45 anos volvidos do 25 de Abril e instaurada a democracia partidária, percebemos que tudo isto que temos presenciado, atingindo dolorosamente a nossa própria carne, sacrificando as nossas famílias e destruindo a sociedade, as empresas, as pessoas, os jovens e o meio ambiente, enfim o país, não faz qualquer sentido.
Os casos de corrupção, abusos públicos e muita pouca vergonha político-partidários, acontecem diariamente por todo o Portugal, conspurcando as instituições e empresas públicas, passando por autarquias e governos regionais, chegando aos órgãos de soberania.
O resultado deste magnicídio constata-se na situação pornográfica dos autores destes delitos, vivendo, gozando e desfrutando luxuosamente do produto financeiro dos seus saques e crimes, impunemente, sem responsabilidade, à descarada e sem castigo, do dinheiro furtado aos contribuintes, sabendo nós hoje que foram eles a causa principal para a destruição e ruína gerais do país, do povo e dos seus recursos nacionais.
Mais Estado, como bem se sabe e está sobejamente provado em Portugal, requer mais cargos nomeados e, por consequência, maior oportunidade de corrupção, abusos e delitos.
Mas, a cada novo Governo a pandilha sob de número, a despesa agrava-se, aumentam os encargos da nação, batendo à vez e sucessivamente o recorde dos gastos anteriores
O centralismo estatal português existente faz com que tudo seja feito numa rede perniciosa de meios financeiros, patrimoniais e jurídicos, de forma fácil de controlar pelos seus corruptos e criminosos autores e beneficiários, de modo mais obscuro e incontrolável, em ordem angariar proveitos ilícitos dos negócios públicos.
Ao longo de todos estes longos anos, os partidos do arco da governação e do Regime, PS, PSD, CDS, BE, PEV e PCP, foram exigindo mais e mais meios e fundos dos cidadãos para um saco a fundo perdido, de forma a beneficiar grupos económicos, políticos, sociais, corporativos e sindicais, para depois aí, esses mesmos ex-governantes, em contrapartida, virem a receber os respetivos ilícitos benefícios, em cargos, vencimentos e pagamentos por cima e por debaixo da mesa.
O Estado Português é hoje o maior inimigo da classe média, das liberdades económica, intelectual, social e familiar dos cidadãos e das empresas, e, em geral e em particular, dos cidadãos livres, criativos e criadores, empreendedores e inovadores.
(twitter: @passossergio)
(artigo do autor, publicado na edição de 31 de Novembro de 2019 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)