Euros ref. 1.800 Euros/mês e outras
P.S. Carlos Beja Ex-Dep Adm. Nav 100.000 Euros/ano carro c/mot., telef. Desp rep.
P.C.P. Carlos Brito Ex-Dep. S.V. 2.800 Euros
P.C.P. Carlos Carvalhas Ex-Dep. S.V. 2.800 Euros
P.S. Carlos Dias Alves Adm CTT desconhece-se
P.S. Carlos J. R. Santos Ferreira Ex-Dep. Presid. Mill-BCP desconhece-se
P.S. Carlos Melancia Ex-Ministro/Ex-Gov. Macau Emp. Hoteleiro S.V. 9.150 Euros mensais a acresce ao seu vencimento
P.S. Carlos O. Nunes Madeira Vice Presid. ANA desconhece-se Presid. 189.273 Euros/ ano
P.S.D. Carlos Tavares Ex-Min. Pres. CMVM desconhece-se
C.D.S. Celeste Cardona desconhece-se
P.S. Correia de Campos Ex-Ministro S.V. 5.524 Euros
P.S.D. Daniel Sanches Ex-Pro.Rep. Ex-A SLN/BPN ref. 7.316 Euros/mês
P.S.D. David Justino Ex-Dep. Ex-Min. Sub. Reint. 38.000 Euros
P.S.D. Dias Loureiro Ex-Dep Ex-Ministro Gestor S.V. 1.700 Euros 861.000 Euros/ano 2001
P.S.D. Duarte Lima Ex-Dep Advogado S.V. 2.200 Euros acresce venc.
P.S. Duarte Nuno L. R. Araújo Adm. CTT 336.662 Eueos/ ano
P.S.D. Eduardo Catroga Ex-Ministro Prof. Cat. Pensão 9.693 Euros
P.S. Fátima Felgueiras S.V.
P.S.D. Fernando Faria de Oliveira Ex-Min. Pres. C.G.D. 560.012 Euros/ ano
P.S. Fernando Gomes Ex. Dep. Ex. Min. Ex. P. C. Vogal Galp 529.000 Euros/ano Prémios/PPR/renda casa
P.S.D. Fernando Nogueira desconhece-se
P.S. Fernando Rocha Andrade Ex- Sub Sec Est Adm REN 48.000 Euros/ ano vai à Ren 2 dias por mês
B.E. Fernando Rosas Ex-Dep. Prof. Cat Escritor S.V. recebeu sub. Reint.
P.S. Fernando Teix. dos Santos desconhece-se
P.S.D. Fernando Ultrich Ex-Chefe Gab. Min. Presid. BPI desconhece-se
P.S. Fernando Vaz de Medeiros Ex. Sec Est Adm. Empordep 4.184 Euros/ano resp Auditoria
P.S. Filipe Batista Ex.Sec. Est. Adj. Vogal Adm. Anacom 198.000 Euros Ano 2010 c/carro s/motorista
P.S. Francisco J. C. Reis Ex Pres. CP Pres. Metro Lisboa desconhece-se
B.E. Francisco Lousa Dep. 65.000 Euros/ano
P.S. Francisco Murteira Nabo Ex-Sec. Est. Ex- Min. Outros Pres. Galp desconhece-se
P.S. Francisco Torres Ex-Dep. Sub. Reint. 41.000 Euros
C.D.S. Freitas do Amaral desconhece-se
C.D.S. Gonçalo Ribeiro Da Costa Ex-Dep. Sub. Reint. 22.000 Euros
P.S. Gonçalo Velho Ex-Dep. Sub. Reint. 41.000 Euros
P.S. Guilherme Oliveira Martins Ex-Ministro Adm. BPN Efisa desconhece-se
P.S. Helena Roseta Ex-Vereadora ref. 2.800 Euros/mêsP.E.V. Isabel Castro Ex-Dep. S.V. ref. 2.200 Euros/mês
P.S. Isabel Pires de Lima Ex-Dep. Ex-Min. Sub. Reint.
