A honestidade não tem preço, mas o atual Estado Português tem, teve e continuará tendo, os meios e as posses para comprar consciências.
Não admira que Portugal, por via do Estado, tenha chegado a uma tamanho desastre – catastrófica dívida pública, elevados índices de corrupção, despesismo, ineficiência e parasitismo públicos, etc., etc. - e, mesmo assim, este regime político subsista e, com os votos dos portugueses, continue se replicando passados mais de 40 anos.
O Estado Português, para a salvação de Portugal, só poderá voltar a ter dignidade quando uma outra diferente consciência paute a conduta dos agentes públicos.
Os 41 anos de sucessivos Governos do arco da corrupção, contando com o colaboracionismo da esquerda do “contra”, conduziram Portugal a um sistema de saque fiscal sob o qual vamos progressivamente definhando.
E, de modo a manterem este estado de coisas, recentemente a Assembleia da República aprovou a nova lei da cobertura informativa das campanhas eleitorais - Lei n.º 72-A/2015 de 23 de julho - para que as alternativas democráticas sejam caladas e censuradas.
Na calada da noite, com uma velocidade desconhecida em Portugal, os partidos do Governo, PSD e CDS, e os Socialistas chegaram a um acordo para aprovar uma lei que restabelece a censura prévia dos meios de comunicação na próxima campanha eleitoral.
Voltamos assim ao tempo da "outra senhora", à lei da "rolha" e ao “lápis azul”, o fascismo voltou pela mão dos atuais partidos parlamentares.
Esta lei da rolha para os novos partidos, seus programas e líderes, é em si mesma inconstitucional, sendo certo que o é também por aparecer ao fim de décadas de democracia, precisamente num contexto de novas lideranças contestatárias dos partidos instalados, o que vicia a democracia e o próximo ato eleitoral.
Corajosamente, alguns pequenos partidos denunciaram a censura informativa imposta nas próximas eleições legislativas, internacionalmente correm notícias de que Portugal vive já sob a censura prévia!
O mau caso dos portugueses é a sua fraca consciência social e política que, por abstenção e ou indiferença, vão apascentando a mordaça da democracia e da liberdade.
A Constituição da Republica Portuguesa servem o ópio do povo, a censura e a opressão que se abatem sobre os portugueses provam o atual quadro político totalitário.
A resposta popular de indignação pode dar-se já nas próximas eleições legislativas, basta que os portugueses votem massivamente pela mudança!
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Setembro de 2015 do mensário regional jornal "Horizonte", de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)
Segundo a Recomendação de 13-05-2015 do Conselho Europeu, relativa ao Programa Nacional de Reformas para Portugal, a prevenção da corrupção é prejudicada por uma aplicação ineficaz do quadro jurídico em vigor, havendo necessidade da implementação de um novo quadro legal com o agravamento das respetivas sanções criminais e civis.
Passados 23 anos depois da extinção da Alta Autoridade Contra a Corrupção, os sucessivos Governos – de PS, PSD e CDS/PP, que já somaram 7, e 5 legislaturas da Assembleia da República – de PS, PSD, CDS/PP, PCP e BE -, ainda não foi aprovada uma efetiva legislação capaz de combater a corrupção e o enriquecimento ilícito dos governantes e titulares de cargos públicos.
Os 3 grandes partidos políticos, PSD, PS e CDS/PP, contando com a anuência do BE e do PCP, não quiseram combater o fenómeno geral da corrupção, dela beneficiando durante décadas até aos dias de hoje, e todos eles enriquecendo ilícita e ilegitimamente os seus milhares de governantes, autarcas, boys, girls, jotas e amigos.
O Estado Português é hoje considerado pelas instituições internacionais, como a Transparency International, como sendo um dos mais corruptos do mundo, estando no terceiro lugar da união europeia depois da República Checa e da Lituânia e o quinto mais corrupto do mundo!
A corrupção em Portugal é hoje tão feitas às claras que já não espanta que uma Câmara Municipal contrate por amiguismo, em clara violação do código da contratação pública, o gabinete de advogados do vice-presidente distrital do seu partido político.
Ou, um ministro do Governo, também sem concurso público, possui o seu escritório de advogados a fazer o contencioso de um novo banco, o qual é suportado pelo aval do dinheiro dos contribuintes.
A Parceria Público Privada da Ponte Vasco da Gama, já pagou 3 pontes iguais, mas nenhum Governo se atreveu até hoje a pôr fim ao roubo do dinheiro dos contribuintes, nem sequer escutámos nenhum outro partido na Assembleia da República a fazer esta denúncia..
É inegável que a austeridade é uma enorme mentira para legitimar a roubalheira de Estado levada a cabo pelos partidos políticos instalados em Portugal há mais de 30 anos.
Mas, o fim da destruição nacional, com a abrupta mudança de Portugal, pode dar-se por um meio rápido, pacífico e ordeiro: basta o voto massivo nas próximas eleições legislativas no partido político que se apresente com a clara opção em pôr fim ao regime estatal da corrupção.
O voto massivo contra os partidos políticos da corrupção mudará Portugal!
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Julho de 2015 do mensário regional jornal "Horizonte", de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)
Entrementes, em 2014, a Justiça assumiu foros de protagonismo, José Sócrates foi preso, o BES faliu, os Espíritos Santo já foram “donos disto tudo”, Armando Vara ficou chocado (nós também!) e os robalos já tiveram melhor fama.
Os portugueses sabem hoje, melhor do que nunca, os seus políticos e governantes nacionais não são de fiar.
Até Luís Filipe Menezes invocou o seu lugar de Conselheiro de Estado (lembram-se de Dias Loureiro?) para esconder o seu mais que suspeito vultuoso património imobiliário!
