"O Estado é apenas uma forma superior de induzir generalizadamente sobre as populações a fraude. E, por regra, tem mais sucesso. Outro velho e eficaz método para curvar os súbditos à vontade do estado é a indução da culpa. Qualquer aumento do bem-estar privado pode ser atacado como “ganância inaceitável”, “materialismo” ou “riqueza excessiva”, o lucro pode ser atacado como “exploração” e “agiotagem”, as trocas mutuamente benéficas são denunciadas como “egoístas” chegando-se sempre, de alguma forma, à conclusão de que deviam ser canalizados mais recursos do privado para o “sector público”. A culpa induzida torna o público mais pronto para fazer esta transferência. Um assaltante que justificasse o seu roubo dizendo que na verdade ajudou as suas vítimas pois o gasto que fez do dinheiro trouxe um estímulo ao comércio, teria convencido pouca gente; mas quando esta teoria se veste com equações Keynesianas e referências imponentes ao “efeito multiplicador”, é infelizmente recebida com maior respeito.” (*Foi hoje absolvido pelo Tribunal da. Relação do Porto um contribuinte que chamou de ladrões os agentes do Fisco.) A Anatomia do Estado, por Murray N. Rothbard.