Os últimos dois meses, vividos na pandemia do Covid 19, veio-nos mostrar de volta a Portugal a pesporrência e o autoritarismo do frentismo de esquerda.
A restrição das liberdades e dos direitos dos portugueses, agilizada pelo Governo Socialista, serviu para tomar o Estado como sua propriedade privada.
Claro está, tudo com a anuência do Sempre-Candidato-Presidente-da República-Marcelo-Rebelo-de-Sousa, em troca da recompensa do respetivo apoio socialista nas próximas eleições presidenciais.
No dia 1 de maio quem quis ir à praia, passear, reunir-se com a família ou os seus amigos, rezar em Fátima, ou noutro local de culto, deparou-se com a força bruta das polícias, ameaçado de detenção e julgamento sumário em tribunal.
O abuso da força pública sustentou-se, ilegal e inconstitucional, num famigerado estado de calamidade, por meio desconhecidas e arbitrárias regras, agravada com a chantagem de um alegado crime geral de desobediência …a pretensas prescrições ou recomendações de proteção civil.
Com o pretexto do Dia do Trabalhador, quem tivesse um cartão, ou um convite, do PCP e CGTP, pôde viajar alegremente e à vontadinha, em grupo e ao magote, com os seus camaradas, para ir festejar no Parque Eduardo VII, em Lisboa, e noutros locais.
Segundo a Constituição da República Portuguesa o Governo, a Assembleia da República e o Presidente da República, “não podem, conjunta ou separadamente, suspender o exercício dos direitos, liberdades e garantias, salvo em caso de estado de sítio ou de estado de emergência”.
O que assistimos, por uma mera declaração de Estado de Calamidade, que serve unicamente para enquadrar atuações da Prevenção Civil, em matérias de acidentes, catástrofes e outros eventos anormais de âmbito local ou regional, foi o Governo e as Policiais tratarem portugueses, arbitrária e discriminadamente consoante as suas opções ideológicas e partidárias.
Por um lado, privilegiando a extrema-esquerda e o seu braço anarquista sindical, que puderam livremente colocar em causa a saúde pública, em concentração e aglomerado público, nos vários eventos do 1 de Maio, e colocando em liberdade irrestrita delinquentes e criminosos, violentos e por tendência, que cumpriam penas de prisão.
Por outro lado, coagindo todos pessoas pacíficas à sua habitação, confinando os idosos em lares e reclusão e detendo e coartando cidadãos livres na via pública, sob o pretexto da prática de pretensos, mas inexistentes, ilícitos penais de …proteção civil.
A implantação da república soviética portuguesa só foi impedida no limite, em 25 de Novembro de 1975, pelos militares patriotas e democratas, contudo observamos hoje os mesmos acirrados grupos e indivíduos antidemocratas que procuram mergulhar o país nas trevas seguindo o exemplo do regime sanguinário da Venezuela.
Perante esta subversão em curso do Estado de Direito Democrático, um povo fraco governado por manhosos e oportunistas, perante uma oposição partidária colaboracionista e uma comunicação social cúmplice, a esquerda tem hoje o país como seu feudo.
(twitter: @passossergio)
(artigo do autor, publicado na edição de 30 de Maio de 2020 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)