Vem aí o décimo quarto aumento dos impostos sobre os combustíveis desde que em 2004 estes foram alvo de liberalização.
Os sucessivos aumentos dos impostos sobre os combustíveis e as suas conhecidas perversas e destrutivas consequências na atividade económica nacional, são bem a prova da irracionalidade das políticas sociais e económicas levadas a cabo nos últimos 12 anos pelos sucessivos Governos de Portugal.
O modelo económico-estatista português, socialmente parasitário, economicamente despesista e estruturalmente deficitário, provou há muito a mais completa falência dos partidos políticos do regime com as suas anacrónicas, repetitivas e estúpidas ideias e planos.
Também nunca houveram neles verdadeiras ideologias, são conhecidos sim interesses individuais ou de grupo e lógicas, mais ou menos ilegítimas, de poder e controle.
E quanto mais totalitárias e engenhosas as suas engenharias políticas se nos apresentaram, mais obscuros e sinistros se mostraram os interesses e os interesseiros que nelas se escondiam.
E, como sabemos, as ideologias são apenas, nos curto ou médio tempo e espaço de verificação, fraudes político-sociais, meios enganosos e de intoxicação dos povos.
Mas, temos de compreender as acrescidas dificuldades postas aos portugueses, não é mesmo nada fácil optar entre um projeto esforçado, demorado, de gerações, de mudança para um país exigente, qualitativo e desenvolvido, ou um outro imediatista e temperado com a próxima dose de ração diária de sobrevivência.
A lógica da plena estatização da vida social, económica e política de um país, combinada com a presença tentacular da partidocracia tem virtualidades diabólicas insuperáveis e imbatíveis, especialmente quando nos encontramos perante uma população largamente desinformada, embrutecida e alienada.
O Estado Social servido em Portugal nos últimos 40 anos descambou em permanente estado de parasitismo económico-social.
Mas, a continuarmos nesta senda desastrosa, dentro de pouco tempo, para a sobrevivência dos portugueses, não restará outra alternativa que não seja viverem na marginalidade e da delinquência.
Ora, para arrepiar do estado de empobrecimento nacional temos de atrair o investimento externo e privado, incrementar novas empresas, tecnologias e mais-valias, aumentar o emprego privado, dinamizarmos o mercado interno, tornarmo-nos autossuficientes agrícola e financeiramente, e, decisivamente, cortar radicalmente a despesa e o défice do Estado, cessar o endividamento, combater a corrupção e o desperdício públicos.
Afinal, entre o passado e o futuro, qual é mesmo a dúvida?
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Fevereiro de 2016 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)