P.S.D. Isaltino Morais desconhece-se S.V.
P.S. Jaime Gama Ex-Dep. Ex.Min. Ex.P.A.R. S.V. Ref.
P.C.P. Jerónimo de Sousa dep. 57.000 Euros/ano
P.S. João Cravinho S.V. 3.000 Euros Ref.
P.S. João José Amaral Tomaz ex-Sec. Est. Adm.B.P.
P.S.D. Joaquim Ferreira do Amaral Ex-Ministro Adm. Lusoponte S.V. 3.000 Euros 278.000 Euros/ano 2009
P.S. Joaquim Pina Moura Ex-Min. Adm. Iberdrola 700.000 Euros/ano 2006
P.S. Jorge Coelho Ex-Dep. Ex-Ministro VicePres. Mota-Engil S.V. 2.400 Euros 700.000 Euros/ano 2011
P.S. Jorge Sampaio Ex-Dep. Ex-Pres. Rep. S.V. Ref.
P.S. José Leitão Ex-Dep. ref. 2.400 Euros/Mês
P.S. José Lello Dep. Dep. S.V. 2.234 Euros acresce venc.
P.S.D. José Luís Arnaut Ex-Dep. Ex-Min. S.V.
P.S. José Luís Serra Ex-Presid. Câmara Adm. ENVC Não revela
P.S.D. José M. S. Rodrigues Pres. Carris desconhece-se
P.S. José Penedos Ex-Sec. Est. Pres. REN/Vogal Esp 728.000 Euros/ano 2009
P.S.D. José Silveira Godinho Ex-Ministro Adm. B.P. 364.000 Euros/ano (2005) agora + 400.000 Euros/ano
P.S. José Sócrates Ex. Dep.Ex. Min. Ex.1ª Min. 100.000 Euros/ano mais comissões/luvas
P.S. José Vera Jardim Ex-Dep. Ex-Min. S.V. Ref.
P.S. Laurentino Dias Dep. 3.400 Euros/mês
P.S.D. Leonor Beleza Ex-Dep. Ex-Sec. Est. Ex-Min. Pres. Fund. Champal. ref. 2.200 Euros/Mês acumula ordenado
P.S. Luís Campos e Cunha Ex-Ministro/Ex-Adm. B.P. Adm Banif desconhece-se e pensão 114.000 Euros/ano
P.S. Luis F. M. Sousa Pardal Pres. Refer desconhece-se
P.S.D. Luis Filipe Menezes desconhece-se S.V.
P.S.D. Luis Filipe Pereira Ex-Ministro Pres. Efacec S.V. 5.663 Euros Sub. Reint. 26.890 Euros e ord.
P.S.D. Luis Marques Mendes Ex-Dep. Ex-Ministro S.V. 2.905 Euros
P.S. Luís Nazaré Ex-Presid. Anacom Com. Est. CTT 49.000 Euros/ano
C.D.S. Luís Nobre Guedes Ex-Dep. Ex-Min. Sub. Reint. 62.000 Euros
P.S. Luís Parreirão Ex-Sec. Est. Vogal Adm M.Engil 463.000 Euros/ano 2009
P.S. Luís Patrão Ex-Sec Est. Ex-Ch. Gab. Presid. Turismo Port. 83.000 Euros/ano c/carro, motorista, desp rep.
P.S.D. Macário Correia desconhece-se S.V.
P.S. Manuel Alegre Ex-Dep. S.V. 2.200 Euros e ref. 3.200 Euros/mês
P.S.D. Manuel Carlos Lopes Porto Presid C.G.D. desconhece-se
P.S. Manuel Pinho Ex-Minist. Prof. Un. Columbia não revela patroc. EDP 3 milhões Euros
P.S.D. Manuela Aguiar Ex-Dep S.V. ref. 2.800 Euros/mês
P.S.D. Manuela Ferreira Leite Ex-Dep. Ex-Ministra S.V. 2.905 Euros
P.S. Maria de Lurdes Alves Adm. Naer 7.500 Euros
P.S. Maria de Lurdes Rodrigues Ex-Min. Presid. FLAD não revela rem.
