Segundo a revelação do contabilista do BES ao jornal "Expresso", Ricardo Espírito Santo mentiu sucessivamente aos acionistas e depositantes durante anos a fio, falseou as contas do BES em cerca de 5 mil milhões de euros!!!
Ainda segundo a mesma notícia, com todo o dislate do mundo Ricardo Espírito Santo desrespeitou as instituições de supervisão como a Bolsa de Valores e o Banco de Portugal.
Perante isto tudo, nós temos de perguntar: esses atos de tamanha gravidade não vão ter nenhumas consequências criminais?
É que se isto se passasse num país em que a Lei e o Estado de Direito se fizessem minimamente cumprir e respeitar, estes banqueiros aldrabões, que usam e abusam da confiança pública e do dinheiro dos seus depositantes, pondo em causa todo o setor financeiro e por arrastamento a respetiva economia economia nacional, iam logo, como vimos recentemente nos Estado Unidos da América com o Madoff e outros, para o xelindró para o resto das suas vidas!
Ou, pelos vistos, como já sabemos que em Portugal reina o crime, desde a Presidência da República, passando pela Assembleia da República entregue a seitas criminosas e mafias diversas, e um Governo da República entregue a agiotagem e bandidagem, parece que todo o alto crime de colarinho branco tem boa e garantida proteção na Justiça! Triste país este de Portugal em que o crime faz lei e os maiores bandidos nacionais recebem comendas e medalhas por ocasião do festival nacional do 10 de Junho!
Porreiro páh!
http://expresso.sapo.pt/contabilista-revela-como-as-contas-do-ges-eram-manipuladas=f875448
Porque é que em Portugal não não se faz rapidamente um Banco do Fomento e, até mesmo com as ajudas prometidas pela Alemanha para o efeito, Passos Coelho não avança com a ideia?
A ideia de criação de um Banco de Fomento, realmente útil ao crescimento económico português, seria este "novo" Banco servir para emprestar o dinheiro proveniente dos fundos comunitários, mas não dar, como se possa pensar e foi tradicional até aqui, a fundo perdido, portanto, bem ao contrário do que tem sido a tradição e o desbaratamento desses fundos.
É, portanto, fazer entrar esse dinheiro nas empresas, potenciar realmente o investimento, permitir fazer crescer os seus negócios e depois esse dinheiro ser devolvido.
Este tipo de Banco ainda hoje existe na Alemanha, com os dinheiros emprestados há mais de 50 anos ao abrigo do Plano Marshall, o Banco KFW, e com o que Angela Merkel se prontificou para nos ajudar na recente visita que fez a Portugal.
Ora, quando a Chanceler Alemã Angela veio a Portugal e falou na necessidade da criação desse Banco, os banqueiros portugueses ao início mostraram-se ao muito interessados, mas quando lhes disseram que não se trataria de mais dinheiro emprestado e a fundo perdido, antes seria dinheiro proveniente dos fundos comunitários para servir como empréstimo e com a obrigação da sua devolução, logo trataram de dizer se tratar de mais uma intolerável intromissão do Estado na economia...
Não se pode nunca deixar de pensar que o escasso crédito bancário atualmente concedido às empresas produtivas e exportadoras ronda montantes de 16% de taxa de juros e a média dos créditos do fomento da economia ronda os 3 ou 4%...
Só que esse Banco faria perder poder às estruturas dos Ministérios e aos seus caciques políticos, que não querem de modo nenhum perder esse poder político.
Por outro lado, os responsáveis do setor financeiro, que vivem hoje com o dinheiro dos contribuintes também não estão interessados na criação desse Banco, porque isso vai-lhes retirar dinheiro das mãos com que contam para continuarem a usar na economia especulativa imobiliária, no casino financeiro mundial das dívidas soberanas ou com o tráfico ou lavagem de dinheiro ilícito dos corruptos, da agiotagem política, do tráfico de armas ou de drogas.
O Banco de Fomento Português, apesar do seu importante apoio ao desenvolvimento económico nacional, definitivamente, não interessa aos partidos políticos e governantes portugueses, ciosos do seu poder eleitoral, sobre a sociedade e a economia nacional e, definitivamente, não interessa mesmo nada aos Bancos Portugueses.