A repetida falta de acessos, caminhos e aceiros, entre muitos outros problemas e deficiências, de que os bombeiros se queixam, ano após ano, no combate aos incêndios florestais, é o claro sinal que as Câmaras Municipais não fazem o seu trabalho de prevenção e ordenamento.
Um pouco por todo o lado, impera a desordem florestal e o desordenamento do território.
As Câmaras Municipais, inundadas de milionários dinheiros e fundos europeus e nacionais desde há décadas, persistem em desprezar os meios e recursos naturais.
Temos de perguntar a estes autarcas o que fazem com os nossos impostos, como e com o quê ocupam o seu tempo, os lugares luxuosos e privilégios para os quais são eleitos com os votos do povo.
Olhamos para a floresta circundante, o dito “Pinhal do Interior, agora transformada numa bomba incendiária de eucaliptal, logo percebemos que se estão marimbando.
Ano após ano sucedem-se as romarias de velórios e viúvas, a pobreza das gentes, das aldeias e dos lugares, a pedinchice ao Governo Central, os velórios e as viúvas, o deserto e a negritude a perder de vista para os poucos que ficam.
Há muito defendo que a solução para o interior do país, de modo a colocar as Câmaras a cumprirem com as suas obrigações e responsabilidades locais, passa por as reduzir a um décimo das atuais.
Libertar-nos dos muitos caciques e da despesa inútil, permitindo aos seus milhentos funcionários se emanciparem da burocracia e das secretárias, colocando as pessoas e as empresas a trabalhar efetiva e produtivamente.
E até que as Câmaras Municipais sirvam fundamentalmente de agências de emprego local, ou de meras arenas de disputa de poder, de tráfico de negócios e influências entre caciques locais, jamais poderão servir com utilidade as populações locais, os seus reais interesses e crónicas carências.
Mas não há com o que estranhar deste malfadado destino.
Afinal, esta é a arraia-miúda que o populista Presidente Marcelo elogiou no último “10 de junho” e das Comendas, ou como melhor Luís de Camões os apelidou de “Velhos do Restelo”.
Gabe-se-lhes o míster, aumentam a prole e a descendência nos confins da Península Ibérica, dando gentes e cores às terras lusas.
(artigo do autor, publicado na edição de 1 de Agosto de 2022 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)
O problema da floresta portuguesa nunca foi o eucalipto, ou qualquer outra espécie dominante da floresta, qualquer massa florestal mal gerida, em caso de incêndio, produzirá iguais danos.
Há mais de 3 décadas o problema também não tem sido a falta dinheiro do Orçamento Geral de Estado, ou dos Fundos Europeus, para cuidar da floresta, o dinheiro some-se no caminho, ficando nos bolsos dos amigos dos partidos políticos e nos gabinetes de Lisboa, nas empresas, umas, de aluguer meios aéreos que se dedicam a apagar fogos e, outras, de venda de equipamentos de combate aos mesmos, e nunca chega aos pequenos produtores florestais.
Perguntem a José Sócrates e António Costa pelo SIRESP, este último era o Ministro de Administração Interna à data da sua aquisição em 2007, que constituiu um assalto de mais de 500 milhões euros aos contribuintes, e que voltou agora a falhar em Pedrógão Grande com as consequências assassinas na EN 236.
Após estas 64 mortes, os cangalheiros e as pitonisas oficias de serviço, desde o Presidente da República e Primeiro-Ministro, até aos Deputados, Secretários de Estado, Presidente da Liga dos Bombeiros e demais parasitas de Estado, que vivem unicamente da miséria alheia, vieram agora derramar lágrimas de crocodilo.
Os incendiários da floresta portuguesa e os autores morais e materiais dos 64 homicídios de Pedrógão Grande têm nome, são os Governos da República e o Estado Português dos últimos 35 anos.
Desde Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, José Sócrates, Passos Coelho, a António Costa, nenhum se mostrou interessado em fazer cessar este progressivo e incomensurável desastre, tratando na raiz e de fundo as reais e objetivas causas deste problema.
As políticas governamentais têm dado promovido a negligência e a incúria humanas, a falta de planeamento e ordenamentos florestal, a desertificação de pessoas e instituições no interior, o abandono das culturas e das espécies autóctones da floresta nacional em favor do monopólio do eucalipto, mal gerido e sem cuidado, tudo de modo a satisfazer os interesses da indústria do papel e da celulose, o comércio e indústria dos incêndios, grassa a falta de meios materiais, técnicos e humanos adequados de combate aos incêndios florestais, por exemplo, os meios aéreos pesados canadair, a inexistência dos sapadores e guardas florestais, etc.
