Uma copa.
É um rio profundo e escarpado desnudando-se
Tem as formas e um sulco marcado
São montes que o abraçam e cobiçam
Corre neles a água de um desejo
O seu convite e o seu banho proibidos e permitidos
Fomos crianças e ainda somos nestas sombras
São verdejantes campos de imaginação
Vão na vida como sementeiras de amor
Um rio assim nasce e certamente desagua por afectos.
Aos teus pés balanceavam castanhos e verdes
Olhavas de baixo e estavas acima
Chegar-se ao teu perto prostra-nos a teus pés
Um convite faz-se de humildade
E faz quem de tal modo sua grandiosidade.
Um sorriso faz flores assim te pondo tu
São mil encantos sobressaindo das folhagens
São flores mais desfolhando-se em ti
Tuas formas e natureza revelando à imaginação viagens.