P.S. Maria do Carmo Romão Ex-Dep. Sub. Rein. 62.000 Euros
P.S. Maria Santos Ex-Se. Est. Sub. Reint. 62.000 Euros
P.S. Mário Lino Ex-Min. C.G.D. Seguros 26.861 Euros/ano S.V.
P.S. Mário Soares Ex-Dep. Ex.1º Min. Ex-P.R. S.V. 500.000 Euros/ano
P.S. Marques Junior Ex-Dep. S.V. P.S. Medeiros Ferreira Ex-Dep. Ex-Min. S.V. ref. 2.800 Euros/mês
P.S.D. Miguel Beleza Ex-Ministro Adm BP desconhece-se
P.S.D. Miguel Cadilhe Ex-Ministro Adm BPA desconhece-se
P.S.D. Miguel Roquette Ex- Adj Ministro Ex-Ch Gab Adm Metro Lisboa 6.306 Euros
P.S.D. Mira Amaral Ex-Dep. Ex-Min. Adm B. BIC 414.000 Euros/ ano 18.000 Euros/mês
C.D.S. Narana Coissoró Ex-Dep. S.V. 2.905 Euros ref. 2.800 Euros
P.S.D. Norberto E. S. Rosa Ex-Sec Est Adm C.G.D. 17.457 Euros
P.P.M. Nuno da Câmara Pereira Ex-Dep. Sub. Reint.
C.D.S. Nuno M.P. M. Fern. Thomaz Vogal C.G.D. desconhece-se
P.C.P. Odete Santos Ex-Dep. S.V. 3.000 Euros P.S.D. Oliveira e Costa desconhece-se P.S.D. Pacheco Pereira Ex-Dep. S.V.
P.S. Paulo Campos Ex-Sec Est. desconhece-se protagonista de negociatas
P.S. Paulo Casaca Ex-Dep. Sub. Reint. 53.000 Euros
P.S. Paulo Pedroso Ex-Dep. Ex.-Min. Sub. Reint. 48.000 Euros
C.D.S. Paulo Portas Ex-Dep. Min. 52.000 Euros/ano
P.S.D. Paulo Teixeira Pinto Ex-Sub.Sec Est Ex-sec Est. Adm Mill BCP ref. 3.500 Euros/mês indem. 10 milhões Euros
P.S. Pedro A. A. Santos Coelho Ex- Sec. Est. Pres. Cons. Adm CTT 336.000 Euros/ano
P.S.D. Pedro M. D. Rebelo Sousa Vogal C.G.D. desconhece-se
P.S.D. Pedro Roseta Ex-Min. S.V. ref. 2.800 Euros/mês
P.S.D. Pedro Santana Lopes Ex-Dep. Ex-1º Min S.V. acumula várias reformas
P.S. Pedro Silva Pereira Ex-Min. Dep. desconhece-se
P.S. Ricardo Castanheira Ex-Dep. Sub. Reint. 41.000 Euros
P.S.D. Ricardo M. S. Bayão Horta Ex-Sec. Est. Ex-Min. Adm. Cimpor 285.000 Euros/ano S.V.
P.S.D. Rodolfo Lavrador Ex-chefe gab. Ex- Sec Est Adm C.G.D. 17.457 Euros Porquê?
P.S. Rui Ferreira Dinis Ex- Adj Sec. Est Adm E.P. 196.940 Euros / ano Porquê?
P.S. Rui Gonçalves desconhece-se
P.S. Rui M. S. Veres Adm. ANA/NAER 189.273 Euros/ mês Porquê?
