A austeridade só serve mesmo para financiar a corrupção partidária!
O Governo, segundo o Orçamento Geral de Estado para 2014, tem previsto o aumento de mais de 8% a despesas com os Gabinetes dos Ministros.
Por sua vez, as Câmaras Municipais de Condeixa-a-Nova (PS) e Estarreja (PSD) na sequência destas últimas eleições autárquicas aumentaram o número de vereados a tempo inteiro para além do limite da lei, em Condeixa já vão em 3 quando a lei permitia 1 e no caso de Estarreja de 2 para 3, assim agravando as despesas, cada uma delas, em mais de 80.000 euros anuais por cada vereador.
Mas surreal mesmo foi a aliança partidária na Amadora entre a CDU e o PSD para o Governo daquela Autarquia!
E mais exemplos destes pululam pelo país e são cada vez mais descarados e escandalosos
Na verdade, os partidos políticos portugueses são hoje empresas de rapina fiscal e parasitárias do erário público e dos contribuintes, montadas no poder político do Estado e nas Autarquias e que visam tão-somente o enriquecimento dos seus membros e das máfias a que vivem associados.
Quem é que põe travão a este aumento do despesismo com boys e girls?
Já começou a grande dança de lugares e tachos nas Câmaras Municipais.
Pelo menos em 188 Municípios as mudanças das personagens pardas dos novos presidentes levam atrás de si milhares de novos boys e girls.
As lutas pelos novos lugares nos executivos, empresas e quadros municipais levantam já divisões e ódios entre os novos eleitos, sem contar com os ressabiamentos das escolhas dos candidatos a estas eleições, os concelhos e os seus paços estão ao rubro e os telefonemas com as cunhas não param por estes dias. Os ajustes de contas e as vinganças ficam para depois!
E daqui a 4 anos há mais folclore.
No ano de 2009 o salário anual de Zeinal Bava foi de 1.1 milhões de euros e teve como prémio de gestão 700 mil euros, recebendo ao todo 1,8 milhões de euros.
Para alcançar o salário de Zeinal Bava, por exemplo, tomando em conta o salário médio da PT, seria preciso que um funcionário da PT trabalhasse 98,8 anos.
António Mexia na EDP recebeu 3,1 milhões de euros entre ordenados e prémios, o CEO mais bem remunerado das empresas portuguesas.
O valor é a soma dos 700 mil euros de salários fixos e 600 mil em remuneração variável (em função dos objectivos atingidos), acrescentados de um prémio plurianual de mandato (entre 2006 e 2009) de 1,8 milhões de euros.
É só somar.
Para um trabalhador da EDP alcançar aquela remuneração toda é só fazer a conta: 250 anos de trabalho bastariam?
Não esquecemos que os portugueses pagam a energia eléctrica mais cara da Europa, cerca de 31,6% mais cara.
É fácil perceber os lucros da EDP em 2009 que ascenderam a 1.024 milhões de Euros, e assim já podemos explicar melhor para que serve a conta escandalosa de electricidade que pagamos todos os meses
A propósito da conta de electricidade mais cara que todos pagamos, dito para financiarmos a implantação de energias renováveis, referimos aqui a CEO da EDP Renováveis, Ana Fernandes: 384 mil euros anuais mais 720 mil de prémios.
Já o presidente executivo da Galp recebeu de vencimento 504 mil euros e 1 milhão de prémios.
Não esquecemos, só por exemplo, que os combustíveis em Portugal são 30% mais caros do que na vizinha Espanha.
Não nos esquecemos que são todas empresas onde o Estado Português detém “golden shares” e tem direito a nomear um director executivo.
Já nos EUA, o país paraíso do capitalismo, temos como exemplos, eu digo bons, só para citar alguns salários de CEO´S de algumas grandes empresas, acrescente-se todas vultuosas multi-nacionais: Lloyd Blankfein, do Goldman Sachs de salário 600 mil dólares e de bónus de 262,6 mil dólares; Vikram S. Pandit, do Citigroup de salários 125 mil dólares e de Bónus 3,75 mil dólares, James Dimon, do JPMorgan Chase de Salário1 milhão de dólares e de bónus 265,7 mil dólares; Richard H. Anderson, Delta Airline de Salário: 600 mil dólares e de bónus 1,2 milhões dólares; Kenneth D. Lewis, Bank of América de salário zero dólares e de bónus 32,2 mil dólares.
Na verdade muitos portugueses têm um futuro de fome pela frente a continuar-se a suportar estes “ricos boys and girls” dos gestores portugueses!
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