O terrorismo mundial é hoje unanimemente de inspiração islâmica, obrigando-nos a entender as suas matriz, génese e atuação.
A inspiração deste terror extremo não é nova, é bem antiga, sendo justificada pelos seus autores desde há 1.383 anos no Corão, o livro sagrado dos muçulmanos.
O alicerce ideológico específico dos novos radicais islâmicos para legitimarem a fundação do Daesh, o Estado Islâmico ou Novo Califado, é exatamente o mesmo tipo de ódio irracional que serviu à expansão (632-732 d.C.) do império islâmico-árabe, tal qual como serve agora de meio de santificação da guerra, subjugação, escravização, ou matança, exercidas violentamente contra os não-muçulmanos que a eles se oponham, considerados “idólatras”, “ateus”, infiéis”, ou “incrédulos”, independentemente das suas particulares e diferentes convicções religiosas, éticas ou espirituais.
Os jhiadistas autores dos massacres de Paris terão atuado sob o efeito da droga muito em voga no médio oriente e largamente utilizada pelos combatentes do Estado Islâmico denominada de “Captagon”.
Ora, em Outubro deste ano as autoridades libanesas prenderam 5 sauditas no aeroporto de Beirute com 40 sacos de comprimidos daquela droga num jato privado, e entre eles estava o príncipe herdeiro saudita Abdel Abdulaziz.
Mas isto também não é uma novidade, no califado islâmico do início do século XI, a seita os "haschichiyun", ou grandes consumidores de haxixe, fundada por Hassan ibn Sabbah em plena disputa sucessória no califado Fatímida, tinham sede numa fortaleza de Alamut, Irão, vivendo disfarçados no meio de multidões e noutros locais até receberem ordem para matar, destacavam-se por serem os guerreiros especiais do exército e guardiões oficiais da fé islâmica.
Foram os "haschichiyun" a darem origem à palavra "assassinos", tal era o seu elevado grau de prática de violência física e psicológica, exercidas com ou sem armas, por meio violações, torturas, execuções, mutilações, etc., e praticadas contra todo o tipo de pessoas por eles visados, fossem crianças, mulheres, idosos, frágeis ou indefesos.
Afinal, o moderno terrorismo islâmico, como podemos constatar no presente, não é coisa nova e, apesar de ser agido por meio de novas formas e aparências, mais não é do que a revisitação do MAL.
(artigo do autor publicado na edição de 1 Dezembro de 2015 do mensário regional "Horizonte", de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)