Comecei a escrever este texto há meio ano, mas a ideia vem-se sedimentando imediatamente antes do ataque da Rússia à Ucrânia.
Em 23 de fevereiro de 2022, com a agressão russa à Ucrânia, foi aberta a caixa de pandora que, a meu ver, com elevada probabilidade, culminará no confronto mortal entre dois modelos opostos de organização da sociedade e do poder.
Desde jovem, com a leitura dos escritos marxistas e comunistas, tenho a convicção de que, mais cedo ou mais tarde, com todas as suas apocalípticas consequências e resultados, o móbil das forças comunistas é a destruição da Humanidade.
Pensávamos que o perigo tinha sido removido com a queda do Muro de Berlim, em 1990, com a derrota da União Soviéticas das Repúblicas Socialistas.
Mas o processo de recuperação do intento maligno despertou há 23 anos, com a ascensão do torcionário tirano Vladimir Vladimirovitch Putin.
Na Conferência de Munique, em 10 de fevereiro de 2007, Vladimir Putin, a propósito do seu revachismo ao alargamento da Aliança Atlântica aos países de Leste da Europa, mostrou-nos a sua visão paranoica, sanguinária e violenta do futuro.
Não é por acaso que ele tem preparado há mais de 10 anos uma cidade subterrânea, com todos os meios, situada nos Urais, para, com o seu harém e os seus capangas, sobreviver ao apocalipse nuclear.
O conflito derradeiro encaminha-se para o seu epílogo, na guerra total entre Israel e o mundo islâmico, com o apoio da Rússia, da Coreia do Norte e do Irão, com os seus inúmeros grupos e movimentos terroristas patrocinados.
E o último capítulo da Guerra sucederá com a tentativa de subjugação de Taiwan pela China, muito ambicionada por Xi Jinping.
Os livros sagrados das religiões monoteístas - leiam-se os capítulos 16 a 18 do Livro do Apocalipse, da Bíblia, constatem-se as coincidências naturais e humanas destrutivas com a atualidade - têm como inevitável a luta final entre as forças do bem e do mal.
Até ao final de 2025 a tentação do uso, em larga escala, das armas nucleares, estará pendente sob as nossas cabeças.
A Alemanha e os países limítrofes, Noruega, Finlândia, Países Bálticos, Suécia e Polónia, já avisaram os seus povos para o iminente ataque militar russo à Europa.
Segundo os britânicos e os norte-americanos, são claros os sinais que vêm da Rússia, já está a funcionar em economia de guerra, criando um manancial de meios bélicos para, um muito provável e em breve, ataque armado generalizado à Europa.
Estamos obrigados a prepararmo-nos, com reservas de alimentos, abrigos, meios e instrumentos manuais e mecânicos, para sobrevivermos aos difíceis e amargos momentos para depois desse disruptivo conflito.
Cuidemo-nos.
(artigo do autor, publicado na edição de 1 de fevereiro de 2024 do jornal mensário regional "Jornal Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)
MUDAR PORTUGAL:
35 medidas para despartidarizar, desenvolver e democratizar o Estado Português, Portugal e os Portugueses
Introito:
Portugal é um país com uma história e cultura ricas, de mais de 800 anos, de vocação ultramarina e global, que, num passado nobre e valente, conquistou o mundo, espalhou a sua cultura, a sua gente e a sua língua nos sete cantos do planeta.
Os últimos 50 anos, foram conduzidos desastrosamente, em ordem à instauração de aprofundamento da pobreza das suas populações, à ruína económica nacional, com a desindustrialização, morte do pequeno comércio, abandono dos campos e da agricultura, perda da liberdade e autonomia alimentar, económica.
Os seus objetivos, meios e fins tiveram em vista a disseminação das ideologias do género, do colectivismo, do estatismo e do marxismo, conseguidos com estatização e coletivização forçada em geral da sociedade, da economia, das empresas e das instituições públicas e oficiais.
Com o 25 de abril de 1974, Portugal viu perdeu à força, de maneira ignóbil e vexatória, as suas imensas possessões ultramarinas, riquezas e recursos materiais, humanos, financeiros e naturais, abandonando mesmo à sua sorte os nossos povos irmãos e, por fim, os entregando à influência estrangeira, à guerra, ao fratricídio, à miséria, à fome e ao subdesenvolvimento.
