As pessoas que procuram casa para arrendar vêm-se confrontadas com a falta de habitação para arrendamento, ou propostas muito caras, porque a esmagadora maioria dos imóveis propostos, especialmente por parte dos bancos, estão para venda, continuando vazias e desocupadas.
Ao invés os senhorios e pequenos ivestudores são punidos com altos impostos em IRS e IMI.
Os Bancos e os fundos imobiliários estão isentos de IMI e do IRC sobre os imóveis vazios e devolutos, portanto o imobilizado, que detêm na sua posse.
Na base disto está um sistema fiscal português que priveligia a propriedade imobiliária especulativa dos grandes grupos financeiros.
E servindo este imobiliário para sustentar os balanços e ativos artificiais dos Bancos, ou, pioir ainda, para aumentar o rédito bancário no crédito à compra de habitação.
Enquanto isto, e mais uma vez, as pessoas e as famílias mais pobres são sacrificadas e sobre-exploradas.
Como é que se pode perceber e aceitar que existam centenas de milhares de habitações novas, desocupadas e devolutas, enquantos tantos muitos milhares de portugueses e suas famílias sejam obrigados a comprar casas caras e de má qualidade, ou vivam em más condições de alojamento, na rua ou acantonadas em casas superlotadas?
Hipocritamente, o Estado para disfarçar mentirosamente que apoia o arrendamento, protege as rendas antigas e desvalorizadas, o que mais não é do que o incentivo à manutenção da pobreza, da desvalorização dos imóveis e degradação dos imóveis mais antigos, dados há muito, décadas, ao arrendamento.
Que país da treta!
Temos um sistema fiscal que aumenta a desigualdade social e económica, agrava a miséria humana, aumenta a riqueza especulativa e o número de pobres, e, neste caso, mantém imóveis abandonados e pelos quais pagamos uma dívida astronómica ao estrangeiro.
Afinal, são as pessoas continuando joguetes nas mãos dos Bancos e do Estado!
Saiu hoje em Diário da República a Lei n.º 79/20014, de 19/12, enfim... mais... uma nova alteração às leis do Arrendamento e das rendas, com muitas mexidas, alterações, revogações e introdução exceções na legislação em vigor do arrendamento de imóveis, no regime de rendas e no processamento da sua atualização!
O Governo de Passos Coelho e a sua maioria parlamentar só vêm mostrar que são tão demagógicas, irresponsáveis e populistas como todas os outros que passaram pela Governação de Portugal e que não resistem a brincar com a legislação e a fazerem de conta que são amiguinhos dos pobrezinhos!
Com tantas mexidas e alterações não há quem possa fazer contas com o que contar a curto e a médio prazo, quanto mais a longo prazo, o mercado do arrendamento é um permanente vai e vem de legislação, senhorios e arrendatários vivem na mais completa incerteza e instabilidade, ...enfim, é um verdadeiro caos no arrendamento urbano e, terrivelmente, no de fim habitacional.
O que ontem era verdade e ou passou a ser mentira, a maioria PSD e CDS/PP, vêm agora dizer que... afinal não era bem assim, que os senhorios talvez não tenham tanta a certeza sobre o que é seu..., e que os inquilinos talvez até podem sonhar novamente que as rendas não são para aumentar..., ou que os velhinhos podem morrer mais descansados no seu eternos arrendamento perpétuo...
Mas quem se lixa mesmo com tanta irresponsabilidade e instabilidade legislativas é o "mexilhão", ou seja, quem é quem trabalha, quem poupa para comprar um imóvel, e, pior, quem procura uma nova casa para arrendamento e não consegue, etc., etc...
Todos, sem exceção de cor política, estes Governos, Partidos Políticos e politiqueiros de Portugal não passam do mais elementar lixo e excremento!
Com tanta irresponsabilidade política, é o mercado de arrendamento que vai sofrer outra grave perturbação e, no fina de contas, é o mercado urbanístico e o comércio imobiliário que sofre mais novos transtornos e incertezas!
O raio que os partam!