Primeiro foram as reservas de ouro do Banco de Portugal que em 25 de Abril de 1974 somavam 865 toneladas, sobram hoje pouco mais de 380 toneladas.
Em 1990, Cavaco Silva 1º Ministro, mandou 17 toneladas de ouro do Banco de Portugal para o Banco DREXEL BURNHAM LAMBERT, em Nova Iorque, que foi à falência uma semana depois do ouro ter chegado à América!
Desse ouro só se sabe do seu silêncio oficial!
Depois foi o endividamento público de Portugal que, em meros 40 anos, passou de 10 mil milhões de euros, equivalendo a cerca de 14% do Produto Interno Bruto (PIB), em 1974, à gigantesca dívida pública atual que ascende a 229 mil milhões de euros, ou seja, 128,7% do PIB nacional.
A seguir foram os Bancos.
Primeiro foi o BPN, de onde foram sacados impunemente, até hoje e sem culpas determinadas, 5.2 mil milhões euros aos contribuintes portugueses, naquela que foi a maior associação criminosa político-governamental, com ligações às mais altas instâncias do Estado, a que Portugal assistiu nos seus mais de 900 anos de História.
Depois foi o BPP, um pequeno Banco privado, no final de 2008 os seus depositantes ficaram a "arder" em 450 milhões de euros.
A CMVM apurou que no último ano de vida do BPP a sua administração fez dissipar "só" 100 milhões em vários offshore, e até os dias de hoje não houveram mais quaisquer consequências criminais.
A seguir veio o BES, com 4.9 mil milhões de euros suportados pelos contribuintes para financiar em seu lugar um já falido Novo Banco, devendo em breve somarem-se mais 856 milhões para o buraco do "papel comercial"
Já a Caixa Geral de Depósitos, o dito Banco de todos nós, servindo especialmente para apascentar políticos do CDS, PS e PSD e suportar tudo o que foram prejuízos e desfalques públicos e políticos nacionais, nos últimos 15 anos, terá consumido aos contribuintes, em sucessivas injeções de capital, via Orçamento Geral de Estado, a “bela” maquia de 6.650 mil milhões de euros.
Ainda os contribuintes portugueses não tinham engolido completamente tantos e gordos elefantes, ficamos agora a saber da amarga cereja milionário do minúsculo Banif, a coutada privada repartida dos PSD-Madeira e PS-Açores, orçada em 4 (quatro) mil milhões de euros.
Mas, o ror de saques político-financeiros nacionais ainda terminou, os seus autores e cúmplices continuam sendo ou deputados ou ministros da nação, ou para lá irão, tudo com o voto de muitos eleitores portugueses.
Não há limites para a indecência em Portugal!
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Janeiro de 2016 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)
Em Portugal, à Banca é permitido fazer tudo aos seus balcões, como sejam receber depósitos, fazer créditos, vender os mais variados serviços financeiros, fazer a mediação de seguro e de imóveis, outorgar atos notariais, como escrituras, vender toda a quinquilharia possível e imaginária, etc., etc.
E, como se não lhes bastassem as vantagens da usura e do rédito livres, aplicam sem qualquer controlo as comissões que muito bem entendem sobre os depósitos dos clientes...!
Não admira que, em particular, os mais diversos profissionais, desde advogados, os solicitadores, os agentes imobiliários e de seguros, entre muitos outros, fiquem desocupados e sem serviço para ganharem o seu sustento e o das suas famílias, e, em geral, os portugueses estejam cada vez mais pobres e sem as condições mínimas de sobrevivência.
À custa deste quadro de monopólio legal, os bancos e os banqueiros enriqueceram desmesurada e escandalosamente e, como se não bastasse, foram permitidos levar a economia nacional à bancarrota.
Ficaram (para as próximas décadas…) os contribuintes a pagar esses abusos e roubos escandalosos!
A atuação da banca para além de configurar concorrência desleal e abusiva, beneficia de inúmeros benefícios e privilégios legais e comerciais, para além de gozar de inúmeras facilidades e privilégios fiscais!
Ora, a Banca portuguesa usa e abusa duma especial posição de mercado, para tanto contando com o apoio ilegítimo do Estado e o conluio criminoso das elites político-partidárias!
A banca portuguesa tem hoje a faca e o queijo na mão.
O Banco de Portugal e o poder político são cúmplices nesta desmesurada exploração.
Mas, isto não é mais tolerável.
É preciso, urgentemente, pôr um freio nos dentes destes modernos vampiros, quais senhores feudais, que conduzem às mais vis formas de miséria e empobrecimento generalizado, em suma, à destruição humana, social e económica de Portugal e dos portugueses!
Basta!
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Agosto do mensário regional jornal "Horizonte", de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)
As pessoas que procuram casa para arrendar vêm-se confrontadas com a falta de habitação para arrendamento, ou propostas muito caras, porque a esmagadora maioria dos imóveis propostos, especialmente por parte dos bancos, estão para venda, continuando vazias e desocupadas.
Ao invés os senhorios e pequenos ivestudores são punidos com altos impostos em IRS e IMI.
Os Bancos e os fundos imobiliários estão isentos de IMI e do IRC sobre os imóveis vazios e devolutos, portanto o imobilizado, que detêm na sua posse.
Na base disto está um sistema fiscal português que priveligia a propriedade imobiliária especulativa dos grandes grupos financeiros.
E servindo este imobiliário para sustentar os balanços e ativos artificiais dos Bancos, ou, pioir ainda, para aumentar o rédito bancário no crédito à compra de habitação.
Enquanto isto, e mais uma vez, as pessoas e as famílias mais pobres são sacrificadas e sobre-exploradas.
Como é que se pode perceber e aceitar que existam centenas de milhares de habitações novas, desocupadas e devolutas, enquantos tantos muitos milhares de portugueses e suas famílias sejam obrigados a comprar casas caras e de má qualidade, ou vivam em más condições de alojamento, na rua ou acantonadas em casas superlotadas?
Hipocritamente, o Estado para disfarçar mentirosamente que apoia o arrendamento, protege as rendas antigas e desvalorizadas, o que mais não é do que o incentivo à manutenção da pobreza, da desvalorização dos imóveis e degradação dos imóveis mais antigos, dados há muito, décadas, ao arrendamento.
Que país da treta!
Temos um sistema fiscal que aumenta a desigualdade social e económica, agrava a miséria humana, aumenta a riqueza especulativa e o número de pobres, e, neste caso, mantém imóveis abandonados e pelos quais pagamos uma dívida astronómica ao estrangeiro.
Afinal, são as pessoas continuando joguetes nas mãos dos Bancos e do Estado!
Segundo informação divulgada pela Autoridade Bancária Europeia seis banqueiros portugueses receberam pelo menos um milhão de euros de remuneração em 2012. Eu, para já fico só com uma pergunta no ar: quantos deles é que fizeram o seu milhão à custa do dinheiro dos contribuintes e do dinheiro injetado pelo Estado? É que eu contribuinte, "já estou sentindo (uma vez mais) que estão mexendo no meu bolso!"