As pessoas que procuram casa para arrendar vêm-se confrontadas com a falta de habitação para arrendamento, ou propostas muito caras, porque a esmagadora maioria dos imóveis propostos, especialmente por parte dos bancos, estão para venda, continuando vazias e desocupadas.
Ao invés os senhorios e pequenos ivestudores são punidos com altos impostos em IRS e IMI.
Os Bancos e os fundos imobiliários estão isentos de IMI e do IRC sobre os imóveis vazios e devolutos, portanto o imobilizado, que detêm na sua posse.
Na base disto está um sistema fiscal português que priveligia a propriedade imobiliária especulativa dos grandes grupos financeiros.
E servindo este imobiliário para sustentar os balanços e ativos artificiais dos Bancos, ou, pioir ainda, para aumentar o rédito bancário no crédito à compra de habitação.
Enquanto isto, e mais uma vez, as pessoas e as famílias mais pobres são sacrificadas e sobre-exploradas.
Como é que se pode perceber e aceitar que existam centenas de milhares de habitações novas, desocupadas e devolutas, enquantos tantos muitos milhares de portugueses e suas famílias sejam obrigados a comprar casas caras e de má qualidade, ou vivam em más condições de alojamento, na rua ou acantonadas em casas superlotadas?
Hipocritamente, o Estado para disfarçar mentirosamente que apoia o arrendamento, protege as rendas antigas e desvalorizadas, o que mais não é do que o incentivo à manutenção da pobreza, da desvalorização dos imóveis e degradação dos imóveis mais antigos, dados há muito, décadas, ao arrendamento.
Que país da treta!
Temos um sistema fiscal que aumenta a desigualdade social e económica, agrava a miséria humana, aumenta a riqueza especulativa e o número de pobres, e, neste caso, mantém imóveis abandonados e pelos quais pagamos uma dívida astronómica ao estrangeiro.
Afinal, são as pessoas continuando joguetes nas mãos dos Bancos e do Estado!