Ou, como perceber a diferença entre um país socialista e um país capitalista.
Segundo os critérios europeus oficialmente aceites, em termos genéricos, um indivíduo é considerado pobre se viver numa família cujo rendimento por adulto equivalente seja inferior a 60% do valor mediano por adulto equivalente ao calculado para toda a população.
Segundo dados de 2014, em Portugal o rendimento monetário disponível médio por adulto equivalente era de € 10.390 euros anuais e, segundo o critério de definição da pobreza, a linha mínima de exclusão da pobreza em Portugal encontra-se a partir de um rendimento anual mínimo igual ou inferior a € 6.234,00, ou seja, um rendimento mensal mínimo líquido de € 519,00.
Já na Alemanha, também em 2014, o rendimento monetário anual médio disponível por adulto era de € 16.477,20, ou € 1.376,20 mensais.
Ora, segundo o mesmo critério europeu para a delimitação da linha de pobreza, na Alemanha o rendimento anual mínimo disponível que delimita a pobreza é de € 11.378,00 por pessoa, ou seja o equivalente ao rendimento mensal mínimo líquido abaixo ou igual de € 979,00.
Note-se, segundo este critério de determinação da pobreza, um português comum detentor de um rendimento médio anual de € 10.390,00 fica muito abaixo do índice de pobreza considerado para um alemão pobre com um rendimento anual de € 11.378,00.
Ou seja, um português de classe média é 10% mais pobre do que um pobre alemão.
Segundo projeções oficiais, nos final de 2014 existiriam em Portugal cerca de 3 milhões de pobres, numa população de 10,5 milhões de habitantes, cerca de 28% do total da população portuguesa, enquanto na Alemanha, numa população total de 81,5 milhões, os total dos pobres constitui 3,5% daquela população correspondendo a cerca de 3 milhões de alemães.
Já agora, segundo apontam estudos oficiais, o custo de vida média na Alemanha em Portugal são muito semelhantes.
Podemos assim, como escrevi acima, perceber a abissal diferença entre um país socialista como o português e um país capitalista como o alemão.
Já o poeta António Aleixo havia escrito:
"Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba."
Vem isto a propósito de mais um exemplo que nos chega da Alemanha.
Sabemos agora que o Estado alemão paga os gabinetes de trabalho dos Ministros mas não as casas particulares, que devem ser pagas por cada um deles.
Na Alemanha são 1 Chanceler, Ângela Merkel, e 15 ministros, sendo que cada um deles tem de pagar o seu próprio alojamento, os transportes para o trabalho, as faturas da água, da eletricidade, alimentação e andam nos seus próprios carros.
Já em Portugal, entre 1 Primeiro-ministro, mais 15 Ministros e 38 Secretários de Estado, o erário público tem de sustentar uma residência oficial para Passos Coelho, paga a este e aos demais ministros e secretários de estado despesas de representação, subsídios de alojamento, motoristas e veículos oficiais para cada um deles, entre muitas outras despesas.
Assim se constata como nalguns países, como é o caso da Alemanha, os seus governantes administram o erário público de modo a poupá-lo e jamais onerando despropositando os contribuintes, enquanto outros, como é o caso de Portugal, os seus governantes usam e abusam do erário público e, não tem outro nome, roubam e empobrecem os seus próprios povos e países.
Ou seja, enquanto uns Governos trabalham para fazer cresecer desenvolver e enriquecer os seus países, outros Governos tudo fazem para empobrecer os seus povos.
Neste infeliz último caso, temos o de Portugal!