P.S.D. Rui Manuel P. C. Machete ADM C.G.D. 558.000 Euros/ano
P.S. Rui Pereira desconhece-se P.S.D. Rui Rio Ex-Dep. Pr. C. Adm. Metro P.
C.D.S. Silvio Cervan Ex-Dep. Sub. Reint. 41.000 Euros
P.S. Sónia Fortuzinhos Ex-Dep. Sub. Reint. 62.000 EurosP.S. Torres Couto Ex-Sec. Geral UGT Dep. P.E. desconhece-se Caso Fundo S. Europeu
P.S.D. Valentim Loureiro Pr. C. Pres. Metro P. 157.670 Euros/não
P.S. Vasco Franco Ex-Dep. Reforma 4.500 Euros/mês
P.S.D. Vieira de Castro Ex-Sec. Est. ref. 2.800 Euros/mês
P.S. Vitalino Canas Dep. 3.400 Euros/mês S.V.
P.S. Vitor Constâncio Ex-Dep./Ex-Min.Ex-G.B.P. V. Gov. B.Europeu 282.000 Euros/ano (2006) agora + 350.000 Euros/ano
P.S.D. Vitor Martins Ex.Pres. C.G.D. (1 ano) Cons. Ass. Eur. P.R. indem. 900.000 Euros
P.S.D. Zita Seabra Ex-Dep PCP/PSD Pres. Adm Altheia S.V. 3.000 Euros acresce venc.
S.V. = Subsídio Vitalício.
Venc. = Vencimento.
Ref. = reforma.
Uma vergonha e um escândalo!!!
Não pode haver uma real democracia política em Portugal até que não se criem duas leis essenciais para a transparência e responsabilização da vida política e o controlo do património dos políticos: a primeira, a lei de responsabilização civil e criminal por atos ilícitos e danosos cometidos no exercício de cargos públicos e a segunda, a lei da criminalização do enriquecimento ilícito dos titulares dos cargos públicos.
Enquanto estas duas leis não foram postas em prática o que temos, e continuaremos a ter em Portugal, são a absoluta impunidade política e governativa e a irresponsabilidade civil e criminal dos titulares dos cargos públicos e políticos por quaisquer abusos de poder!
E não se diga que existe a Lei dos Crimes da Responsabilidade de Titulares de Cargos Públicos, a lei n.º 34/87, de 16/7, porque esta lei é de muito difícil aplicação, e raros foram os políticos ou ex-políticos alvo da sua aplicação e e muito menos ainda objeto das suas sanções e penas.
Fingem que pagam, mas pagam-se
Fingem que falam, mas sussurram entre eles
Fingem que produzem, mas destroem
Fingem que entretêm, mas distraem-nos
Fingem que dão, mas não é deles
Fingem que administram, mas locupletam-se
Fingem que gerem, mas arruínam.
Fingem que investem, mas roubam
Fingem que poupam, mas esbanjam
Fingem que governam, mas governam-se
Fingem que estão connosco, mas só estão para eles mesmos
Fingem pelos nossos interesses, mas o seu desinteresse é interessado
São fingidores de fingir, maus atores de mau fingir
Fingem que são políticos, mas são apenas disfarces
Fingidos e fingidores, mas já lhe conhecemos as manhas.
Qualquer automobilista é responsabilizado pelas suas ações no trânsito.
Um restaurante é responsabilizado pelo que serve à mesa.
Um médico é responsabilizado pela sua conduta profissional.
Um qualquer funcionário público é sancionado pelas suas falhas.
Então, por que razão, em Portugal nenhum político é responsabilizado pelos seus atos?
Instalou-se em Portugal um sistema de intocabilidade religiosa em dois meios fortemente interligados, que são o financeiro e o político.
O pior que pode acontecer a um financeiro ou a um político é não ser reeleito para o seu cargo.
As desgraças que as suas atuações causam a tanta gente são hoje consideradas irrelevantes.
Isto está profundamente errado!
