Vivemos uma calamidade nunca por nós conhecida, uma tal pandemia mortífera do Covid 19, que nos obriga a refugiar nos nossos lares, abandonando o trabalho, a rotina, os amigos e a família.
Há pouco mais de um mês assistimos à aprovação duma lei da morte, apelidada eufemisticamente de eutanásia, agora confrontamo-nos com o dever e a urgência de salvar vidas.
E, fazemos a quarentena profilática, exatamente para salvar as vidas dos mais débeis e frágeis, ao invés do espírito ínvio dessa lei imoral e assassina.
Os autores dessa lei maligna terão de assumir a sua vil condição moral e, a seguir, renunciar e desaparecer.
Em face das ruinosas consequências económicas e financeiras que já se anteveem, com a paralisação e a destruição causadas, urge redefinir as nossas condições e meios de sobrevivência.
A opção por voltar a semear, cultivar e colher da terra será um dos melhores meios de mitigação dos impactos muito negativos que aí vêm.
Afinal, as necessidades básicas e prioritárias de sobrevivência reconduzem-se à satisfação de 4 requisitos essenciais: saúde, alimentação, família e segurança.
O custo dos alimentos, em face sua previsível carestia e escassez, poderá tornar-se impossível de pagar para a maioria das pessoas.
Passaremos a viver com menos bens materiais, de maneira mais prosaica, a saúde, em particular, e a sobrevivência, em geral, tornaram-se os bens mais preciosos.
As pretensas medidas financeiras anunciadas pelo Governo para apoiar a economia, as empresas e os trabalhadores, mais não são do que promessas de migalhas e a deitar pelo ralo do país.
Estes governantes esquerdistas continuam a insistir no Estado ineficiente, despesista e improdutivo.
O país necessita de mudar de paradigma, urge uma profunda e extensa liberalização da economia, atraindo mais capitais e financiamentos estrangeiros, criando-se generosos estímulos e isenções fiscais, de médio e longo prazo, para novos investimentos no aparelho produtivo e exportador nacional.
Por banda do Estado, necessitamos dum plano “Marshall”, de salvação e recuperação económica nacional, para além do seu emagrecimento e desparasitação.
Defendo, no imediato, a venda de metade das reservas de ouro do Banco de Portugal (total de 382,5 toneladas), resultando em 10 mil milhões de euros, servindo para financiar a economia, utilizando-se para subsídios a 50% a fundo perdido nos novos investimentos produtivos na agricultura e na indústria nacionais.
Teríamos uma rápida injeção financeira de mais de 20 mil milhões de euros na nossa economia, conduzindo a um necessário incremento na atividade produtiva.
Mas, a despesa burocrática e política do Estado terá ser reduzida a 1/3, ou 1/4, não se dando mais qualquer dinheiro aos Bancos, que já comeram demasiado, e o turismo, percebemos agora bem, é uma atividade de pés de barro.
(twitter: @passossergio)
(artigo do autor, publicado na edição de 31 de Março de 2020 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)