Em 1974 debatia-se o país com várias frentes de combate: Guiné, Cabo Verde, Angola, Moçambique e Timor e também estava integrado na NATO.
Tinha apenas 41 oficiais generais e contabilizava 243.795 efetivos militares, dos quais 216.195 no Exército, 17.600 na Marinha e 10 mil na Força Aérea, de acordo com os números fornecidos pelos 3 ramos militares.
Era uma média de 1 general para 5.946 efetivos
Nos dias de hoje Portugal não tem nenhuma frente de guerra e só cumpre, como antes, as suas obrigações militares na NATO.
De acordo com os dados do último anuário da Defesa Nacional disponível, de 2010,
Portugal possui atualmente 67 oficiais generais e 35.057 militares no ativo: 18.351 do Exército, 9.584 da Marinha e 7.122 da Força Aérea.
O que dá uma média de 1 general para 523 efetivos.
E ainda estão 123 oficiais generais na reforma, cada um recebendo uma pensão mensal média de 5.440 euros.
Temos de perguntar: o que se passou desde 1974 até aos dias de hoje para que em tempo de paz hajam tantos generais, ganhando tanto e fazendo pouco, e sendo tão poucos os militares subalternos?
Afinal, estarão estes generais em guerra contra o seu próprio povo?