No próximo 30 de janeiro teremos um novo campeonato eleitoral.
Já vamos escutando os proclames eleitorais do costume, “vamos ganhar”, “agora é que é”, “vamos ser Governo” e “isto vai ser nosso”.
São os sinais de um país à deriva, sem rumo, sem futuro e, especialmente para os mais jovens, sem esperança e sem soluções.
A reforma mais necessária e útil para Portugal fica novamente adiada, ou seja, a redução, por um lado, do tamanho do atual obeso e ineficaz Estado e, por outro, um radical corte na despesa pública.
E não há qualquer melhor Estado, qual Regionalização, qual descentralização!
Não passam de palavras de …mais despesa, mais impostos, mais políticos profissionais, mais burocracia, mais corrupção, afinal …mais Estado.
A redução do nível impostos em 50%, começando pela redução do atual número (308) de concelhos e Câmaras Municipais a não mais de 50, com 200 mil habitantes cada, e as freguesias (3.091) a meras 500, com 20 mil habitantes cada, …qual quê!
O combate à corrupção, de 20 mil milhões de euros ano, o combate aos desperdícios inúteis do Estado, passando pelo fecho de todas as empresas e institutos públicos falidos, ou dos seus infindáveis aparelhos e acólitos, de mais de 35 mil milhões euros ano, com a devolução da riqueza às pessoas, às famílias e às empresas, afinal quem a cria, acrescenta e amealha, ...nada!
Perante o atual nível suicida da dívida pública, de 271,5 mil milhões de euros, fixando-se já em 131,4% do Produto Interno Bruto português, o país vai rumando alegremente para o precipício.
Os alarmes vermelhos da inflação e da subida de juros já tocaram, mas os maiores irresponsáveis assobiam para o lado.
Os problemas quotidianos do envelhecimento populacional, a desertificação humana, a emigração maciça, a fuga dos jovens, a destruição ambiental, comercial e industrial, a pauperização social, familiar e profissional, entre muitos outros maus sinais e augúrios nacionais, são votados ao desprezo, à inação e ao esquecimento.
Como dantes, escutamos as ladainhas ideológicas, a aritmética eleitoral, o engajamento dos interesses, a alimentação das clientelas, os tráficos de influências, os negócios corruptos e, mais recentemente, a pandemia e o Covid.
Ora, no lugar do serviço ao povo e ao país, percebemos-lhes que vão para “se servirem”, ou não rendesse cada voto € 2,90 de subvenção por ano ao respetivo Partido.
E os 45 mil milhões da bazuca europeia será para mais tarde recordamos como mais um rebuçado que a cáfila alcandorada no Estado papou.
(twitter: @passossergio)
(artigo do autor, publicado na edição de 31 de Dezembro de 2021 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)
No passado 25 de Abril vimos a oligarquia do regime a fazer alegremente a sua comemoração privada na Assembleia da República, tudo pago pelo povinho.
Já o Povo ficou confinado em casa, caso se atrevesse a sair à rua para celebrar era imediatamente ”convidado“ a fazer marcha atrás, sob pena de ser conduzido ao posto da polícia mais próximo e, posteriormente, responder pelo crime de desobediência.
As tísicas comemorações do 25 Abril na Assembleia da República, compostas por 60 oligarcas, escolhidos das plutocracias dos Partidos Políticos, e uns quantos mamões da República.
Está por fazer o 25 de Abril, vivemos sob a ditadura da Partidocracia altamente corrupta.
A pandemia do Covid19 vai servir para justificar um novo monstruoso endividamento do Estado Português, os excessos do funcionalismo público e os vícios da oligarquia ditam a lei.
O povo português, em todos os tempos, sempre se conheceu pobre, trabalhando incansavelmente de noite e de dia, limitando-se a matar a fome com as migalhas que sobram da mesa da burguesia estatal.
Mais dívida pública são mais vícios e desperdício para benefício da oligarquia e dos seus meninos e meninas, mais encargos e sacrifícios para o povo e o futuro dos seus filhos.
A austeridade vem aí com mais impostos, em volume e em número, com especial incidência nos contribuintes privados, mais cortes nos apoios sociais, mais cativações e uma miríade de novas taxas e taxinhas.
No setor privado abundará o desemprego, o preço das dívidas monstruosas do Estado que oneraram os esforçados trabalhadores, operários e empresários.
O problema da economia portuguesa só resolverá no dia em que os mais de 5 milhões de arregimentados do Estado sejam postos a trabalhar e a produzir, retirados da vida parasitária e ociosa.
Produzir e poupar são coisas não fazem parte do pensamento e do vocabulário destes manda-chuva.
Os campos, os vales e as serras de Portugal jazem abandonadas ao arbítrio do desperdício, do mato e dos animais selvagens, para que as poderosas bestas livremente destruam o que resta da pátria.
Nem tão-pouco lhes interessa debelar a corrupção no Estado Português que custa anualmente aos contribuintes 18,2 mil milhões €, são “só” duas vezes o orçamento de toda a Saúde dos portugueses.
Este montante chegava e sobrava para termos os hospitais, médicos, enfermeiros, medicamentos, máscaras, proteções, desinfetantes, respiradores e muitos outros meios que agora nos fazem falta para proteger e tratar de todas as pandemias, a fome e muitas outras carências que sucessivamente nos assolam.
Mas o lema de António Oliveira Salazar faz escola nestes oligarcas, “manda quem pode obedece quem deve.”
(twitter: @passossergio)
(artigo do autor, publicado na edição de 30 de Abrilde 2020 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)