Ainda hoje Portugal e o seu Estado não ressarciram, como deviam e estavam justamente obrigados a ressarcir os portugueses (chamados de “retornados), pelas perdas vultuosas dos seus patrimónios, trabalho e labor confiscados, mesmo roubados, nas ex-colónias.
Não bastando, essas políticas antinacionais e destrutivas, prosseguiram com sangramento populacional, resultante da emigração forçada dos nossos jovens, das medidas do incentivo ao aborto, à eugenia e à punição das famílias alargadas, têm levado ao envelhecimento e encolhimento demográficos do país.
As políticas fiscais atuais, desde há 50 ininterruptos anos têm sido presididas pelo esbulho dos mais pobres, trabalhadores, aforradores, industriosos e inovadores.
Os roubos e abusos que o próprio Estado Português pratica, por conta e proveito dos grupos e corporações que raptaram a seu favor e proveito egoístas a coisa pública, chegaram a um ponto escandaloso.
O Estado passou a exercer práticas predatórias, por meio de impostos e taxas, sobre os cidadãos e contribuintes que, contínua e gravosamente, são a causa do empobrecimento dos portugueses, da decadência da economia nacional, do progressivo e contínuo défice das contas públicas e do galopante e ruinosa aumento das dívidas pública e externa.
E, por fim, a entrada no projeto europeu, significou e trouxe-nos à progressiva perda da independência e da soberania, à destruição social, humana e espiritual nacionais.
Até aos dias de hoje, ninguém foi capaz, nem pareceu alguém querer, de atacar e resolver, de vez, os reais e profundos problemas que vão conduzindo Portugal à estagnação, à ruína e, em último lugar, à falência nacional.
As causas da destruição nacional têm sede e lugar no Estado Português.
Eu proponho 35 grandes medidas, essenciais e decisivas, para reformar o Estado Português, que, por essência e natureza, servirão para salvar Portugal da sucessiva, desastrosa asfixia e menorização na qual tem sido colocado há mais de 4 décadas.
É a hora e o tempo de inverter a decadência, a ruína social e económica nacional, que, infelizmente, a médio e longo prazo, transformarão Portugal no país mais atrasado do Hemisfério Norte e, no final, a perda da identidade e da independência nacionais.
É a hora e o tempo de dizer BASTA a este nefasto estado de coisas.
É o tempo e a urgência de estabelecer em Portugal plena da Democracia, dando a supremacia ao Povo sobre os órgãos de soberania e de representação.
É o tempo e a urgência de responsabilizar os cidadãos por si mesmos, dando a primazia à Cidadania e em benefício do Povo.
Para tanto impõe-se colocar a Cidadania ao serviço da Democracia e a Democracia em prol do Povo, em vez e no atual lugar da serventia do Povo aos partidos políticos e das oligarquias.
Para tanto impõe-se a colocar o Estado ao serviço do Povo e o Povo em prol do Povo, em vez e no atual lugar da serventia do Povo às corporações e das plutocracias.
Neste projeto nacional, desenho e estruturo 35 medidas que acreditamos que podem ajudar a mudar Portugal para melhor.
Estas medidas abrangem um vasto leque de áreas, desde o crescimento económico e a criação de emprego, até ao melhoramento da educação e dos cuidados de saúde, passando por efetivas, reais e concretas políticas para promover a justiça social, reduzir a pobreza e a desigualdade.
Fundamentalmente, é hora, é imperioso e é tempo, temos de criar um futuro mais sustentável, mais justo e fraterno para todos os portugueses, seus filhos e netos, a bem das gerações futuras.
Esperamos que este projeto, o que estou certo e confiante, provoque um debate e inspire ações coletivas que levarão a uma mudança real, profunda e decisiva de Portugal.
É tempo, urge e estamos obrigados, a tanto a Gloriosa História de Portugal nos exige, a recuperação da soberania, da independência e da liberdade portuguesas, em nome e em prol do nobre e valente Povo de Portugal.
A transformação tida em vista, almeja fazer sair Portugal da condição de país mais atrasado do Hemisfério Norte do planeta, escapar à perda da sua identidade e da sua independência.
Ou seja, alavancar Portugal, os portugueses e a terra portuguesa, na sua identidade, orgulho e soberania, como outrora alcançamos nas sete partidas do mundo, por meio do engenho, da astúcia e grande obra das Descobertas, para um lugar cimeiro na Europa e no mundo.
