Será verdade?
O que é facto é que o genro de Cavaco Silva ganhou em 2012 o concurso aberto pelo Governo para a venda do Pavilhão Atlântico, aprovada este ano pela Autoridade da Concorrência, apesar dos vários processos de execução a correr em tribunal contra as empresas de Luís Montez, por dívidas a várias outras empresas.
Luís Montez era considerado nos meios financeiros como financeiramente inelegível, por não possuir garantias suficientes para poder, em condições normas, só por si, portanto sem uma alta recomendação, conseguir chegar a um financiamento de mais de 20 milhões de euros para a referida compra.
O Pavilhão Atlântico foi depois vendido por 21,2 milhões de euros ao Consórcio Arena Atlântico, no qual se inclui Luís Montez, dono da Música no Coração.
O equipamento custou ao Estado 50 milhões de euros e “era rentável”, tendo os seus lucros triplicados entre 2009 e 2010, segundo o parecer da própria Ministra Assunção Cristas.
Além de financiar a operação, o BES também assessorou financeiramente Luís Montez.
Relembramos aqui as relações íntimas de amizade entre Cavaco Silva e Ricardo Espírito Santo e a generosa doação do BES ao candidato Cavaco na campanha presidencial de 2006 e em que este foi eleito.
E, caso tenha existido uma alta cunha, será que a III República vai aguentar-se de pé por muito mais tempo com mais um alto escândalo?
Seria este o risco para a sobrevivência da III República Portuguesa de que falou recentemente o ex-ministro das Finanças Miguel Cadilhe quando se pronunciou sobre os negócios estranhos do defunto BES?
Vamos então aguardar pelas novidades que vêm aí nos próximos meses e sobre o que esconde o BES para saber do que é feito tudo isto e se é verdade ou não.
Portugal só pode ser governado e dirigido por um bando de totós.
Vocês estão a ver uma raposa a guardar um galinheiro e a viver com as galinhas?
Foi exatamente isto que fez o governado do Banco de Portugal, Carlos Costa, ao deixar Ricardo Espírito Santo a chefiar o BES depois de já se saber das falcatruas que haviam sido feitas!
A moral predominante na atual sociedade é a do dinheiro, vale tudo para o conseguir, não são olhados os meios, bem tão-pouco contadas as vítimas.
"O triste mesmo é não ter dinheiro" disse Bernie Ecclestone, o dono ultra-milioário da Fórmula 1, comentando o o acordo com a justiça alemã para o pagamento de 75 milhões de euros com vista à resolução do processo de corrupção em que estava envolvido.
A história do BES podia ser contada simplesmente como Ricardo Espírito Santo foi uma vítima dos caloteiros que não pagaram ao BES, os investidores foram as vítimas de Ricardo Espírito Santo e dos caloteiros que não pagaram ao BES, e os contribuintes foram as vítimas de Ricardo Espírito Santo e dos caloteiros que não pagaram ao BES.
O epitáfio da III República Portuguesa, regime político que perdura em Portugal desde 1974 até hoje, com 40 anos de existência, podia ser: "NÃO HAVIA COM O QUE NOS QUEIXARMOS, APENAS HAVÍAMOS DEIXADO O NOSSO DINHEIRO À GUARDA DE LADRÕES."
Não, é apenas a elementar regra de que todos os medíocres se revelam sempre como falsos. Aliás, como foram falsos todos os principais e visíveis atores políticos, sindicalistas e governantes dos últimos 39 anos da III República.
Os resultados destas eleições é bem outro do que aqueles que são propagandeados pelos agentes políticos partidários e que, a seguir, são debitados pela comunicação social.
Uma leitura real e atenta destas eleições, para além do mero número da contagem dos votos, indica uma vontade e uma expressão políticas populares que não podem mais ser ignoradas e que têm um relevantissimo significado.
E os resultados expressos das eleições autárquicas ditaram os seguintes números objetivos:
Inscritos: 9.497.404
Votantes: 4.995.174
Abstenção: 47,40%
Brancos: 3,87%
Nulos: 2,95%
Partido Socialista: 17,5%
Partido Social-democrata: 12,2%
CDS/PP: 6,2%
Independentes: 3.55%
CDU: 5,1%
Outros Partidos: 1,3%
BE: 1,1%
Temos que os dois partidos que formam o presente Governo, PSD e CDS/PP; somam juntos, apenas, 18,4%.
