A prevista futura manifestação da CGTP na ponte 25 de Abril, com o inerente prejuízo geral que daí virá, por meio da interrupção dessa via e desse meio de circulação rodoviários, manifestamente e como é fácil de deduzir, não têm em vista a promoção e a defesa dos interesses dos trabalhadores, antes pelo contrário!
Não deve haver mesmo em Portugal nenhum outra rodovia mais decisiva e estratégica do que a passagem naquela ponte.
O impacto e os reflexos negativos, de ordem económica, social e humano, causados pela sua interrupção, mesmo por pouco tempo que seja, é fácil calcular, trarão muitos e graves prejuízos para os portugueses e para Portugal.
A situação económica portuguesa que é já por si muito difícil, com o acréscimo de mais um vultuoso prejuízo sobre a economia nacional, decorrente de uma paralização social e profissional de grandes dimensões, desproporcionada à natureza do evento, como é o do cariz que preside a esta manifestação, só vem contribuir ainda mais para o seu afundamento!
Temos de nos interrogar: mas, alguma vez a CGTP esteve realmente preocupada em defender os interesses dos trabalhadores ou promover as suas melhores condições sócio-profissionais, salariais, ou outras?
Parece mesmo que não!
Ora, a CGTP revela-se uma mera federação socio-política e mais não é do que uma filial mascarada do Partido Comunista, servindo de uma sua gigantesca máquina de propaganda política, com especiais intuitos de agitação social e laboral, jamais estando preocupada com a real situação dos trabalhadores e, ao invés, dedicando-se exclusivamente à promoção da aristocracia laboral e à proteção dos inúteis e demais alapados do falso sindicalismo português.
Que tristeza e fraude de sindicalismo é este!