O sistema político democrático português assenta numa premissa errada: quem manda não paga as contas e quem paga as contas não manda.
Os parasitas políticos têm hoje uma primazia jurídica e legal em relação aos cidadãos produtivos.
A sociedade portuguesa é gerida pelo prisma do consumo, ao invés do princípio da responsabilidade social produtiva.
E a causa da legitimação legal desta perversão está na atual casta política dirigente.
As juventudes partidárias servem de escola dos repetentes profissionais da política e da governação, como foram e são, entre muitos outros, Passos Coelho, Paulo Portas e António Costa.
Da demais esquerda, nomeadamente do partido comunista, não falo porque claramente não contam para as contas da democracia, são perigosos inimigos da liberdade e dos nossos direitos com que temos de conviver, ensinando-lhes as nossas superiores capacidades, nomeadamente as da tolerância e do respeito por quem pensa diferente.
Veja-se, Passos Coelho e Paulo Portas, segundo as propostas apresentadas para o Governo dos próximos 4 anos, preparam-se para manter igual a ruinosa despesa do Estado suportada pelos contribuintes.
Nas despesas intermédias e correntes consumo do Estado, com compras, avenças e prestação de serviços, parcerias público privadas, frotas de automóveis e demais consumos sumptuários e supérfluos, sugando anualmente mais de 15 mil milhões de euros à economia real e produtiva, eles não ousam fazer qualquer corte ou contenção!
António Costa, o secretário-geral do Partido Socialista e agora candidato em exclusividade a primeiro-ministro de Portugal, a troco de um ordenado de mais de 6 mil euros mensais pago por um partido prenho de dívidas à banca, sobre estas despesas públicas ruinosas não diz nem uma palavra sequer!
Tomara: as clientelas políticas e empresariais, o funcionalismo e o emprego público clientelar e os subsídio-dependentes, alimentam-se deste vultuoso parasitismo social e económico.
Demagogicamente, António Costa promete acabar com a austeridade, fazer investimentos públicos vultuosos, etc., etc., enfim, prometendo o céu e o paraíso, regados com “leite e pão de mel” gratuitamente e com abundância para todos, contudo evitando responder como e aonde vai ele achar o dinheiro para tanto!
Temos de perguntar: os portugueses serão assim tão estúpido-dependentes e acreditarão ainda nestes irresponsáveis mentirosos que fazem definhar o país, dando-lhes os seus votos nas próximas eleições legislativas?
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Junho de 2015 do mensário regional jornal "Horizonte", de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)