A oposição parlamentar de esquerda, constituída por PS, BE, PCP e Verdes, somam juntos, tão-somente, 22,8%.
Temos que na Assembleia da República em legislatura só se encontram representados 41,2% dos eleitores e apenas 36,10% de todos os portugueses, segundo o último censo de 2011.
Face a estes números, dúvidas não existem, que os atuais partidos políticos não detêm mais nenhuma legitimidade para continuarem a dizerem que representam os portugueses!
Os portugueses disseram "basta" à partidocracia.
Estes paupérrimos resultados eleitoriais representam, só por si, o requiem da III República Portuguesa.
Ora, a III República está morta!
É agora a vez do Povo Português expressar a sua vontade e a sua soberania originária constituinte.
Viva a IV República!
O argumento de que o Tribunal Constitucional é a última ratio de defesa da Constituição é, nada mais, nada menos, do que um pensamento profundamente antidemocrático.
Ou, por acaso valerá mais e terá mais legitimidade do que uma maioria política de deputados eleitos diretamente pelo voto popular expresso uma mera maioria circunstancial de juízes não-eleitos pelo voto popular, pertencentes a um tribunal político que nem sequer alguma vez foi referendado, portanto aceite ou aprovado, pelo povo português?
É ridícula e paradoxal a fórmula jurídica do regime político português, que é resultado efetivo de um anacronismo jurídico-político marxista e partidarista, em que pessoas não eleitas para órgãos políticos do Estado conseguem argumentar, com fundamento num texto com força de lei mas que nos foi imposta em 1975 pelo jugo militar e sob a pressão da revanche comunista, que a sua legitimidade e o seu poder são superiores ao do próprio povo.
Afinal, nesta III república democrática portuguesa, onde é que fica a soberania do Povo?
A Standard & Poor's com a sua avaliação negativa colocou-nos uma vez mais à beira do precipício e a pagar juros incomportáveis pela dívida pública. O Governo, o PSD, o PS e a demais esquerdalhada preferem tapar o céu com a peneira, fazendo histericamente o exercício estúpido de atacar os agentes dos mercados financeiros ou guerreando-se internamente com a sua demagogia. Ora, em vez desta irresponsabilidade politiqueira de colocarem o país à beira da ruína e sacrificando-nos a todos com o pagamento de muitos milhões que vão parar ao estrangeiro, o Governo, ou até mesmo a oposição podia exigir isto, devia ser possível e facilitado o acesso dos investidores individuais portugueses à compra da dívida pública portuguesa, com isto poupando o,país a pagar juros tão altos e fazendo ficar nos bolsos dos portugueses uma parte dos dos juros pagos. Mas não, o Estado Português prefere continuar a contrair dívida junto de agiotas estrangeiros ou institucionais, pagando altos juros e esmagando os portugueses com impostos e os resultados tão desastrosos para a economia nacional. A razão disto é simples: enquanto os portugueses cidadãos singulares não tiverem acesso ao mercado da dívida pública que paga juros a 5 e 6%, são os bancos portugueses que em seu lugar açambarcam lucros de milhões às nossas custas e fazendo-o unicamente com as poupanças dos portugueses, a quem pagam se limitam a pagar juros miseráveis de 1% ou menos. Afinal, que políticos e governantes portugueses miseráveis são estes que nos levam a este enorme desastre e que não querem não cuidam do interesse nacional, nem sequer protegem os recursos dos portugueses? Miseráveis!
Os últimos 37 anos de democracia portuguesa já demonstraram cabalmente a estirpe e o tipo de constituição de políticos e de partidos de que se faz este pequeno rectângulo semeado à beira-mar da Ibéria.
Diz sabiamente e com razão o povo que "a ocasião ou a tentação fazem o ladrão", o que no caso dos políticos e governantes portugueses cai que nem uma luva, se é que o dito em questão não foi mesmo feito em honra destes espécimes particulares.
A questão que agora se levanta e muito se discute actualmente é a de que se deve ou não levar à Constituição Política Portuguesa o limite do endividamento do Estado.
Ora, a questão séria e verdadeira é bem mais profunda, à qual os políticos e governantes, bem como os muitos seus acólitos e afilhados, fogem como o "diabo da Cruz".
A lição e a história há muito estão sabidas e consabidas, na capital do reino, a Lisboa, essa cidade meretriz e mãe de todos os vícios dos políticos, até mesmo um qualquer anjo cai na tentação e não foge da inevitável perdição.