Portugal, os portugueses, os seus povos, as suas gentes e as suas terras terão de voltar em breve a Si, à sombra das suas História, Identidade, Bandeira e do seu Hino.
Destarte, apresento aos portugueses 35 medidas para instituir uma Democracia Cívica e Cidadã, derrubar o atual Regime oligárquico, nepotista, plutocrático e cleptocrático ao serviço dos Partidos Políticos, e colocar Portugal na senda do desenvolvimento económico, social e humano.
1. Reforma da Constituição Política Portuguesa e do Regime Político, Democrático e Representativo:
Serão levadas a cabo mudanças significativas e profundas no sistema político e institucional português.
A primeira delas é a abolição da atual Constituição marxista, coletivista e estatista, realizado por meio de um referendo popular, por meio do voto universal de todos os cidadãos de nacionalidade portuguesa e maiores de 18 anos.
Será redigida a nova Constituição Democrática e Cidadã de Portugal, pela Assembleia Constituinte, eleita simultaneamente no mesmo referendo.
Finalmente, a Nova Constituição deverá ser aprovada por meio de referendo vinculativo popular.
O novo Regime Político será Cidadão, Humanista e Democrático.
A representação popular terá a expressão biparlamentar, com duas Câmaras de Representantes eleitos: a Assembleia de Cidadãos com 100 deputados, e o Senado com 50 senadores.
O sistema eleitoral dos deputados nacionais, primeiro os deputados constituintes, depois os representantes cidadãos e os senadores, serão eleitos em círculos uninominais, pelo método individual, pessoal e maioritário.
Deverão ser introduzidos mecanismos de Democracia Direta e Participativa Popular, tais como como a obrigatoriedade de discussão e aprovação direta dos cidadãos de uma parte (25%) do Orçamento Geral da Cidadania, bem assim uma parte (50%) do orçamento dos municípios.
Serão implementados os poderes de veto legislativo por iniciativa popular, referendo e participação direta dos cidadãos nas tomadas de decisão.
A nova Constituição também conterá o reforço do poder direto dos cidadãos por meio de iniciativas legislativas populares e a introdução de meios de Democracia Direta e Participativa, como referendos e consultas populares.
A democracia cidadã representativa por Partidos Políticos será mitigada, com a eliminação de toda e qualquer menção a partidos políticos na Constituição da República, cabendo em exclusivo o poder representativo aos cidadãos.
Os Partidos Políticos não são abolidos, nem sequer proibidos, mas eles serão a emanação e a expressão da associação de pessoas e eleitos, e não o inverso como tem sido até aos dias de hoje.
A chefia do Estado e da República passará a ser conduzida pelo Primeiro Cidadão, eleito por voto universal, direto e secreto de todos os portugueses.
A democracia direta dos cidadãos, sobrepondo-se aos representantes políticos, será reforçada, com a poder popular de destituição dos deputados por meio de referendos populares locais.
Será igualmente prevista a destituição do Primeiro Cidadão por meio de referendo popular nacional, ou por maioria qualificada das duas Câmaras de Representantes.
Além disso, serão exigidas medidas de economia de meios e despesas com os eleitos, como a redução do número de deputados regionais e a publicidade dos orçamentos de todos os eleitos.
Por fim, serão severamente sancionados o enriquecimento ilícito de políticos e titulares de cargos públicos, com a inversão do ónus da prova da sua riqueza, as sanções políticas e financeiras, como o confisco de toda a riqueza injustificada, multas elevadas e penas de prisão, de cassação de mandatos e inelegibilidades perpétuas para os corruptos condenados.
2. Regionalização e Reforma Administrativa Municipal:
A) 7 Regiões Administrativas de Portugal: Algarve, Baixo Alentejo, Alto Alentejo, Estremadura, Centro, Norte Litoral e Trás dos Montes, a somar às duas atuais Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, sem qualquer aumento de despesa pública, com vários poderes próprios, nomeadamente fiscais, culturais e escolares e outros, dotados autonomia política fiscal e financeira, com poderes de gestão dos Hospitais Públicos, Escolas e demais organismos públicos centrais, regionais e locais, sendo eleitos por forma indireta pelos presidentes dos Governos de Municípios.
