Desde 1976, pela Constituição da República, que se encontra implementado em Portugal um Estado fundado e alicerçado na desigualdade de direitos e deveres dos seus cidadãos.
A população ativa portuguesa atual é de pouco mais de 5.3 milhões, os trabalhadores do setor privado de 4.725 milhões, somando 675 mil funcionários públicos.
Temos, por um lado, os funcionários públicos, com o salário mínimo de € 635, salário médio-base € 1.450, 35 horas de trabalho, ADSE, emprego vitalício, garantias legais de reformas e pensões especiais, acrescidas e antecipadas, e demais privilégios.
E do outro, os trabalhadores do privado, com o salário mínimo de € 600, salário médio-base de € 970, 40 horas de trabalho, SNS, cuidados de saúde pagos do próprio bolso, emprego precário, sujeitos à lei do mercado e à liberdade contratual, previdência e segurança social residuais, reformas miseráveis e de aquisição individual.
O Estado, uma entidade de rapina e não lucrativa, financiado e suportado pelos impostos pagos pelos privados, dispensa ao seu corpo de funcionários, comparativamente ao empobrecido e depauperado setor privado, um tratamento luxuoso.
A ideologia marxista e comunista que lhe serve de base, tem por meio a sobre-exploração com impostos e custos duns poucos cidadãos produtivos e contribuintes, do setor privado, tratados como seres de segunda, fazendo-o coercivamente para o benefício e sustento dum crescente e luxuoso número de funcionários e agentes públicos, cidadãos de primeira.
O absurdo deste grande Estado ocioso, gordo e parasita, levou o país à falência e à ruína, continuando-o a destruir, chegou ao ponto de sozinho consumir mais do que tudo o que o país produz e angaria.
O mesmo Estado que a seguir, ilegalmente e contra própria Constituição, proíbe as legítimas greves dos enfermeiros.
A desigualdade e o crime, o confronto, a destruição humana, familiar e social nacionais, postos em politicamente prática, têm apenas como fito último manter e sustentar antidemocraticamente na pirâmide do Estado uma permanente oligarquia corrupta e delinquente, com ramificações aos interesses estrangeiros, partidos políticos, sindicatos, órgãos de soberania e chefias das instituições públicas.
Este regime político e estatal iníquo e proto-comunista, é agido por conta e com a cumplicidade das mesmas 30 famílias super-ricas de há 200 anos, que, a seu melhor benefício, possuem e dominam Portugal.
(twitter: @passossergio)
(artigo do autor, publicado na edição de 1 de Março de 2019 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)