Aquilo que até há pouco mais de 10 anos era conhecido pela exploração semanal de 2 jogos, do Totoloto e da Lotaria Nacional, como meio de angariação de receitas para o apoio financeiro da meritória acção social levado a cabo pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, está agora convertida numa enorme multiplicidade de tipos e apostas de jogos diários e semanais, cada vez mais caros e viciantes a que se vieram somar mais recentemente o Totoloto, Euromilhões, "raspadinhas instantâneas", apostas de jogos na hora, etc., etc.
Santa Casa do Vício do Jogo é o no que parece que se transformou!
Mas os danos e custos sociais, económicos e humanos resultantes desta progressiva viciação e alienação que se abatem sobre dezenas de milhares de famílias portuguesas, privando-as de meios económicos e financeiros para acudirem às necessidades básicas de alimentação e sobrevivência, por causa da adesão popular aquela enorme oferta de jogos de azar, são enormes e graves.
Vergonhosa e hipocritamente, perante esta enorme tragédia social portuguesa, os poderes públicos nada fazem, viram a cara ao lado, e nem sequer os partidos políticos se atrevem a denunciar este novo flagelo social.
Mas, até onde irá esta cegueira e destruição social, e quando é que alguém corajosamente lhe põe fim?