Conhecemos todos a história do político sério caído em desgraça, contada por Camilo Castelo Branco, a propósito da corrupção de Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, um fidalgo minhoto, antes um impoluto e enxuto cidadão e pai de família, depois de se deslocar da província para Lisboa não resistiu por muito tempo à luxúria e á perdição dos mais elementares pecados mundanos.
Ora, as alternativas que se levantam em Portugal são unicamente e não mais do que duas: ou queremos um Estado poupado e com políticos sérios ou antes, teremos inevitavelmente, um Estado gastador e constituído por políticos corruptos.
As opções são estas e nenhumas outras existem.
E nem sequer existe um qualquer meio-termo.
Ou os portugueses querem e pretendem ver implantado um modelo de Estado em que nenhuma dívida é permitida, nem mais nenhum encargo possa ser estabelecido pelos políticos e governantes para além das capacidades que o Estado possua, ou estaremos sempre entregues e mergulhados nas dívidas públicas e na conhecida e habitual ruína da “coisa pública”.
O limite do endividamento do Estado não pode, nem deve, por elementar cuidado pelas nossas protecção e sobrevivência nacional, nunca ser superior ao montante de receitas que este mesmo Estado consiga obter por via fiscal e, sempre e sem excepção, no exacto e igual montante de impostos que a mesma sociedade esteja disposta voluntaria e saudavelmente a contribuir.
Caso contrário, caso os povos se demitam de proteger, neste caso o povo português, portanto, deixe “a mão livre” ao políticos e decisores, será e terá o mesmos efeitos e resultados como os de deixar as hienas tomar conta de um rebanho: em pouco tempo não sobrarão nem ovelhas nem cabritinhos.
O resultado de Portugal está à vista e temos no presente o resultado da democracia dos partidos políticos e dos seus livres decisores: o país encontra-se arruinado com dívidas incomensuráveis, não temos nem mais património nem mais Império, a economia destruída e improdutivas as indústrias e a agricultura, os nossos parcos recursos nacionais entregues nas mãos dos países e dos interesses estrangeiros, um povo desregulado, deprimido, sem moral nem ânimo e, já, a nosso própria independência nacional hipotecada aos mais diversos grupos criminosos.
É sabido e consabido o apetite sem limites dos políticos na sua procura de privilégios, mordomias, salários, benefícios, riquezas e benesses, tanto para si como para os seus familiares, como para a demais prole de afilhados, padrinhos, e demais filhos e de muitas putas.
A raça conhecida do político português é sabida e conhecida como useira e vezeira em corrupção, desvios, roubos, furtos, abusos, peculatos, apropriação indevidas e toda a demais espécie conhecida e nunca esgotada de tropelias, malandragens e sacanagens de que são capazes para enriquecerem sem limites nem vergonha, rápida e sem rebuço.
Não, existe portanto, outra solução que não seja a de colocar um açaime apertado e estreito na boca dos políticos e governantes portugueses.
Isto se ainda vamos a tempo de salvar Portugal e os portugueses, o que eu temo que já é tarde ou, pelo menos, vai a más-horas.
O meio adequado para limitar a corrupção e os gastos ruinosos do Estado e dos seus desgraçados governantes, entre muitas medidas, deverão ser: proibição de toda e qualquer adjudicação sem concurso público; proibição de todo e qualquer défice, sem excepção; proibição de contracção de dívidas por qualquer administração ou empresa estatal, seja central, ou regional ou local, etc., etc.
Não posso também esquecer que só poderá competir ao Tesouro Nacional, detido única e exclusivamente pelo Estado e fiscalizado rigorosamente pelos Tribunais e pelo Parlamento nacionais, a competência para a emissão da moeda e a sua gestão e, nunca e jamais, uma qualquer Banco ou Reserva, detidos, participados ou, sequer, agidos por agiotas, banqueiros e ou os seus acólitos.
Mas todo este conjunto de proibições deverá ser também acompanhado por um conjunto ainda mais exigente de limites à gestão e liberdade de regulação fiscal e tributária.
Devem portanto, também, serem impostos limites à carga fiscal: a meu ver não deverão ser admitidos mais do que 4 impostos e, todos somados, não deverão nunca serem superiores a mais de 20% de toda riqueza nacional produzida em todo e um só ano.