A solução da floresta nacional terá solução por meio do associativismo dos proprietários ao nível concelhio, com o emparcelamento da propriedade sob uma gestão social empresarial e comunitária, implementando-se empresas sociais e comunitárias da floresta e entregando-lhes diretamente os dinheiros provindos dos fundos comunitários e do orçamento de estado e, para a execução e sucesso destes objetivos, colocando-se os excelentes técnicos, sapadores e guardas florestais portugueses a acompanhar esta revolução florestal.
Hoje e após estes 64 crimes de homicídio, dúvidas não restam acerca do Estado Português de banditismo e criminoso a que chegámos.
(P.S: em 9 de Agosto de 2010 no meu blog http://euacuso.blogs.sapo.pt e em 1 de Agosto de 2012 aqui no “Horizonte” eu previ este desastre)
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Julho de 2017 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)
Segundo o que se sabe, muito parcialmente, porque os sucessivos Governos recusam prestar os esclarecimentos cabais dos contratos feitos com os respetivos privados, tem de se fazer uma pergunta: com os 1.500 euros (mais IVA) à hora pagos a cada helicóptero privado, por acaso, não interessará a estas empresas, ou a quem os sub-contrata, que arda o maior número, a maior área de floresta possíveis e pelo maior período de tempo possíveis?
Isto é simples, é uma mera conta de aritmética: quanto mais fogos e mais tempo durarem os incêndios mais estas empresas privadas lucram!
O que nós sabemos é constatamos é que estas empresas privadas que ainda há bem pouco tempo tinham que alugar os seus meios aéreos a empresas estrangeiras, agora já têm enormes frotas próprias de helicópteros, hangares e pavilhões seus, feitos novos e de raiz, e até já possuem aeródromos seus.
E nem falamos aqui de ex-ministros, secretários de estado e altos chefes de serviços públicos, ligados às florestas, à proteção civil e aos bombeiros, que adquiriram fortunas súbitas e que passaram ostentar sinais de riqueza fácil e recente de um dia para o outro.
E porque é que, afinal, e perante os fumos evidentes de corrupção e desvio dos dinheiros públicos, o Estado não entrega a atividade e a função de apagar os fogos ao Exército e à Força Aérea, que é uma atividade fundamentalmente de Segurança e Defesa nacionais, tal qual como é o da proteção das nossas fronteiras, dos recursos marítimos ou do mar, já que não se vê, e não há, qualquer diferença com a segurança interna pública de pessoas e bens?
Ora, se até aos finais dos anos 80 era mesmo a Força Aérea que combatia com sucesso, aliás assinalável, os incêndios, e possuindo meios e gente formada para tal, que só custavam a sua despesa de funcionamento, porque é que deixaram de o fazer e passou-se a entregar esta função, agora com lucros milionários, aos privados?
E quem é que fiscaliza se estas empresas e os seus meios aéreos apagam competentemente os fogos? Se o fazem com a qualidade necessária? Ou se empregam todo o seu esforço e competência para tal? E como é que se fazem os contratos e como são avaliados os concursos públicos? Etc., etc.
E porque é que os sucessivos Governos não mostram, nem sequer publicamente são escrutinados, os contratos e não revelam os seus contornos e, tão-pouco, mostram os valores pagos aos privados e os critérios para tanto?
Porque é que os sucessivos Governos têm cortado verbas na prevenção florestal, extinguiram a função de guardas florestais, não apoiam e não incentivam os pequenos produtores florestais privados, portanto os maiores proprietários da mata nacional, para tratarem e cuidarem da sua florestas, ou a tomarem medidas antecipadas para proteger e defender previamente as florestas e os recursos naturais?
Ou seja, porque é que os sucessivos Governos de Portugal não incentivam, não apoiam, não canalizam recursos públicos para a proteção e o cuidado com a floresta, ou seja prevenindo e diminuindo os fogos antes da época dos incêndios, mas e em vez da necessária prevenção e preservação do meio ambiente, da floresta e dos recursos naturais, só invés, preferem, cada vez mais gastar, mais e mais, com meios e despesas no combate aos fogos que, só continuam a piorar e cada vez mais destroem os recursos nacionais, encurtam a floresta e, em resumo, empobrecem os portugueses e o país?
E porque é que a própria floresta da propriedade do Estado também está vetada ao mais completo abandono?
