UMA HISTÓRIA DE UM PAÍS SURREAL E DO FAZ DE CONTA.
QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE SERÁ PURA COINCIDÊNCIA!
A melhor forma de contar uma verdade é contá-la ficcionalmente!
No dia de ontem, o país deu de conta de uma série personagens parlamentares ligados ao PS e que subscreveram uma providência cautelar contra a venda dos 85 quadros do pintor Miró provenientes da nacionalização do BPN.
A providência que havia sido interposta junto do Tribunal Administrativo da capital, entretanto, foi indeferida.
Mas, uma vez mais, a real verdade é bem diferente daquela que alguns setores da esquerda, nomeadamente do PS, fazem crer.
O ativismo e a disputa legal pela manutenção no país dos quadros de Miró têm outros contornos e distintos interesses, completamente desconhecidos da opinião pública, que, aliás, deviam ser (mais) um caso de polícia.
Os verdadeiros contornos e os reais interesses são bem outros e nada se confundem com o desprendido interesse pela arte e, muito menos, pela melhor defesa dos interesses de Portugal, e nem sequer pela salvaguarda do erário público.
Estranhamente a PJ e, pior, o MP, que parece nada saberem do que é feito abusiva e criminosamente nos corredores escuros e ilícitos do poder político, mas isso também já não surpreende.
O atavismo dos órgãos de polícia, investigação e ação penal, quanto ao que realmente se passa e passou no BPN, é já um estado habitual e crónico que os tugas bem conhecem.
Mas aqueles órgãos de polícia criminal, se calhar, não sabem, tão bem quanto como não lhes apetece saber.
Porque diz quem sabe, segundo se conta e corre junto de alguns galeristas e negociantes de arte e quem realmente quiser sabe e fica a saber, para tanto basta dar umas voltas pelas galerias de arte de do centro e do norte do país, foi que, nos finais de 2010 e inícios de 2011, alguns quadros de Miró da pertença daquele espólio, obras portanto da propriedade do BPN, circularam livremente pelo país e sendo oferecidos a vários intermediários para venda no mercado negro da arte.
Para o seu lugar, segundo também se conta nesses meios, estariam já preparadas várias cópias falsas, de altíssima qualidade, prontas para substituírem mais de uma vintena de exemplares daquela coleção.
Neste esquema e entre os seus autores, estariam envolvidos, ao mais alto nível, altos quadros políticos e dirigentes da nação, a favor e por quem seriam repartidos os avultados lucros esperados pela sua criminosa venda.
Ora, segundo parece, o esquema foi abortado logo após as eleições de Junho de 2011, com a vitória do PSD e P. P. Coelho que levaram à subsequente queda do Governo de J. Sócrates, levando imediatamente a que os preparativos da projetada secreta venda em causa fossem cancelados e os quadros visados tivessem voltado com urgência aos cofres do BPN.
Quadros esses, conjuntamente com os demais existentes no BPN, de onde agora saíram para serem leiloados pela famosa leiloeira de Londres.
O alegado interesse naqueles quadros, ou a providência judicial cautelar tentada, para que não saiam de Portugal não é nada de novo e mais não é do que um remake de uma ulterior tentativa para que, eventualmente, com a volta do PS ao poder, o que muitos julgam para breve, seja tentado um esquema ilícito igual da sua venda clandestina.
Enquanto os portugueses dormem o sono dos justos, muitas das personagens da alta política nacional não dormem e, como sempre, vão fazendo negócios lucrativos para si à custa do interesse nacional e com os bens públicos.
E este foi apenas mais um episódio, do também já longo episódio Miró, no lucrativo, para alguns, folhetim do BPN.