B) Reforma Municipal: Redução do atual número de Municípios portugueses, passado estes para os Governos de Municípios, a não mais do que 50 em todo o Portugal. Reforço dos poderes e competências dos Governos de Municípios, com a implementação dos seus poderes e deveres democráticos locais. Descentralização das competências do Estado Central para os Governos de Municípios, ou Associações de Municípios, e novas Regiões Administrativas.
C) Estado descentralizado: Extinção das atuais 5 Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). Criação dos Governos de Municípios, no máximo 50, cada governando, em média, 6 dos atuais concelhos, associando-se os novos municípios redesenhados para o efeito, em substituição das atuais Câmaras Municipais, que serão todas extintas. Criação dos Governos das Populações, no máximo 500, cada governando, em média, 6 das freguesias, associando-se as novas freguesias redesenhadas para o efeito, em substituição das atuais Juntas de Freguesia, que serão todas extintas.
3. Princípio do Estado Português Responsável:
A) o Estado Português só deve viver, modesta e responsavelmente com o que os contribuintes decidirem pagar, limitando os impostos a não mais de 20% sobre todo o rendimento nacional, e nunca mais de 10% sob as empresas e 10% dos sujeitos singulares.
B) introdução, em sede de Constituição Democrática de Portugal, da proibição total e absoluta de contração pelo Governo de toda e qualquer nova dívida pública, só podendo ser autorizada com Lei da República e aprovada com maioria qualificada de 2/3 dos deputados.
C) o Estado deve passar a viver com apenas 20% do rendimento líquido anual da economia nacional.
D) proibição, em sede da Constituição, de todo e qualquer défice (excetuando casos de força maior: desastres, guerra ou similares), nas contas públicas nacionais.
E) proibição, em sede da Constituição, de todas e quaisquer participações público-privadas (PPP) e a eliminação das confusões, negociatas, tráficos e outros, entre o Estado e os privados.
É fácil reformar o Estado Português, de modo a coloca-lo ao serviço desenvolvimento de Portugal e da melhoria das condições e felicidade dos portugueses, como eu demonstro acima, basta querer.
Houvesse uma séria e responsável vontade política e seria muito fácil resolver o problema dos portugueses!
O problema são os atuais Partidos Políticos representados na Assembleia da República e as suas elites cleptocráticas criminosas, que não estão de todo interessados em resolver os reais e sérios problemas que afligem os portugueses e que, continuamente nos últimos 44 anos, têm contribuído somente para destruir Portugal.
É possível recuperar e fazer avançar Portugal, basta os portugueses quererem!
A saída da Grã-Bretanha da União Europeia, no imediato, vai, e já está, causar sobressaltos políticos, económicos e sociais em toda a Europa
Nos próximos tempos iremos escutar os sujeitos e partidos políticos extremistas de esquerda e direita, o proto comunista Vladimir Putin e demais marxistas e fascistas europeus, a assustarem as pessoas, antecipando dificuldades e preconizando soluções irracionais e isolacionistas..., enfim, gritando aos sete ventos que a culpa é dos outros, ou dos deuses, e que está para breve o …apocalipse...
Mas, nos curto e médio prazos, as nefastas consequências económicas, sociais e políticas do Brexit servirão de vacina contra os extremismos e egoísmos que atravessam a Europa.
O Brexit é a opção passadista e revanchista, de uma parte do povo britânico, pelos isolacionismo e egoísmo, que chocam com o progresso inevitável da globalização, e, como tal, estão inevitavelmente condenados ao fracasso.
O problema não está no projeto dos povos europeus de se unirem à volta de um destino comum político, democrático, económico e social; antes pelo contrário.
As ameaças à paz e à prosperidade na Europa, devem obrigar-nos a procurar uma mais democrática e participativa construção económica, social e política, e, fundamentalmente, uma mais equitativa, solidária e competitiva redistribuição da riqueza.
Quanto aos britânicos, é a minha previsão, em menos de 2 anos, o Reino Unido, ou o que o restar dele, regressará à União Europeia.
A única dúvida que tenho é se voltará como um reino unido, ou como 3 países diferentes, ou seja, o Novo Reino Unido, constituído pela Inglaterra e de Gales, e as duas novas Repúblicas, a da Escócia e a da Irlanda do Norte, ou a Irlanda do Norte integrando-se na República da Irlanda.
A união da Europa não tem volta, ela trouxe a todo o continente a paz e a prosperidade gerais como nunca haviam sido sentidas em todos os seus mais de 2 mil anos anteriores.
