A forma mais refinada de exploração do trabalho alheio é a de conseguir fazer "pagar o cão com o seu próprio pelo".
Uma outra forma, também considerada como uma fina forma de exploração é a de que com"papas e bolos se pagam os tolos".
E, finalmente, há quem diga que um "burro se leva com um pau e uma cenoura".
Já pensaram bem na diabólica lógica perversa que preside à governação económica de baixar sucessivamente a carga fiscal sobre as empresas e, em contrapartida, aumentá-la sobre os rendimentos do trabalho?
Com isto o que se faz é, fundamentalmente, premiar e incentivar ainda mais a exploração do trabalho, especialmente a do trabalho assalariado ou dependente.
Tudo isto que sucede sem que nós aqui nos debrucemos no aumento da precarização-precariedade do trabalho e das condições a ele associados, portanto, no aumento da fragilização tanto do factor trabalho e como da pessoa humana a ele associado e, concomitantemente, o perverso ainda mais perverso resultado do aumento da subalternização das pessoas dos trabalhadores ao poder de exploração dos detentores dos meios de produção e ou do capital.
Ora, uma sociedade assim só pode caminhar inevitavelmente para o esclavagismo que, ao contrário que havíamos tomado como assente desde meados do Século XIX, afinal não só não deixou de ser perseguido e proibido como, ao invés, agora no início do Século XXI, parece estar a ser de facto e de jure permitido e incentivado.
Isto assim, digo-o sincera e gravemente preocupado, adquire contornos de pesadelo humano!