Passos Coelho, na questão da sua receção do subsídio de reintegração dos deputados com exclusividade, procura a absolvição legal na Procuradoria-Geral da República pela via expedita e manhosa da prescrição ou do emaranhado das burocracias político-partidárias, o que até poderá vir a conseguir
Mas, jamais se livrará do julgamento moral dos portugueses, esse não lhe dá perdão à sua desavergonhada ganância pelo dinheiro.
Quando tantos portugueses vivem assoberbados de impostos, desemprego e dificuldades várias na sua subsistência, não tem perdão possível o abuso do erário público cometido, em resultado de uma conduta ilegal, embora prescrita, o enriquecimento desonesto de Passos Coelho com o correspondente prejuízo do dinheiro dos contribuintes.
Em face do tempo decorrido, da prescrição legal dos ilícitos e da impossibilidade de ser objeto do sancionamento criminal e civil, a sanção adequada e justa para a sua conduta tem de ser política e morar, e não poderá deixar de ser: a sua DEMISSÃO, já!
A história veio na imprensa deste fim de semana e tem os ingredientes todos para ser um caso de polícia. Mas, ou há justiça, ou ainda vai parecer que há um deputado da Assembleia da República, de nome Rui Duarte, do PS de Coimbra, que, ou possui asas a jacto ou, ainda mais espantosamente, deterá o dom divino da ubiquidade! Vá-se lá a ver que o deputado Rui Duarte terá estado no Brasil, no dia 15 de Dezembro de 2012, na boda do casamento do seu irmão e, nessa mesma altura, porém, o deputado tem presenças registadas na AR. Para que conste: as presenças na AR são registadas presencial e pessoalmente por via electrónica, quando os deputados inserem as respectivas passwords e logins nos computadores, nos seus lugares no plenário. Devia ser assim, mas passou-se uma coisa diferente. E então o caso piora: o deputado faltoso terá contado com a ajuda de um outro colega deputado que fraudulentamente inseriu os dados do faltoso para, afinal, o dar como presente!!! Ou seja, e a ser verdade esta história denunciada na imprensa, temos dois deputados com o rabo preso no livro de ponto da Assembleia da República. O primeiro já não tem como fugir, falta só saber quem foi o compincha. É de pasmar, a ser verdade a ocorrência desta fraude este parlamento português ainda corre o risco de ser identificado como uma escola de crime! Finalmente, ainda segundo o Semanário "O Sol", o caso desta eventual fraude das faltas encontra-se sob investigação do Ministério Público e, assim, ficamos todos a aguardar que, ao menos e a bem da Justiça portuguesa, estes deputados sejam levados a julgamento!
o link da notícia: http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=94832