O incómodo e o borburinho causados este fim-de-semana em alguns meios judiciais e políticos, quer por causa da reportagem do Diário de Notícias sobre a actividade da Maçonaria, quer por causa da denúncia de Marinho Pinto, o Bastonário da Ordem dos Advogados, contra os “cambões” de alguns escritórios de Advogados e as suas relações promíscuas com o Estado português, mais uma vez se assemelham aos esgares histéricos das pitonisas e falsas virgens enganadas.
Ora, desde há muito são já do domínio e conhecimento públicos o poder e as actividades da Maçonaria, as suas diferentes lojas, os seus membros e as suas práticas, nomeadamente as suas influências na política e nos Tribunais, bem como também já há muito é comentada a prática dos cambalachos de diversos grandes escritórios de advogados e a sua mancomunagem com a corrupção e o compadrio dentro do Estado.
Enfim, não admira já hoje a ninguém, na sociedade portuguesa, a prática generalizada, por meio de certos grupos de indivíduos, de muitos e gritantes exemplos tráficos de influências e de favores e dos abundantes crimes económicos por si cometidos.
Há muito que são denunciados nos meios dos altos tribunais portugueses, bem como nos da política governamental, a actuação dos lóbis da Maçonaria portuguesa, sejam do GOL ou da Maçonaria regular, a dimensão das suas teias e das suas maquinações, a prática da troca de favores entre os seus membros, os respectivos actos de tráfico de favores e das suas trocas de influências entre os seus sujeitos, os meios utilizados para as suas actividades criminosas, quais os seus actos comprovadamente criminosos e atentatórias contra o Estado de Direito e, especialmente, em prejuízo do Erário Público, do Estado e dos contribuintes, bem como são bem conhecidos e estão identificados a maioria de todos os seus autores e confessos criminosos.
Aliás, todos estes sujeitos, sem qualquer inibição ou pudor, gabam-se na actualidade publicamente da sua qualidade e da sua pertença a seitas criminosas e até, sem qualquer medo usam já hoje e a descoberto essa sua qualidade criminal para ameaçar e constranger os cidadãos honestos, chantagear instituições públicas e condicionar funcionários públicos, coagir empresas e controlar negócios, participar e exigir ilicitamente benefícios e comissões e até assim condicionarem as polícias e autoridades para, de tal modo, continuarem a levar por diante, à luz do dia e impunemente, as suas práticas criminosas.
Portanto, nada há mais já a estranhar, e até mesmo são conhecidas e amplamente divulgadas as acusações das suas práticas de tráficos e de compras de sentenças e acórdãos, de trocas de favores entre os seus membros e pelos seus clientes, dentro e fora dos tribunais, na política e na governação do Estado em geral.
Desde as suas ligações sujas, corruptas e perigosas entre e por meio dos membros dos sucessivos Governos dos últimos 15 a 20 anos, aos muitos negócios e práticas lesivas contra o Estado, o património e o erário públicos, às suas ligações a certos conhecidos governantes, ministros, juízes, procuradores, deputados e outros diferentes actores políticos e a sua actuação ao serviço e em favor de grandes sociedades financeiras, dos Bancos, e das grandes empresas de Construção Civil, que levaram o Estado português à quase bancarrota e à actual miséria generalizada do povo português, até aos conhecidos processos judiciais mal esclarecidos da Cova da Beira, Freeport, etc., etc., até ao agora muito conhecido processo da Face Oculta, os portugueses comuns e mais ou menos informados bem sabem hoje, o que é do completo domínio público, o poder e a influência esmagadora da Maçonaria e dos seus agentes sobre o Estado português, sobre os seus diferentes Órgãos de Soberania e bem assim dos seus titulares.
A presença esmagadora destes indivíduos nas empresas monopolistas vulgo EDP, PT e outras similares, e de uma maneira geral o seu domínio e poder nos grandes negócios e nas grandes obras públicas, é já hoje omnipresente e quase totalitária de sul a norte de Portugal.
Praticamente e nos dias que correm já nada meche ou se faz de significativo em Portugal, senão mesmo ninguém consegue hoje um bom negócio ou um melhor emprego, sem ser pela cunha e pelo favor destas seitas de adoradores de belzebu.
O Ministério Público há muito que detém as acusações, tem as provas e tem identificado os envolvidos nestas práticas e actividades.
Depois disto tudo e do que é sobeja e abundantemente conhecido e do domínio público, afinal, porque há ainda tanta gente a tentar e tão empenhada a esconder o “sol com a peneira” e porque se ouvem os tão sentidos e hipócritas pruridos das deusas vestais e das chorosas pitonisas da praça pública portuguesa?
Só podemos concluir e responder que, realmente neste país, antes e mais significativo do que o culto da nossa Senhora em Fátima, em dimensão, importância e unanimidade, só o ultrapassa o culto e a veneração públicas da santa hipocrisia.
Ora pois, assim sendo e a contento das alminhas presentes dos portugueses, viva então a santa hipocrisia nacional, à boa maneira da nossa terrinha.
O líder da bancada do PSD na Assembleia da República, Luís Montenegro, aí no seu discurso de hoje, lembrou os desafios e os esforços propostos aos portugueses na actual situação de crise como sendo semelhantes aos dos ingleses em 1940 no combate da II Guerra Mundial que tiveram contra os nazis. O hipócrita (!), e ainda por cima insultou dois povos com tal metáfora.
Ora, nós, os corajosos portugueses resistentes que aqui sem medo se reúnem e lutam contra e denunciam essa malandragem de governantes e políticos, daqui lhe respondemos que os nossos esforços são semelhantes: também nós lutamos esforçada e abnegadamente para nos livrarmos e contra a ocupação dos social-fascistas que, como ele, oprimem e exploram sanguinariamente o heróico Povo de Portugal.
A democracia um dia tem que chegar a Portugal!