Mas a União Europeia terá de se reformar, abandonando as vias monetarista, estatista, burocrática e socializante seguidas até hoje, retornando às vias clássicas e fundadoras das liberdades e responsabilidades política, comercial e produtiva individuais e coletivas.
A União Europeia tem de arrepiar o caminho estrutural seguido, libertando-se da centralização burocrática e supra estatal das elites governamentais.
O fim da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, mantendo-se unicamente e no seu lugar, o Conselho Europeu de Governos, seriam os primeiros passos a tomar.
O futuro são os Povos Unidos da Europa, mas como muito menos políticos e burocratas, dando lugar a mais cidadania, liberdades políticas e económicas, justiça e paz sociais.
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Julhode 2016 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)
Segundo os critérios europeus oficialmente aceites, em termos genéricos, um indivíduo é considerado pobre se viver numa família cujo rendimento por adulto equivalente seja inferior a 60% do valor mediano por adulto equivalente ao calculado para toda a população.
De acordo com os dados de 2014, em Portugal o rendimento monetário disponível médio por adulto equivalente era de € 10.390 euros anuais e, segundo o critério de definição da pobreza, a linha mínima de exclusão da pobreza em Portugal encontra-se a partir de um rendimento anual mínimo igual ou inferior a € 6.234,00, ou seja, um rendimento mensal mínimo líquido de € 519,00.
Ora, segundo este critério de determinação da pobreza, e de acordo com projeções oficiais, no final de 2014 existiriam em Portugal cerca de 3 milhões de portugueses, numa população de 10,5 milhões de habitantes, portanto correspondendo a 28% do total da população portuguesa, que viveriam com um rendimento médio disponível mensal igual ou inferior a 519,00 mensais.
Outros dados relevantes da pobreza e da fome em Portugal:
A propósito da situação horrível que acontece neste momento na Síria o que, mais uma vez vemos e ouvimos como sempre, é o Ocidente sempre estar a falar atacar a América e a criticar o que eles fazem. Cá para mim, o que eu penso destes hipócritas invejosos da América, é que a Europa está tomada de gays e afins. Porque exceto os EUA, no Ocidente, mais ninguém faz mesmo nada e os europeus e demais críticos fazem é ficar à espera que os americanos façam o trabalho sujo e duro. Relembro a hipocrisia dos europeus quando foi a terrível situação na antiga Jugoslávia, chegando ao ponto dos capacetes azuis estarem na bebedeira e nas putas com alguns sérvios, enquanto os outros carniceiros sérvios chacinavam na Bósnia Herzegovina as mulheres, as crianças, os velhos e homens indefesos. Ora, se nesta altura os EUA já tivessem militarmente intervindo na Síria o que teria acontecido era que, como eu já li a muita esquerda europeia, a esta hora, na Europa e no mundo, os mesmos americanos já tinham sido acusados por essa mesma esquerda de que o faziam por haver petróleo a jorrar na Síria e que só o estavam a fazer por meros interesses económicos. Mas como os americanos não intervieram, agora, esta mesma esquerda europeia, vem dizer, que se não o fez é porque não há petróleo na Síria! Apre para esta esquerda europeia, é que nem Deus deve já ter paciência para aturar para aturar tanta hipocrisia! O que eu penso e digo é que, mal, ou bem, no mundo só há mesmo a coragem americana, porque o resto do Ocidente, nomeadamente na Europa, só se vê é paneleiragem, fracos e hipócritas que muito falam e nada fazem e que se vão entretendo somente a encher-se de dinheiro da especulação e exploração financeira…
Triste Europa, pobre de Portugal!
Após, o que parece, a União Europeia ter conseguido um acordo esta madrugada, encontram-se criados um hiato de tempo e uma bolsa de ar que temos agora, com urgência, empenho e determinação, aproveitar para resolver os verdadeiros e profundos problemas de toda a crise em que mergulhámos.
Esperamos e desejamos, finalmente, que venham a ser criadas as condições económicas e políticas formar os meios e os pressupostos para que a Europa e os europeus se salvem da imensa tragédia que poderia e ameaçava emergir de uma situação resultante das destruições do Euro e da União Europeia.
Não era, nem é, preciso ser-se adivinho, para poder calcular e estimar as consequências da grave derrocada que se avizinhava, mas que nos ameaça ainda, e que seriam de molde a levar-nos a um imenso e gravíssimo desastre de consequências trágicas e resultados incalculáveis.
