A primeira e mais fundamental tarefa que cabe a qualquer Estado é administrar e fazer funcionar a Justiça, com retidão, célere e independência, para tanto fazendo cumprir e fazer respeitar a lei, estabelecendo a ordem e a tranquilidade públicas, julgando as pessoas com segurança, objetividade e equidade, portanto, tudo fazendo segundo o primado do Estado de Direito.
A Justiça, em democracia, é por definição a delegação expressa e consensual do poder e da soberania populares numa entidade concreta e legítima, tomada e formada em comunidade por iguais cidadãos, que merece o seu consenso , reconhecimento e respeito.
Ora, em Portugal, se esta mesma Justiça, como se sabe e tanto se propala, nomeadamente, como agora foi uma vez mais reconhecido publicamente e em viva voz por tantas figuraças do regime partidocrático na cerimónia pública da Abertura do Ano Judicial, que não funciona ou funciona mal, estes senhores, que são principais dirigentes e agentes políticos e judiciárias, só têm uma evidente e óbvia conclusão a tirar e que é a renúncia aos seus próprios mandatos.
Mas que raio de vergonha é a desta gente que são pagos a peso de ouro e não fazem nem sequer cumprir minimamente as funções para que são eleitos!
Um Estado que não sabe administrar a Justiça é um Estado falhado!
E, caso não se demitam e tudo continue na mesma, só poderemos concluir que por lá andaam a fazer outra coisa que só tem em vista o seu enriquecimento ilegítimo, fazendo-o por meio de engano de factos que astuciosamente causam, que nada têm a haver com interesse público, nem com a boa administração do Estado, muito menos ou nada com a Justiça, com isso causando graves prejuízos ao povo português, tendo-se concluir que agem declarada e descaradamente como burlões.