Já agora, a frota de 10 a 15 aviões canadair, meio essencial para combater os fogos e sempre reclamada pelos peritos e bombeiros nacionais, considerados vitais para o esforço de combate eficaz aos fogos, orçados em cerca de 200 milhões de euros, o equivalente à floresta nacional destruída anualmente, porque é que nunca foi adquirida e, ao invés, os Governos deixam a floresta nacional continua a ser destruída facilmente por esta grosseira e criminosa negligência?
Só no verão de 2013 terão ardido da floresta recursos equivalentes de mais de 100 milhões de euros.
Ora, estas são demasiadas e sérias dúvidas, graves interrogações, muitas incertezas, demasiadas ambiguidades e muitas nuvens escuras e, de certeza, mas que, todos anos permitem impunemente demasiados e destrutivos fogos, que ardem descontroladamente, que destroem o património público e privado, a poupança, as economias e o esforço dos particulares e até mesmo as vidas, os projetos e as aspirações dos portugueses
O que sabemos é o lucrativo é concessionado aos privados, mas tudo o que dá prejuízo é suportado pelo Estado e pelo dinheiro dos contribuintes.
Afinal, o Estado Português e os partidos políticos, todos sem exceção, deste maquiavélico e demoníaco regime político português têm, sem qualquer dúvida, as mãos conspurcadas de cinzas dos incêndios que destroem Portugal.
Entretanto, tudo isto cheira mesmo muito a esturro!
Segundo dados oficiais, nos primeiros 31 dias da época oficial de fogos de 2014, com início em Maio, já se verificaram mais 44,6% de fogos do que em igual período do ano passado.
Tudo apontar para mais este ano e mais uma vez, agora com o alto patrocínio do atual Governo de Passos Coelho, o triste espetáculo, entre muitos outros deste pobre país, o incremento dos incêndios em Portugal.
No ano de 2013 ardeu o total de 140 mil e 944 hectares.
No ano de 2012 arderam 110 mil hectares da mata nacional e os seus prejuízos económicos decorrentes estimam-se em quase 100 milhões de euros.
A União Europeia calculou que só no ano de 2010, o custo económico direto dos incêndios, pelos danos na floresta, e o indireto, no repovoamento florestal e na economia em geral, ascendeu a 200 milhões de Euros.
E há já 20 anos que se discute a aquisição de meios aéreos próprios e com carácter permanente ao serviço do Estado de uma frota de aviões.
Cada avião canadair custa 20 milhões de euros e cada helicóptero pesado 6.5 milhões; sendo o custo estimado para a aquisição dos meios aéreos necessários para combater os fogos, reclamados há já 20 anos por especialistas e bombeiros, de 6 canadairs e 10 helicópteros, naquela mesma quantia de 200 milhões de Euros.
Entre as empresas que alugam os meios aéreos ao Estado, acusam os bombeiros, contam-se personalidades e pessoas conhecidas de ex-ministros, dizem, como o conhecido Silva Peneda, ex-ministro e grande amigo de Cavaco Silva, e muitos outras personalidades da política, curiosamente, muitas delas ligadas direta e indiretamente ao BPN.
Só nos últimos 10 anos o Estado terá gasto com o aluguer das aeronaves mais de 350 milhões de Euros -, portanto mais do que o custo total da compra dos meios aéreos e da respetiva manutenção e pessoal -, em 2012 o seu custo total será de cerca 100 milhões de euros, qualquer coisa como 5 vezes mais do que em 2005, e continuamos sem os meios aéreos.
E continuam também sem se fazer à décadas as mini-hídricas, os aceiros e as proteções contra os fogos e os bombeiros, mesmo após serem inundados de milhões de euros, continuam sem a formação adequada.
Enquanto isso, da área de floresta de Portugal, a que corresponde a 3.2 milhões de hectares, nos últimos 10 anos, já terá ardido mais de metade, ou seja 1.8 milhões de hectares e nos últimos 25 anos terá ardido uma área total de cerca de 2.5 milhões hectares, contribuindo isto para a desertificação dos meios rurais, matando o interior de Portugal, e agravando o abandono da própria floresta e da agricultura.
Mas os incêndios florestais garantem aos políticos um enorme circo mediático, mostrando no Verão a “meio mundo” pela TV, em “prime time”, a miséria e o sofrimento alheios, criam novos pobres e subsidiados no litoral e nas grandes cidades de que os Governos e os Partidos Políticos tanto necessitam para terem os seus “rebanhos” a quem dão esmolas, enganam com falsas promessas e fazem o simulacro das eleições.