Procurar vestígios de corrupção, para ver se algum político ou governante acumulou fortunas pessoais de forma ilegal, é apenas um levantar de uma cortina de fumo, para não mostrar a verdadeira gravidade da situação.
Os seus comportamentos devem ser vistos individualmente, tais como as origens das feridas que as suas ações causaram com os seus efeitos nefastos, ao povo e à pátria, que supostamente deviam defender.
Proponho que pessoas qualificadas "avaliem a performance" (permito-me, neste caso específico, a usar a terminologia dos próprios), de todos os políticos, que ocuparam cargos no pós-25 de Abril de 1974.
Apoderaram-se de uma nação, que existia em harmonia desde da Ilha do Corvo até Timor..
O que fizeram dela?
Devem ser calculados, em números, os prejuízos, que suas atuações causaram, não apenas ao que se designava de metrópole, mas também aos povos chamados de ultramarinos.
Deve ser criado um escalão onde se atribua as percentagens de peso nas decisões, que correspondam a cada lugar governamental e por dia de ocupação.
De seguida, deve-se procurar saber quais foram as pessoas que ocuparam estes lugares e qual o montante de estragos por elas causados.
Logicamente, devem ser responsabilizados pessoalmente; a igualdade de direitos e deveres com todas as outras profissões a isto obriga.
Não existe fundamento lógico que justifique que os governantes não possam ser chamados à responsabilidade. Qualquer taxista, talhante, dentista ou educador é responsabilizado pelos seus atos.
Um julgamento público, devidamente transmitido pela comunicação social, é suficiente para acabar com o assassinato da identidade nacional e conseguir o restabelecimento imediato da justiça e da soberania!
Qualquer um dos políticos responsabilizados deve ter direito de defesa e explicação do porquê das suas ações.
A justiça e a ordem pública têm de prevalecer!
Se as suas ações forem consideradas justificáveis perante o povo e a pátria, será absolvido.
Se as suas ações tiverem sido causadoras de endividamento da nação, do empobrecimento (espiritual ou financeiro) do povo, terá que tentar indemnizar a nação e o povo. Caso não tenham bens suficientes para fazer face ao peso dos danos, terão que responder todas as pessoas, empresas (incluindo os seus acionistas), ou instituições, que lucraram com as suas decisões e responder dentro dos montantes por eles indevidamente recebidos, para que se reponha o estado da Nação ao nível da data da sua tomada de posse.
Este julgamento terá, como consequência imediata, a dissuasão do aparecimento de novos caçadores de fortunas fáceis na governação.
Isto, por sua vez, será a vassourada de limpeza ética que uma profissão (que devia ser merecedora de respeito) necessita urgentemente e, bem assim o restabelecimento da dignidade de todas as funções públicas e, muito em especial, as políticas e governativas.
Nós, os portugueses comuns, cidadãos anónimos e cumpridores de obrigações, trabalhadores, contribuintes e pagadores de impostos, portugueses, exigimos, urgentemente, justiça!
A primeira norma de uma qualquer Constituição Política, realmente justa e democrática, tem de imperiosamente estipular a obrigação de todos os patifes serem afastados da política e da sociedade em geral, incluindo, até mesmo e se necessário for, pela força.
Nunca é demais lembrar que a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) é nomeada pela Assembleia da República, a mesma, portanto, que a financia.
Ora, melhor conveniência, não podia haver para a mesma CNPD vir a pronunciar-se pelo sigilo das subvenções e outras pensões atribuídas aos ex-titulares de cargos públicos, na sequência do pedido do jornal Correio da Manhã ao Gabinete da Sra. Presidente da Assembleia da República se acumulava, ou não, o que até hoje se ainda se desconhece, o seu salário como PR da AR com a subvenção pelos seu tempo anterior ao serviço como juíza do tribunal Constitucional.