As consequências e os resultados que podiam até fazer mergulhar o mundo inteiro, para além de uma crise da nossa própria sobrevivência alimentar, portanto humana, social e civilizacional, como até conduzir-nos a todos a uma situação de pré-guerra mundial, senão até mesmo, a uma catástrofe mundial global, fazendo a seguir eclodir as condições possíveis de uma III e mortal Guerra Mundial.
Mas a crise tem razões e causas bem mais comezinhas e mais simples, portanto que nos são próximas, mas, ao mesmo tempo e paradoxalmente, mais intrincadas, mais profundas e até mais complexas, senão mesmo bem mais graves e sérias.
O problema e a sua causa são, sabemo-lo mas teimamos em não o quere ver, de natureza Humana e Civilizacional.
O problema é desta maneira mais diabólico e intrincado, portanto, está neste tipo global de Ser Humano em que se transformou o Homem do Século XXI.
O problema estava e está em no modelo egoísta, consumista e materialista que faz hoje mover todos os seres humanos pelo planeta fora.
Ora, o que vemos e assistimos é que os modelos hedonistas e materialistas, concentrados e alicerçados na acumulação material, económica e monetária de alguns, com a exclusão dos outros tantos milhares de milhões de indivíduos, foram e são, essencial e decisivamente, os causadores da crise do precipício do abismo Humano perante o qual nos encontramos nestes assustadores anos do início da segunda década do XXI Século.
É tempo, urge e é premente, dizer, determinar e agir em ordem à radical mudança que importa alcançar para a nossa salvação.
Esta crise veio nos dizer, agora como nunca e conhecida e conscientemente, que o paradigma Humano criado no início do Século XXI tem imperativa e radicalmente de mudar.
Temos, necessária e liminarmente, de encontrar novos modelos humanos baseados essencial e decisivamente, como condição mínima e máxima da sobrevivência Humana e Global, até mesmo das espécies naturais, animais, portanto mesmo do próprio planeta Terra, na maior solidariedade humana e planetária das nações, dos povos e dos indivíduos.
Para esse desiderato e resultado, assume-se como uma, senão mesmo a mais importante e crítica condição básica e essencial, uma melhor divisão, repartição e distribuição dos recursos naturais, económicos e monetários por todos.
A condição e o meio indispensáveis para tanto são, não se duvide, a procura efectiva de meios, respostas e soluções de integração, inclusão e entreajuda de todos os indivíduos, desde o Norte ao Sul, do Este ao Este, de todo o planeta.
Sem excepção, a Globalização e o seu processo atingiu o seu zénite, deixando de ser tão- somente um caminho, para ser, antes e mais, o meio da própria salvação Humana e planetária.
Ou seja, sem que não sejam assegurados os meios básicos, mínimos e condignos à sobrevivência material e humana condigna de todos os indivíduos, sem qualquer distinção e sem absolutamente qualquer exclusão, não só as causas da crise não estarão, nem nunca serão ultrapassadas, como continuarão potenciadas e activas as mesmíssimas causas e os mesmos problemas para a nova eclosão, mais cedo ou mais tarde, de uma ameaça semelhante, ou até mais grave, sobre o Homem e a Humanidade.
Ora, portanto e mais do que nunca, o nosso combate pela liberdade, pela democracia e igualdade no Mundo inteiro, na Europa e, em particular, em Portugal, mantem-se com premência e como a condição decisiva para a resolução profunda das verdadeiras causas de crise Humana, Social e Económica com que lidamos neste momento do Século que atravessamos.
Para tanto, temos que nos empenhar e engajar colectivamente, agora mais do que nunca, na construção de novos modelos económicos, políticos em que a inclusão de todos os indivíduos seja a regra e a condição, sem as quais, como mais uma vez estamos a ser e fomos, uma vez mais, obrigados a aprender, nunca será possível uma existência colectiva organizada, equilibrada, harmoniosa e pacífica para todos e qualquer um, sem excepção.
Portanto e uma vez mais, e não cansa insistir nisto, sem que não se alcance uma Terra Global e uma Civilização Comum para todos e, em que os recursos e os meios cheguem igualmente a todos, portanto sem que não alcancemos uma exigente e rigorosa democracia e cooperação mundial ética, alimentar, económica, de paz e liberdades para todos os seres humanos, não poderá haver descanso e serenidade tanto para os Europeus, como para a Humanidade em geral.
