Segundo as notícias da imprensa, Ricardo Espírito Santo, no últimos dias do seu reinado à frente do BES, fez desaparecer do seu Banco a bela quantia de 1,5 mil milhões de euros, ou seja, quase 1% do PIB português.
Para que se perceba a grandeza deste "roubo" praticado, representa qualquer coisa como toda a riqueza, ou produto do trabalho, produzida por 100 mil portugueses num ano, ou, a riqueza produzida em 3,5 dias por todos os 10,5 milhões de portugueses.
O Código Penal, a provar-se o delito e caso alguma vez viesse a ser condenado, coisa muito improvável face à natureza poderosa, influente e muito rica desta personagem da banca e da política portuguesas, prevê uma moldura de pena de prisão, ou a título do Crime Furto ou a título de Crime de Abuso de Confiança, de um mínimo de 1 ano a um máximo de 8 anos de prisão.
Ainda, contando com a aplicação de uma liberdade de provisória ao fim de cumpridos 2/3 da pena, teríamos que, no máximo, ao fim de de pouco mais de 5 anos e meio o autor deste pornográfico roubo estaria em liberdade e pronto para ir gozar o ultra-milionário produto dos seus crimes.
O conhecido banqueiro norte-americano Madoff por ter praticado um um delito bancário semelhante, enganando os depositantes e investidores, em meros 0,0004% do PIB dos EUA, foi punido pelos tribunais norte-americanos com uma pena de prisão perpétua.
Afinal, onde é que está o verdadeiro sentido de equidade da lei, do direito e da justiça portuguesas?
Fontes:
http://www.asjp.pt/2014/08/04/kpmg-avisou-banco-de-portugal-sobre-novo-buraco-no-bes/