Por acaso, alguém, em juízo perfeito, pensará que o que aconteceu com o Banco Espírito Santo aconteceu sem que a regulação oficial, nomeadamente, o Banco de Portugal (BdP) ou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM) não se tivessem apercebido do que aí se estava a passar há vários anos?
Alguém razoavelmente consegue aceitar que uma entidade bancária tão exaustivamente auditada, escrutinada, e controlada por tantas entidades públicas, tantos diretores, acionistas, revisores oficiais de contas, técnicos oficiais de contas, etc., etc., pudesse ter efeito o que fez, ocultando, falseando, falsificando, e mentindo, num tal tamanho e magnitude, praticado anos a fio, à vista de tanta gente, uma tão colossal e grosseira fraude sem que, nem sequer, ao menos alguma vez, uma pessoa ou um computador se tivesse apercebido que algo não batia certo???
Num país, como o nosso, em que tudo e mais alguma coisa é objeto da maior calhandrice e fofoca, um roubo desta magnitude, um colossal desvio de vários milhares de milhões de euros, era levado a efeito sem que alguém, nem sequer um técnico, do BdP ou da CMVM, se não tivessem apercebido, ou, ao menos, tivesse suspeitado da pornográfica máquina de casino montada dentro e fora do Grupo Espírito Santo para sugar os recurso do seu Banco???
É claro que o que aconteceu no Banco Espírito Santo só aconteceu, só pode, não é estatisticamente defensável defender o contrário, por elementar objetividade, com razoável lógica e por elementar respeito à natureza das coisas, que isto tépido sucedeu assim, durante tanto tempo e com tal dimensão, porque este regime político é intrinsecamente corrupto e o Estado Português se encontra ao serviço da clique e gentalha corrupta e corruptora que o domina e constitui!
O fito, a ideologia, a prática e a lógica dos sucessivos Governos de Portugal, bem como de todo o aparelho dirigente superior do Estado Português, de há muitos anos para cá, tem sido o de confundir, controlar e subjugar o povo português e punir, particularmente, por via do esbulho fiscal, agora por via do sistema financeiro e bancário, sobre-explorando os contribuintes portugueses.
Enquanto este enorme circo, montado e agilizado por muitos ladrões e, especialmente, pelo poder político partidário, em geral, continua roubando impunemente e todos os dias, fazem-no com a complacência e a cumplicidade das laxistas, incompetentes e corruptas entidades de regulação e fiscalização nacionais.
Até enjoa tanta corrupção, enoja!