A crise que a Europa e a Zona Euro vivem é muito fundamentalmente uma crise de produção e de consumo, mas tem o seu fundamento, bem como a sua génese, na actividades e nos desígnios movidos por grupos internacionais de criminosos da mais diversa estirpe.
É verdade que Europa, tal como o mundo ocidental em geral, produzem pouco e, em relação e proporcionalmente ao consumo, esse mesmo consumo que fazem exageradamente é mesmo muito pouco em relação ao que produzem.
É verdade que, os grandes responsáveis pela actual situação em que todos nós vivemos foram, à primeira vista, os Estados, os Governos europeu e as políticas seguidas por estes, com forte apoio e incentivo dos Bancos e das Instituições Financeiras, de estímulos desenfreados ao consumo fácil e sem sustentação na real produção.
Mas tudo isto foi feito e continua a ser levado a efeito, de uma forma planeada e executada com especial inteligência, por um conjunto de indivíduos e grupos criminosos que tomaram conta dos governos e dos parlamentos nacionais e, finalmente, do poder central de decisão de Bruxelas.
As políticas que deram azo a toda a ruína europeia crescente, não só foram, como continuam sendo, os Estados e os Governos europeus a gastar o que tinham e não tinham, sugando e rapinando cada vez mais e mais impostos, como a seguir recorrendo a dívidas cada vez mais vultuosas, e tendo unicamente em vista os negócios ruinosos e corruptos com as gigantescas e faraónicas obras públicas, na grande maioria verdadeiros "elefantes brancos" que para nada servem, e que só serviram, em suma, os interesses da corrupção e do crime organizado.
Ora, à custas dessas políticas deliberadas e propositadas dos Governos corruptos e dos seus grupos criminosos que os dominam, foi a razão pela qual hoje nos encontramos na actual situação miserável, como nos deparamos agora com toda uma política consequente de maior e mais agravada rapina fiscal dos Governos que vieram a seguir.
Mas, o facto é que são estes grupos de interesses, os verdadeiros e reais patrões dos partidos políticos e dos Governos formais, formados por alianças de indivíduos e grupos de criminosos da mais diversa índole, desde traficantes de droga, traficantes de armas, proxenetas e traficantes de seres humanos, até a outros piores criminosos contra a Humanidade, que se encontram por detrás destas actuais políticas de escravização humana dos Europeus e, em parte, também dos Estados Unidos.
No actual Governo de Passos Coelho também encontramos este tipo de política, governo este, tal qual como os seus desígnios, que não são excepção às políticas, tal como à composição dos Governos que podemos ver um pouco por toda a Europa.
Quisessem os Governos Europeus, inclusivamente o português, mas que não querem, antes a desejam, resolverem a crise e rapidamente lançariam mão de incentivos à produção e à criação de riqueza, para tanto baixando os impostos sobre a produção e criando incentivos e linhas especiais de crédito, taxas de juro baixas ou nulas, como se praticam nos Estados Unidos, para fomento das empresas e para os empreendedores em geral.
Mas a estes Governantes e grupos criminosos europeus não lhes interessam o desenvolvimento, o bem-estar e a felicidade dos seus povos, mas o que lhes continua a interessar é a escravizar, espezinhar e destruir os povos, as famílias, as pessoas, os jovens e o futuro dos europeus.
Enquanto os povos da Europa não se revoltarem em massa contra estes agentes criminosos e maléficos que governam um pouco por toda a Europa, incluindo Portugal, nenhuma possibilidade poderão ter de se livrarem desta crise destrutiva em que estes Governos mergulham diariamente os povos europeus.
A reacção e a revolta violenta dos corajosos jovens gregos mais não é do que a resposta adequada e consentânea com a tomada de consciência e o conhecimento do problema que esteve e está por detrás da causa e dos causadores da crise que atravessa toda a Europa.
Já aos restantes povos da Europa caberá escolher se preferem usar o caminho da revolta e da liberdade, como fazem os corajosos jovens combatentes gregos nas praças de Atenas, ou, antes e cobardemente, morrer esmagado pela fome, pela doença e pela miséria generalizada em consequência da rapina, escravatura e genocídio humano de que são alvo pelos seus próprios governos.