Os impostos seriam Quatro e com uma única e igual taxa fixa de 10% para todos: um imposto sobre o rendimento das empresas e das pessoas, um imposto sobre os “vícios” (tabaco, álcool e, eventualmente, as drogas legalizadas”), um imposto sobre as transacções financeiras, as operações bancárias e as mais-valias e bancárias e, finalmente, um imposto de IVA único.
Ora, portanto e a não ser que queiramos continuar entregues nas mãos de matilhas de perdulários, gastadores, corruptos e esbanjadores, portanto vendo-nos continuamente a sermos roubados e escravizados pela conhecida espécie de criminosos, que usual e habitualmente tomam conta do Estado e dos Governos, não temos outra hipótese que não seja a de, em sede de “contrato social”, portanto na Constituição Política da República, impormos sérios e rigorosos escritos à actividade dos políticos e dos governantes.
E só assim, levando-se à Constituição Política, por exemplo criando-se um capítulo de imposição de limites à actividade e liberdade das “bestas” do Estado, dos políticos, do regime político e dos Órgãos de Soberania, e limitando os movimentos, a capacidade e a liberdade dos governantes, dos políticos, dos decisores, dos titulares, dos funcionários e dos agentes públicos, portanto, e só deste modo restringindo severa e liminarmente a sua disponibilidade e o seu apetite vorazes pela rapina, pela usura, pelo roubo e pelas suas conhecidas e sobejas actividades delituosas, como já há muito os conhecemos e agora trágica e desgraçadamente vemos os resultados de 37 anos passados de toda a espécie de vilanagem e criminosa malandragem, é que, final e efectivamente, poderemos vir a ter um Estado e um regime político em que o Governo da coisa pública não se confunda, como foi escandalosa e impunemente até aqui, com os conhecidos resultados do saque e o roubo despudorados, sem controlo e sem punição, a que assistimos em Portugal nos 37 anos da actual III República.
Como já se esperava, o que tão-pouco já causam qualquer admiração ou espanto, o Governo e a Assembleia da República, no dia de ontem e perante a Greve Geral e os portugueses, tudo maquinaram e fizeram para demonstrar que a tudo estão dispostos para continuarem a oprimir os portugueses, nem sequer se coibindo inclusivamente a usar e demonstrar o uso e o excesso dos meios policiais de repressão e o uso indiscriminado da força brutal da polícia de choque para, caso seja necessário e como foi o caso, reprimir violentamente os portugueses indignados.
As cenas passadas ontem em frente à Assembleia da República mostraram a verdadeira estirpe dos ditadores desavergonhados do regime político vigente em Portugal: colocando a força policial de choque em frente a São Bento demonstraram que as dores e as dificuldades dos portugueses nenhuns interesse ou compaixão lhe causam, antes pelo contrário.
Para os políticos, os deputados e os Partidos políticos com assento nas cadeiras douradas do poder vigente e na Assembleia da República, os portugueses com fome, os mais de 3 milhões de pobres, as mais de 700 mil crianças portuguesas subnutridas e esfomeadas, os quase 1 milhão de desempregados, os mais de 1 milhão de idosos privados da saúde e dos seus medicamentes, etc., etc., enfim todos os muito mais de 5 milhões de portugueses já afogueados em enormes dificuldades, são para estes democratas fascistas um mero número abstracto, distante e desprezível que nada lhes dizem e nem sequer lhes interessam para coisa alguma.
O dito lugar do exercício da democracia portuguesa, lugar onde se devia antes e efectivamente promover, estimular e processar um diálogo construtivo e fraterno entre todos os portugueses, mormente e por maioria de razão num momento em que estão mergulhados em muito graves dificuldades, com que se debatem dolorosamente na sua sobrevivência diária, transformou-se ontem um lugar da pura demonstração da força e da repressão insensíveis e pornográficos do poder político instalados na III República.
A concentração de meios de repressão e de força brutal em frente à Assembleia da República só veio mostrar a indiferença, a altivez, a insensibilidade e a arrogância do Estado, do Governo, da Assembleia da República, dos Partidos políticos e dos políticos em geral perante os portugueses em grave e profundo sofrimento.
E o uso da violência da força policial perante e para com os manifestantes desarmados e indefesos e o sangue derramado nas escadarias da Assembleia da República, portanto, a demonstração de força do poder político e de Estado perante os manifestantes indefesos e desarmados perante as câmaras de televisão, a opinião pública portuguesa e perante o povo português em geral, só mostram o carácter ditatorial, impositivo, antidemocrático e fascizante do actual regime político vigente.