Lá diz o povo “quem cabritos vende e cabras não tem de algum lugar lhe vem”!
A principal empresa envolvida na venda dos 2 submarinos ao Estado Português pagou 27 milhões de euros de “luvas”, 5 milhões dos quais tiveram como beneficiários os familiares Espírito Santo, incluindo Ricardo Salgado, o Ministério Público arquivou o processo de inquérito e Paulo Portas pode assim, finalmente, respirar de alívio.
Mas, todos nós sabemos hoje que, na sequência daquele manhoso e obscuro negócio, o CDS recebeu subitamente um donativo, ainda sem explicação, de mais de 1 milhão de euros.
A imoralidade governativa continua a tecer as malhas da corrupção nacional e os contribuintes é que pagam!
40 anos depois, o Estado Social conseguiu fazer mais pobres do que havia em 1974, são hoje 1 em cada 4 os portugueses diariamente passando fome.
Em contrapartida, o Estado vai dar 2,6 mil milhões às empresas públicas não-financeiras para pagarem à banca em 2015 o seu passivo bancário mais urgente, representando as falidas empresas públicas de transportes mais de 20 mil milhões de euros de dívidas.
O défice das contas públicas vai terminar 2014 (uma vez mais!) negativo, em 4,7%, e a dívida pública portuguesa subiu já a 216 mil milhões de euros!
A troika foi embora, mas Portugal teima em continuar a gastar “à tripa forra” à custa de mais dívidas e empréstimos.
O regime despesista português continua a fabricar pobres, greves, dívidas e impostos, a austeridade apenas pune quem trabalha e mais sofre.
E em 2015, “vira o disco e toca o mesmo”?
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Janeiro de 2015 do mensário regional Horizonte, de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)
Definitivamente a austeridade é coisa para a raia-miúda!
Enquanto os portugueses se debatem com o apertar do cinto, o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, por seu lado, anunciou, esta quinta-feira, a criação de mil novos espaços do cidadão online.
Ainda há poucos dias este mesmo ministro, o espertalhão socialista do Governo de Passos Coelho, havia anunciado o retorno das transmissões do futebol profissional da I Liga Portuguesa à RTP, um coisita só para cima de 10 milhões anuais a custear pelos contribuintes portugueses.
Mas se pensarmos bem, a nova medida imaginativa de Poaiares Maduro com novas estas mini-lojinhas, nunca custará menos de umas quantas tantas dezenas de milhões de euros de despesa pública.
E ainda mais genial é a possibilidade destes novos antros de burocracia virem a disponibilizar publicamente a informação sigilosa de várias bases de dados protegidas dos portugueses, como as relativas à identificação civil, de saúde ou dos seus muitos contratos de consumo.
E, last but not least, esta nova despesa pública sempre terá a vantagem de criar mais umas quantas dezenas de milhares empregos públicos para os milhentos de boys e girls desempregados do PSD, do CDS , quando for a sua vez, os do PS e dos seus apaniguados.
No final das contas, esta nova despesa é só mais uma despesita para mais uns quantos milhões de euros de nova e inútil despesa pública.
Afinal, este Poiares Maduro é apenas um mãos-largas!
E os idiotas não são mesmo os portugueses que estrebucham nas dificuldades da austeridade?
O PSD e CDS vieram agora a público, pasme-se, por via da elaboração do Orçamento de Estado para 2012, declarar que querem aumentar contribuição extraordinária que incide sobre pensões milionárias da função pública que se encontrem acima de 5030 euros, passando estas a ser taxadas em 25% na parte que exceda aquele montante.
E ao mesmo tempo, para as pensões que excedam 18 vezes o Indexante de apoios Sociais, cerca de 7545 euros, propõem que a contribuição extraordinária será de 50% sobre a parte que exceda aquele montante.
Os restantes partidos políticos com assento na Assembleia da República, essa casa da vergonha ou da falta dela, calam-se, anuindo ao "laissez faire, laissez aller, laissez passer" que também tanto convém às suas clientelas.
Lido e ouvido isto assaltam-me logo à ideia os mais 3 milhões de pobres em Portugal, as suas mais de 700 mil crianças em situação de fome, subnutrição e privações várias, os crescentes milhares de sem-abrigo, os quase 1 milhão de desempregados, os mais de 1 milhão de idosos com crescentes e graves dificuldade de saúde e morrendo por falta de capacidade para o pagamento dos seus medicamentos vitais de saúde, as dezenas de milhares de famílias em aflição financeira, etc., etc.
No meu íntimo fica-me uma pergunta repetida a pesar: descontos ou taxas sobre as pensões douradas, mas a que títulos?
Mas digam-me lá outra vez, porque eu ainda não conseguir mesmo perceber!
Ou seja, o que eu pergunto é como num Estado falido, parasitário, endividado e deficitário, ainda há quem receba essas escandalosas pensões de luxo, pagas a peso de ouro?
Tem de haver maneira de perguntar aos portugueses se não há quem se insurja contra este abuso dos políticos e em seu favor, ou estaremos perante um completo absurdo?
E não vejo nada nem ninguém a erguer-se contra isto, nem a protestar, nem tão-pouco a indignar-se.
Verifico o silêncio cúmplice dos portugueses perante afronta.
Perante isto tido fico cada vez mais espantado.
Vivemos num país de faz de conta, em que os luxos de uns são pagos com a miséria absoluta de muitos.
Ora, perante a passividade popular generalizada a que assisto, numa coisa eu estou completamente seguro: um povo que suporta este gozo descarado e os abusos deste tamanho escancarado e escandaloso dos seus governantes é decerto um povo ignóbil e reles.
Com o coração a sangrar digo e sinto: tenho vergonha de ser português!