Desde há 25 anos que o país continua a arder e nenhum Governo, desde Cavaco Silva, a António Guterres, a Durão Barroso, José Sócrates e agora com Passos Coelho, se mostrou interessado em fazer cessar este permanente desastre de custos incomensuráveis.
Antes, continuam a grassar os incêndios em Portugal e só, concluímos, porque os sucessivos Governos o desejam, planeiam e atiçam e, em última análise, o que está provado à saciedade, como estamos fartos e cansados de ver, querem ver o país e aos portugueses destruídos em cinzas.
Jaime Soares, o presidente dos Bombeiros Voluntários, e o Ministro das Queimadas, Miguel Macedo, já vieram a público dar o mote de encerramento do circo mediático dos incêndios.
Agora vem aí o prometido espetáculo da política.
O primeiro, o velhinho dos bombeiros e do faz tudo, veio pedir mais penas e prisões para os incendiários, esses diabos à solta, e também para as criancinhas influenciáveis que se deixam impressionar pelo fogo e que andam por aí a aceder fósforos a torto e a direito.
O segundo, mais novinho mas igualmente um espertinho das dúzias, veio já prometer a póxima procissão de dádiva de esmolas e bolos para os que ficaram desarvorados.
Enfim, é a habitual palhaçada que vem a terreiro depois do fecho do negócio dos incêndios de verão!
Para o ano há mais, ou até que hajam árvores para lhes deitar fogo e orçamento público para se pagarem a peso de ouro os helicópteros das empresas privadas.
Este Zé povinho gosta mesmo é do pagode!
A UE calcula que só neste ano, o custo económico directo dos incêndios, pelos danos na floresta, e o indirecto, no repovoamento florestal e na economia em geral, ascendem a 200 milhões de Euros. Ora, os meios aéreos para combater os fogos, mais um ano adiados, e reclamados há já quase 20 anos, de 6 canadairs e 10 helicópteros custariam aquela quantia. Agora sim, percebemos bem os burros que temos tido ao comando do Estado. Ou querem é mesmo deixar arder Portugal? Eu acho que sim.
Agora é o Bloco de Esquerda que vem propor a criação de um "banco de terras. Propõem, para combater os fogos, que as terras ao abandono ou desmazeladas sejam integradas sob gestão pública. Dizem, para repovoar o interior e os meios rurais. Ouvimos bem? Vocês tão mesmo vê-los de "charros" na boca, de enxada ás costas e a caminho dos campos para cavar e semear? É só rir. Ou andam a fumar coisas estragadas? ahahahah
Continua o triste espectáculo, entre muitos outros deste pobre país, dos incêndios em Portugal: este ano já arderam aproximadamente 300 mil hectares da mata nacional. Há já 20 anos que se discute a aquisição de meios aéreos próprios e com carácter permanente ao serviço do Estado, por exemplo de uma frota de aviões 6 a 8 canadairs e de, pelo menos, 20 helicópteros. Entretanto, o custo previsto de aluguer, uma vez mais, dos meios aéreos de combate aos fogos, vai custar ao erário público para 2010 próximo de 103 milhões de Euros. É já 5 vezes mais do que custou em 2005. Cada avião canadair custa cerca de 25 milhões de euros e cada helicóptero pesado 6.5 milhões. Nos últimos 10 anos o estado terá gasto com o aluguer das aeronaves mais de 300 milhões de Euros, e continua sem possuir os meios mínimos tantas vezes reclamados, sem sucesso, por bombeiros e especialistas. Ao fim deste tempo todo a mata nacional continua a arder, com todos os avultadíssimos prejuízos económicos, ambientais, sociais, populacionais, demográficos e muitos outros. Entre as empresas que alugam os meios aéreos ao Estado, acusam os bombeiros, contam-se personalidades e pessoas conhecidas de ex-ministros, dizem, como o conhecido Silva Peneda, ex-ministro de Cavaco Silva. Enquanto isso, da área de floresta de Portugal que corresponde a 3.2 milhões de hectares, nos últimos 10 anos, já terá ardido, pelo menos, metade, ou seja 1.6 milhões. E calcula-se que nos últimos 25 anos cerca de 2.5 milhões da floresta portuguesa já ardeu. Os incêndios garantem um circo mediático, mostrando no Verão a “meio mundo” pela TV em “prime time” a miséria alheia, desertifica os meios rurais e matando o interior, criando novos pobres e subsidiados, e mostrando no “defeso” o Governo a distribuir esmolas pelo povinho queimado e os ministros apertando a mão a populações e bombeiros. Uma vez mais está bem à vista a visão dos sucessivos governos: deixar arder Portugal.