A democracia política instalada e o poder vigente demonstraram ontem, inequivocamente, em frente à Assembleia da República o seu verdadeiro carácter terrorista e brutal das suas condutas, dos seus géneros e das suas mentalidades.
Nenhumas democracia e liberdades existem ou restam já hoje em Portugal e os titulares políticos mais não são do que puros instrumentos de brutalização e da ditadura sobre os portugueses.
Ora, enquanto o crime e a criminalidade campeiam em Portugal e os portugueses vêem-se assoberbados por uma enorme onda de criminalidade nos seus comércios, locais de trabalho e nas suas residências, perante o qual o Governo e o Ministério da Administração Interna nada fazem, as mesmas forças policiais de repressão mostram o seu músculo e a sua violência perante uns quantos poucos portugueses desarmados e pacíficos.
Ora, a crise com que os portugueses se debatem tem um rosto conhecido e uma autoria bem definidas: são o poder instalado e resultado da implantação da III República, os seus Partidos políticos instalados após, os governantes e os titulares dos Órgãos de Soberania empossados pela Constituição Política da República de 1976, são, em suma, todos os beneficiários das mordomias e dos luxos pagos com a imensa dívida pública contraída, pelo qual e em resultado os portugueses suportam tantas e gravíssimas dificuldades e um profundo sofrimento diários.
Enquanto campeia em Portugal o roubo despudorado e a corrupção escandalosa e os seus autores vivem impune e livremente sem sanção nem punição, gabando-se publicamente dos enormes crimes e roubos cometidos, em contrapartida, os portugueses sofrem calados, brutalizados e violentados num estado resignado e completamente esmagados.
Ora, não resta actualmente outra solução aos portugueses e a Portugal que não seja o derrube deste poder e deste sistema político despótico, corrupto, nepotista e ditatorial.
Os portugueses fazem hoje em surdina, mas sentida e em esmagador número, um apelo comum às forças armadas patrióticas de Portugal, relembrando as corajosas palavras de um grande herói de Abril, ainda vivo, chamado Otelo Saraiva de Carvalho.
Este homem, sabemo-lo, a seguir ao 25 de Abril cometeu erros, mas como ele todos nós os cometemos no dia-a-dia.
Todos os portugueses ao terem eleito e permitido que estes políticos e governantes destrutivos e criminosos tenham levado Portugal a este estado de absoluta destruição geral de Portugal também erraram e gravemente.
Otelo Saraiva de Carvalho é hoje o mais improvável herói de Portugal, como o são também e igualmente os portugueses todos que sofrem calados e estáticos e que, sem reagir e sem pestanejar, suportam e aturam a grave crise económica na sua pele, no seu dia-a-dia e no rosto e na vida dos seus familiares, esposas e filhos.
Mas são estes os heróis de Portugal com quem temos de nos valer e nos socorrer e com mais nenhuns outros contamos, só e a não ser connosco próprios, se quisermos afinal nos salvar e sobreviver enquanto povo e nação, bem assim como a sobrevivência e a dignidade dos nossos filhos e dos nossos entes queridos.
É a si, Otelo Saraiva de Carvalho e aos demais bravos e corajosos militares de Portugal, que o Povo, os portugueses desprotegidos e sofridos, pedem e clamam pela liberdade, pela segurança e pela sua salvação.
É esta a hora e o momento de Otelo limpar e redimir o seu nome, a sua memória e o seu legado histórico, retomando as páginas douradas da História de Portugal que gravou no dia 25 de Abril de 1974 e, pegando em armas, ao que lhe expressamente apelamos, que derrube pela força o poder desumano e violento instalados em Portugal e que vilmente sufoca, pisa, enxovalha e mata diariamente os nobres e valentes portugueses.
Pedimos-lhe a si Otelo Saraiva de Carvalho que, com o seu conhecido carácter desassombrado, a sua força ímpar e a sua frontalidade digna, urgente, mas decididamente, juntando consigo os seus 800 homens e pegando em armas, protagonize um golpe de estado e derrube este regime opressivo e partidocrático, cleptocrático e corruptos, vigentes em Portugal.
