O crescimento económico nacional previsto de 2,5%, prevê unicamente de crescimento interno 0,7%.
Já as empresas exportadoras, essencialmente de capital internacional, como sejam multinacionais ou de forte domínio estrangeiro, contribuem com 1,8%.
E estes capitais não ficam muito tempo em Portugal e nem sequer contribuem para desenvolver o país.
Ora, para crescimento interno de caráter conjuntural, portanto passageiro e efémero, contribuíram fundamentalmente o consumo de bens importados, especialmente de produtos alimentares aos automóveis, tudo feito com base ao recurso ao crédito externo e à forte diminuição da poupança das famílias.
Aliás, a poupança das famílias atingiu este ano o indicador mais baixo de sempre.
Finalmente para o aumento do consumo interno contribuiu fortemente a reposição dos cortes nos salários e complementos aos funcionários do Estado, feito à base do aumento da despesa intermédia e em consumos do Estado com salários e sustentado pelo progressivo aumento de impostos e endividamento público e externo.
Já o investimento interno reduziu-se a números nulos.
Tudo isto é feito sem quaisquer ganhos de produtividade, de poupança ou incremento produtivo nacional.
A população residente diminuiu novamente em 2016 e tudo indica continuar a agravar-se o declínio populacional português em resultado da forte diminuição da natalidade.
Ora, Portugal continua a gastar da mesma receita que o levou recentemente à falência e à intervenção externa da Troika, como seja a aumentar o endividamento público e externo e a consumir com recurso às importações e pagas com crédito externo.
Afinal, os portugueses não aprenderam a lição do passado recente, parece continuarem a gostar mesmo de políticas e governantes que os enganem!
A taxa de natalidade em Portugal em 2013 foi a mais baixa dos últimos 60 anos.
Em contrapartida, nos países que mais crescem na Europa e no mundo, como por exemplo a Suíça, que é o melhor local do mundo para o nascimento de crianças, o crescimento económico acompanha o crescimento populacional.
Não é por acaso que os países da Europa com menor número de nascimentos, como são os casos da Espanha, Portugal, Itália e Grécia, sejam, simultaneamente, os países europeus mais diminuídos e afetados no seu crescimento económico.
Chegando até mesmo ao ponto, o que é caso dos quatro referidos países, que o seu crescente défice na natalidade seja acompanhado do mesmo crescente défice nos seus indicadores negativos de produto interno bruto.
Estes mesmos países, com particular destaque para Portugal, assistem também a uma maior emigração da sua população.
A agudização da situação económica portuguesa irá aumentar cada vez mais, não nascendo bebés igualmente não teremos quam para pagar as reformas, lá para 2050 vamos ter 30% da população com mais de 65 anos e deixaremos em definitivo de ser 10 milhões para estarmos a rondar os 8 Milhões.
A diminuição da natalidade tem um efeito multiplicador do atrofiamento económico presente e futuro, afetando imediatamente hoje o crescimento ecónómico e diminuindo ainda mais no futuro a situação de todos.
O Estado, caso esteja interessado verdadeira e conscientemente no crescimento económico, não só deverá promover medidas de apoio à natalidade, como terá que incentivar e premiar o seu crescimento e robustecimento, e, jamais, como tem feito até aqui, continuando a apoiar medidas contra a natalidade, nomeadamente as incentivadoras do aborto, do homossexualismo e da destruição familiar.
Tem de existir uma ação concertada, por parte do Estado e da sociedade em geral, em vários setores, para que haja uma estrutura ativa equilibrada da sociedade e que deverão passar essencialmente pela promoção da vida, da sua qualidade, do seu progresso e, muito em particular, o aumento em número da população.
A promoção de políticas de natalidade é assim essencial, mesmo decisivo, para o futuro de Portugal.
Sem o imediato, rápido e forte aumento da natalidade em Portugal jamais haverá no futuro, no médio e no longo prazos, um robusto, duradouro e consolidado crescimento económico.
Não haverá nunca um verdadeiro e real crescimento económico em Portugal, com condições reais de consolidação, incremento e progressividade, sem uma efetiva e real política de forte aumento natalidade.
Isto é óbvio!
E só não o conseguem ver quem não quiser ver, ou quem estiver comprometido com a destruição de Portugal.