O crescimento económico nacional previsto de 2,5%, prevê unicamente de crescimento interno 0,7%.
Já as empresas exportadoras, essencialmente de capital internacional, como sejam multinacionais ou de forte domínio estrangeiro, contribuem com 1,8%.
E estes capitais não ficam muito tempo em Portugal e nem sequer contribuem para desenvolver o país.
Ora, para crescimento interno de caráter conjuntural, portanto passageiro e efémero, contribuíram fundamentalmente o consumo de bens importados, especialmente de produtos alimentares aos automóveis, tudo feito com base ao recurso ao crédito externo e à forte diminuição da poupança das famílias.
Aliás, a poupança das famílias atingiu este ano o indicador mais baixo de sempre.
Finalmente para o aumento do consumo interno contribuiu fortemente a reposição dos cortes nos salários e complementos aos funcionários do Estado, feito à base do aumento da despesa intermédia e em consumos do Estado com salários e sustentado pelo progressivo aumento de impostos e endividamento público e externo.
Já o investimento interno reduziu-se a números nulos.
Tudo isto é feito sem quaisquer ganhos de produtividade, de poupança ou incremento produtivo nacional.
A população residente diminuiu novamente em 2016 e tudo indica continuar a agravar-se o declínio populacional português em resultado da forte diminuição da natalidade.
Ora, Portugal continua a gastar da mesma receita que o levou recentemente à falência e à intervenção externa da Troika, como seja a aumentar o endividamento público e externo e a consumir com recurso às importações e pagas com crédito externo.
Afinal, os portugueses não aprenderam a lição do passado recente, parece continuarem a gostar mesmo de políticas e governantes que os enganem!