Pedimos-lhe, humilde, sentida e sinceramente que, com a sua conhecida coragem e desassombro, diga Basta e sem mais demora, estando e agindo consciente e convicto, nesse seu corajoso acto, que muitos milhões de portugueses o apoiam e o seguirão imediatamente a si e aos seus homens, derrube o Estado vigente e ponhafim à vergonhosa e maléfica III República e às seitas que dela se alimentam.
É assim urgente e decisiva a salvação dos portugueses e o estabelecimento da democracia e da liberdade em Portugal.
A República implantada em Portugal pela Constituição de 1976 está doente.
Gravemente doente.
O sistema actual sistema político representativo vigente, formal de semi-presidencial e de vertente parlamentar não tem servido os interesses dos portugueses trabalhadores, nem as empresas, nem a economia, nem o tecido empresarial e comercial, nem o progresso sustentado e tão-pouco o desenvolvimento harmonioso de Portugal, antes pelo contrário.
O actual sistema político-constitucional parece, e tem-no demonstrado à saciedade, só servir o interesse de um bloco político instalado no poder há mais de 30 anos, e que pouco tem dito aos comuns portugueses.
Após o 25 de Abril de 1974 a esquerda radical começou, com o “11 de Março de 1975” por destruir o aparelho produtivo do país, servindo-se a seguir desde esse momento, até aos dias de hoje, dos sindicatos para suas meras plataformas panfletárias e de arremesso político.
A esquerda radical e popular comunista mais não tem feito pelo país do que o cemitério dos ideais marxistas ultrapassados, de um sistema político que nunca vingou em Portugal.
Por sua vez, todo o restante espectro político partidário vigente que tem alternado no poder, mais não tem feito do que navegado ao sabor do seu enorme apetite e consumo dos meios do Estado e do erário público para os seus fins próprios, contudo estranhos ao bem comum dos portugueses.
Os escândalos públicos envolvendo políticos e os seus acólitos acumulam-se e os abusos dos partidos e da agiotagem política sobre os bens sociais e públicos mostram abundantemente a falta de sentido de futuro do actual sistema político.
Ora o actual sistema político e institucional representativo e da divisão de poderes de semi-presidencial, segundo a vigente Constituição da República Portuguesa, mais não tem servido do que para auto-preservar, reproduzir e alimentar uma permanente clientela de parasitas que vivem à custa de um número de cada vez menos cidadãos produtivos e contribuintes e de um cada vez mais exaurido erário público.
Na sociedade portuguesa, número de preguiçosos e ociosos aumenta, e o exemplo vindo de cima, do aparelho governamental é o pior: o país, a “coisa pública”, e o Estado encontram-se cada vez mais endividados e as suas, outrora famosas reservas de ouro, num terço foram já consumidas, sem que se saiba nem onde nem porquê, e o restante não chega já para pagar a dívida pública entretanto contraída, sem nada de melhor tenha sido construído, ou deixado de produtivo para as presentes ou vindouras gerações, com o seu dispêndio.
O cada vez maior, mais negligente, mais irresponsável e até nalguns casos escandalosamente criminoso, aparelho sucessivo do governo político e económico de Portugal, por outro lado, criou descrédito na própria democracia.
O povo vive sem rumo e sem destino, perdeu até a fé e não acredita já muito em si. Perece um povo e um país de moribundos.
O país está doente, a democracia definha dia a dia e os portugueses estão descrentes em tudo.
O sistema político e público instalado só tem servido para tornar os mais ricos e mais poderosos os que já o são, ficando, cada dia que passa, o comum dos portugueses mais pobres e mais vulneráveis aos riscos económicos.
A Justiça só parece servir os interesses dos ricos e dos poderosos, e os cidadão comuns e a classe média não recebem nem segurança nem paz, antes vendo a criminalidade comum e violenta a aumentar e ficando sem valores e princípios que servissem ao menos para uma melhor coesão social.
Os políticos profissionais e instalados no Estado e na “partidarite” são os mesmos há já 36 anos e os portugueses, sentem-se que não são ouvidos nem minimamente respeitados.
Os escândalos são cada vez mais e a Justiça não serve para os punir.
O sistema político-eleitoral cada vez chama menos portugueses aos actos eleitorais, e já nem sequer os atrai a participar na discussão dos assunto que lhe dizem respeito e aos da comunidade que o afectam.
Abstenção eleitoral é cada vez maior e ameaça até os próprios alicerces da permanência da Democracia representativa.
