Passos Coelho, na questão da sua receção do subsídio de reintegração dos deputados com exclusividade, procura a absolvição legal na Procuradoria-Geral da República pela via expedita e manhosa da prescrição ou do emaranhado das burocracias político-partidárias, o que até poderá vir a conseguir
Mas, jamais se livrará do julgamento moral dos portugueses, esse não lhe dá perdão à sua desavergonhada ganância pelo dinheiro.
Quando tantos portugueses vivem assoberbados de impostos, desemprego e dificuldades várias na sua subsistência, não tem perdão possível o abuso do erário público cometido, em resultado de uma conduta ilegal, embora prescrita, o enriquecimento desonesto de Passos Coelho com o correspondente prejuízo do dinheiro dos contribuintes.
Em face do tempo decorrido, da prescrição legal dos ilícitos e da impossibilidade de ser objeto do sancionamento criminal e civil, a sanção adequada e justa para a sua conduta tem de ser política e morar, e não poderá deixar de ser: a sua DEMISSÃO, já!