Marcelo Rebelo de Sousa está para António Costa, como Américo Thomaz estava para António Salazar, o ditador.
Marcelo entretém o povinho e protege o regime marxista e partidarista com selfies, Thomaz acobertava o regime fascista e corporativista no seu papel de corta fitas, padrinho de batizados e casamentos.
Segundo diz quem conheceu o petiz Marcelo, filho dum convicto salazarista, dizia aspirar vir a ser Presidente, e inspirou-se bem no corta fitas de Salazar, limitando-se a adotar a modernidade das selfies.
O regime semipresidencial português está morto, vigora de novo o poder do omnipresente e todo-poderoso Presidente do Conselho.
Marcelo Rebelo de Sousa trouxe consigo uma rotura definitiva na terceira República Portuguesa, em lugar do equilíbrio geral da partidocracia irrompe a extinção da separação de poderes e a sua concentração numa só pessoa.
O esvaziamento das funções do Presidente da República em favor do Primeiro-Ministro, o Secretário-Geral do Partido Socialista e líder da extrema-esquerda portuguesa, consagra o presidencialismo do novo-dono-disto-tudo.
O poder absoluto do Presidente do Conselho, chefe da União Nacional da Geringonça e de Estado, para o qual a submissão dos Tribunais e do Ministério Público passou a ser a maior ambição, a servir pelos acólitos da partidocracia instalada na Assembleia da República, para o que até o maior Partido da Oposição, de nome ainda PSD (D é apenas uma aparência), passou a ser chefiado por um homem-de-mão do Dr. António.
A comunicação social, sem leitores, ouvintes ou espectadores, rendeu-se à oferta de dinheiro dos contribuintes feita pelo Presidente corta-fitas, em troca de se calar, não ver, ou não ouvir, e tudo convir com o Estado Partidocrático Português.
Ao fim de 44 anos sob a mesma plutocracia voltamos a reconhecer em Portugal a fórmula sacrossanta do poder unificado do Estado Patrão, sob arregimentação uninominal do Presidente do Conselho, tudo em favor da cleptocracia do socialismo, a ideologia oficial de Estado.
Este arranjo teve como fito colocar às claras o Estado Português que passou, sem pudor nem vergonha, a servir única e exclusivamente para alimentar a sua oligarquia com ligações e favores clientelares à partidocracia instalada.
Até que o Povo continue sereno.
(twitter: @passossergio)
(artigo do autor, publicado na edição de 30 de Dezembro de 2018 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)