Muito vêem e dizem que o sistema está viciado e que em nada lhes diz respeito, ou que o jogo tem as "cartas marcadas", e é dito inclusivamente que certos e conhecidos grupos e lóbis são quem manda efectivamente no "jogo", quer até que se governo contra o próprio.
O Estado assemelha-se cada vez mais a uma ditadura fiscal com uso dos meios policiais.
Os próprios tribunais fazem hoje justiça contra o pagamento de um serviço de luxo e de acesso muito difícil, e no qual os custos judiciais são inacessíveis para a esmagadora maioria dos portugueses.
A máquina fiscal é hoje descrita por muitos com uma máquina da rapina.
O que é sabido é que as empresas e o tecido económico empresarial e comercial definha acelerada e gravemente, o desemprego, a miséria e a pobreza abundam e crescem e os jovens vêem o seu futuro hipotecado e sem esperança.
O sistema e o modelo público-privado económico, de todo o conjunto de empresas público-estatais, da parceria público-privadas, da economia subsidiada, participada ou subvencionada, das empresas monopolistas, Portugal Telecom, EDP, Águas de Portugal e muitas outras, a Banca, os gestores público-privados, o tráfico de influências entre grupos e lojas maçónicas, a Igreja arcaica e fechada sem fiéis, e a clientela juvenil partidária, que têm caracterizado todo o aparelho vivo do dito Portugal democrático, desde a “revolução dos cravos”, esta que de nada nem nunca teve de democrático, por unicamente ter servido para manter um “status quo” negociado de 2 partidos, PS e PSD, tornou-se visivelmente corrupto, incompetente, oneroso e ameaça já a própria sobrevivência da independência dos portugueses.
As desigualdades económicas e de classes acentuam-se e agudizam-se, crescendo o número de pobres e aumentando o fosso, cada vez maior, entre uns poucos cada vez mais ricos e um maior número de cada vez maior número de pobres ainda mais pobres.
A classe média, essa que conhece e debate os problemas e discute as soluções, encontra-se cada vez mais atacada e "rapinada" pelo poder político e pelo Estado.
O desígnio de alguns marxistas vê-se próximo de concretizar: exterminar a classe média, que ainda pensa, ainda discute e aponta os vícios e os autores de uma sociedade adoentada por sucessivas e maldosas governações que se instalam no poder do Estado de Portugal nos últimos 30 anos.
Os portugueses comuns e que vivem do seu suor diário, atacados pelos reais problemas do limiar da sobrevivência, sabem que têm de mudar, que é urgente mudar, porque o futuro que aí vem e o que se apresenta pela frente é uma inevitável mudança profunda, radical e dolorosa de maus hábitos, da profunda alteração de muitos vícios de muito tempo de incúria e irresponsabilidade colectiva.
Ora, a mudança final terá que ser de índole e carácter económico, que os poderá vir a atingir com uma já prevista violência devastadora nunca vista.
A bem ou a mal a mudança terá que ser feita.
Foram 36 anos seguidos de pro-fundo e completo descalabro, mistificado e escondido com muitas palavras enganosas, dinheiro fácil e barato, e de promessa vazias.
Os portugueses em desespero clamam por Salazar, o ditador de outrora.
Não querem mais a ditadura da “outra senhora”, preferem inequivocamente viver em democracia, mas esta democracia vigente em nada os convence, antes vêem-na com desdém e até já muito ódio.
Alguns até, com interesses maléficos e de ordem estranha ao interesse do bem comum advogam a violência como meio para a mudar e atacar os “inatacáveis”.
Ora, parece que a Democracia é já um credo assente e enraizado, mas os portugueses anseiam por uma mudança que tarda em chegar.
Parece unânime, e é aceite por muitos que o sistema político deve ser reformado e substituído por outro.
Está na hora do surgimento de uma nova República, com maior responsabilidade das pessoas, dos políticos e dos governos.
Uma pergunta é feita quotidianamente, contudo vai ficando ainda sem resposta: qual a alternativa, qual a reforma ou mudança a dar ao actual sistema e quais as soluções?
A meu ver, o que continuarei em outros escritos, para mim, pode ser um sistema Presidencial.
Ou seja uma República Presidencialista.
Se se quiser, para melhor ilustração do meu ver, uma República à norte-americana.
Voltarei a esta proposta num destes próximos dias.