Já havíamos tratado este assunto num nosso anterior post: http://euacuso.blogs.sapo.pt/71467.html
E, então, deixamos aqui o link para o "famoso" e sui generis parecer da CNPD: http://www.scribd.com/doc/145225252/Deliberacao-1141-2011-da-CNPD
Um país, uma nação e um povo para serem conduzidos à máxima realização possível necessitam de sonhar e aspirar ao amor.
Portanto, necessitam de poetas que os conduzam à liberdade e ao amor.
Jamais políticos, os indíviduos que procuram para si o poder e o domínio sobre os demais.
O PSD e CDS vieram agora a público, pasme-se, por via da elaboração do Orçamento de Estado para 2012, declarar que querem aumentar contribuição extraordinária que incide sobre pensões milionárias da função pública que se encontrem acima de 5030 euros, passando estas a ser taxadas em 25% na parte que exceda aquele montante.
E ao mesmo tempo, para as pensões que excedam 18 vezes o Indexante de apoios Sociais, cerca de 7545 euros, propõem que a contribuição extraordinária será de 50% sobre a parte que exceda aquele montante.
Os restantes partidos políticos com assento na Assembleia da República, essa casa da vergonha ou da falta dela, calam-se, anuindo ao "laissez faire, laissez aller, laissez passer" que também tanto convém às suas clientelas.
Lido e ouvido isto assaltam-me logo à ideia os mais 3 milhões de pobres em Portugal, as suas mais de 700 mil crianças em situação de fome, subnutrição e privações várias, os crescentes milhares de sem-abrigo, os quase 1 milhão de desempregados, os mais de 1 milhão de idosos com crescentes e graves dificuldade de saúde e morrendo por falta de capacidade para o pagamento dos seus medicamentos vitais de saúde, as dezenas de milhares de famílias em aflição financeira, etc., etc.
No meu íntimo fica-me uma pergunta repetida a pesar: descontos ou taxas sobre as pensões douradas, mas a que títulos?
Mas digam-me lá outra vez, porque eu ainda não conseguir mesmo perceber!
Ou seja, o que eu pergunto é como num Estado falido, parasitário, endividado e deficitário, ainda há quem receba essas escandalosas pensões de luxo, pagas a peso de ouro?
Tem de haver maneira de perguntar aos portugueses se não há quem se insurja contra este abuso dos políticos e em seu favor, ou estaremos perante um completo absurdo?
E não vejo nada nem ninguém a erguer-se contra isto, nem a protestar, nem tão-pouco a indignar-se.
Verifico o silêncio cúmplice dos portugueses perante afronta.
Perante isto tido fico cada vez mais espantado.
Vivemos num país de faz de conta, em que os luxos de uns são pagos com a miséria absoluta de muitos.
Ora, perante a passividade popular generalizada a que assisto, numa coisa eu estou completamente seguro: um povo que suporta este gozo descarado e os abusos deste tamanho escancarado e escandaloso dos seus governantes é decerto um povo ignóbil e reles.
Com o coração a sangrar digo e sinto: tenho vergonha de ser português!
A UE calcula que só neste ano, o custo económico directo dos incêndios, pelos danos na floresta, e o indirecto, no repovoamento florestal e na economia em geral, ascendem a 200 milhões de Euros. Ora, os meios aéreos para combater os fogos, mais um ano adiados, e reclamados há já quase 20 anos, de 6 canadairs e 10 helicópteros custariam aquela quantia. Agora sim, percebemos bem os burros que temos tido ao comando do Estado. Ou querem é mesmo deixar arder Portugal? Eu acho que sim.
Agora é o Bloco de Esquerda que vem propor a criação de um "banco de terras. Propõem, para combater os fogos, que as terras ao abandono ou desmazeladas sejam integradas sob gestão pública. Dizem, para repovoar o interior e os meios rurais. Ouvimos bem? Vocês tão mesmo vê-los de "charros" na boca, de enxada ás costas e a caminho dos campos para cavar e semear? É só rir. Ou andam a fumar coisas estragadas? ahahahah