Corre hoje pela blogosfera que, segundo a opinião do sociólogo Robert M. Fishman, da Universidade de Notre Dame, nos EUA (alguém conhece mesmo esta eminência parda…???), Portugal não necessitaria de um resgate se não tivesse ficado sob uma pressão “injusta a arbitrária” dos mercados e que foi sob a pressão “injusta e arbitrária dos negociantes de obrigações, especuladores e analistas de crédito”, que, “por vistas curtas ou razões ideológicas”, conseguiram “fazer cair um governo eleito democraticamente e potencialmente atar as mãos do próximo”.
A rematar este Fishman (…) frisou que as “instituições e políticas económicas” tinham “alcançado um sucesso notável” antes de o país ter sido “sujeito a ataques sucessivos dos negociantes de obrigações”.
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Bem, lido isto, o que é de pasmar eu, primeiro, pergunto se esta “rara inteligência” estaria a referir-se a Portugal ou a algum “universo paralelo”?
Que é como quem diz: o tipo terá fumado alguma coisa estragada e ficou a delirar ou, quiçá na melhor das hipóteses, quanto é que pagaram ao fulano para dizer estas alarvidades???
Cá por mim, na minha modestíssima opinião, tenho que lhe dizer, no mesmo tipo de diapasão daquelas análises, que… sim, sim... pois, pois... também deve ser verdade que em breve as galinhas nacionais vão ter dentes e que o Estado português podia, na “boa”…, continuar a viver de "fiado" mais 100 ou 200 anos e a gastar "à tripa forra" às custas dos nossos credores!
E, sempre no sentido daquelas palavras vindas da América seria melhor dizer, como também já andam por aí a dizer uns quantos refinados aldrabões e seus respectivos acólitos, que também devia era voltar o José Sócrates ao Governo e que as Parcerias Público Privadas são chupa-chupas para as criancinhas...
Só mesmo este pobre Portugal…