A Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova em Novembro de 2013 aprovou o projeto de arquitetura das obras há muito construídas pela Indoliva, que foram detetadas em 2000 na sequência de um Processo de Inquérito levantado então pelo Ministério Público de Condeixa, e sem que tivessem sido atempada, legal e regularmente autorizadas.
Temos de perguntar: porque é que o executivo camarário aprovou agora em finais de 2013 obras a uma empresa que tantos incómodos tem causado ao povo de Condeixa?
E será que a CMC vai aprovar as obras que permitem a esta empresa continuar a sua atividade poluídora no concelho? Será que teremos de recorrer aos meios judiciais para obrigar esta Câmara a fazer respeitar o seu próprio povo?
Os ferrenhos socialistas de Condeixa-a-Nova colocados perante o súbito aumento de gastos do novo e recém eleito Executivo Camarário do Partido Socialista, com mais um vereador a tempo inteiro (40 mil euros de ordenados por ano), sendo já no total 3 vereadores a tempo inteiro, portanto mais 2 para além do limite legal de 1, e o recente aluguer da pista de gelo durante este mês de Dezembro (51.600 euros), quando são confrontados perante as evidências do aumento da pobreza, do desemprego, da fome, da carência e da miséria generalizadas de centenas de Condeixenses respondem-nos em uníssono que isso são malandros, e que vão mas é trabalhar.
Ora, ora... eu cá por mim, que até sou de direita, economicamente liberal, independente e democrata, tenho de concluir que estes partidocratas, e outros que tais, tresandam!
(descarga de esgotos a céu aberto pela ETAR de Bruscos, freguesia de Vila Seca, concelho de Condeixa-a-Nova)
O futuro de Portugal é uma esperança árdua, ténua; é mesmo muito difícil e trabalhoso mudar um povo, como o português, habituado a "papas e bolos". Deixo aqui um exemplo: Condeixa-a-Nova, que não tem ainda água e saneamento públicos ao domicílio em todo o concelho, o seu presidente de Câmara, recentemente eleito, o socialista Nuno Moita, anunciou por ocasião do Natal colocar uma pista de gelo no centro da vila. Sublinho, durante o Verão certas zonas do concelho, como sejam uma parte da vila e as zonas circundantes do seu parque industrial, tresandam a maus cheiros dos esgotos descarregados a céu aberto. O desemprego, a miséria e a fome já assoberbam inúmeras famílias neste concelho, e só algumas dádivas aos muitos carenciados vai evitando a explosão de pobreza. Entretanto, no edifício da Câmara e à sua volta, desde o final do mês de Novembro, também já abundam as iluminações e os enfeites de Natal! Mas se até na Venezuela o ditadorzeco Nicolas Maduro decretou oficialmente que em Novembro já era Natal... Ora, perante estas realidades, verdadeiramente surreais, e o contraste entre a ostentação dos poderes públicos e a crescente miséria do povo, fico mesmo com uma grande dúvida: qual será o pensamento da gente que faz e vive disto, bem assim dos demais que aceitam ser governados por estes demagogos? A realidade portuguesa do século XXI, mostra como estes e muitos outros artistas da governação bem aprenderam a velha regra política da arte de bem governar dos romanos de há já mais de 2 mil anos: "o povo governa-se na perfeição enquanto houverem suficientes pão e circo"!
Um concelho endividado, dos mais caros em IRS e IRC, taxas e custos administrativos da Região Centro, inclusivamente com a "inovação" da taxa de ocupação de subsolo (que ronda os 10 euros mensais a mais somados nas contas da água e da luz) para substituir a extinta taxa dos contadores de água, não satisfeita a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova decidiu agora criar mais 1 lugar de vereador pago.
Para além da criação de um lugar de vice-presidente, o recém-eleito presidente da Câmara do Partido Socialista, Nuno Moita, decidiu colocar no executivo mais um vereador a tempo inteiro, passando no total a três, isto é, excedendo em dois vereadores o limite fixado no nº 1, alínea d), do artigo 58º da Lei 169/99, de 18/9, contando com 1 presidente, 1 vice-presidente e 3 vereadores a tempo inteiro.
Esta medida significa um aumento de 30% dos gastos só com o executivo, não incluindo ajudas de custo, relativamente à gestão do executivo anterior.
O aumento real de custos relativamente ao mandato anterior, só em salários, é de 39.365,64 Euros anuais por cada vereador (salário bruto = 2.747,20, Despesas de Representação = 533,27, Total = 3.280,47 Euros mensais), ou seja, um gasto extra relativamente ao número de vereadores fixado por lei para um município da dimensão de Condeixa, mais uma vez só em salários, de 78.731,28 Euros (88% de gastos em salários com o executivo do que o previsto no nº 1 do artigo 58º da Lei 169/99 para uma município com menos de 20 000 eleitores).
Não estão aqui ainda contabilizados os gastos com o gabinete do presidente e dos vereadores que, de acordo com a Lei 75/2013 (artigo 42º), permite, de novo, a existência de chefe de gabinete e assessores.
Por detrás deste aumento de lugares e despesas poderá estar o facto do novo Presidente da Câmara poder vir a manter, em Lisboa, o seu lugar de Economista na empresa pública "Estradas de Portugal".
Desconhece-se como Nuno Moita conseguirá acumular legalmente os dois lugares, embora a lei permita que o Presidente de Câmara possa exercer o seu lugar a meio tempo e assim acumular a presidência de Câmara com o lugar profissional e a remuneração muito mais vantajosa na "Estradas de Portugal".
No final do mandato do anterior o presidente de Câmara, Jorge Bento, Condeixa tinha um passivo na ordem de 2 milhões e 200 mil euros.
Condeixa é ainda hoje um Município onde o saneamento público, água canalizada e rede de esgotos, não chega a todas as habitações e lugares do concelho e os problemas da poluição causados por este grave problema muito se fazem sentir (maus cheiros e descargas a céu aberto).
Lamentamos mais despesas a suportar pelo Município, pelos munícipes e contribuintes!