Ser Liberal, no meu modesto ponto de vista, não significa ser mais liberal que um selvagem, ou até mais gay que os gays, como será a medida que aqui tomo para avaliar a equiparação dos casamentos heterossexuais ao dos homessexuais.
O que é diferente tem necessariamente que ser tratado de maneira diferente, e só assim é que a liberdade pode sempre ser um direito universal e intemporal da Humanidade e da Civilização.
Da mesma maneira que me assiste livremente o direito e a liberdade de não me querer confundir com o que não me quero identificar, seja de não querer passar por gay, ou por socialista, ou por criminoso, ou criança, ou por santo ou por muçulmano, etc, etc.
Ora, portanto, na matéria dos costumes e das convicções a liberdade igualitária tem e deve sempre que respeitar as matrizes culturais e civilizacionais mais perenes e constantes que informam a cultura ocidental e europeia, ou seja, as matrizes greco-judaico-cristâ.
Decerto que sem esquecer as matrizes do iluminismo, do positivismo e da democracia universal.
Mas, todas elas têm que estar presentes e se respeitarem num todo coerente e sem exclusão.
E o casamento, portanto, necessariamente não se fez, e é coisa e assunto provado historica e ancestralmente, para os homossexuais.
Para esses, naturalmente até com respeito pela sua liberdade de opção, pode e deve criar-se um contrato diferente: seja união cívica, seja o que for.
Casamento é que não.
Eu digo não e em nome da minha liberdade.
Obrigado.