Quem fala verdade afinal no caso das escutas a José Sócrates?
Em quem podemos nós confiar?
Quem está afinal a mentir: os investigadores e os procuradores que faziam a investigação contra José Sócrates e que se pronunciaram pelo processo crime contra ele, ou o Procurador-Geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça que defenderam o arquivamento e a destruição das provas?
Que credibilidade resta no final disto tudo?
Qual a credibilidade que nos merecem?
Mas que Estado é este cujos titulares dos seu mais altos cargos e, inclusivamente, os titulares dos Órgãos de Soberania, não nos merecem já qualquer confiança?
Como podemos nós viver descansados connosco mesmos, com os nossos filhos e com a nossa sobrevivência futura, enquanto uma seita maléfica e criminosa impunemente trata de roubar, atentar contra a nossa segurança, a nossa liberdade e contra a nossa mínima sobrevivência, sem que haja qualquer sancionamento contra tais condutas e seus factos?
Que merda de democracia é esta em que os governantes usando o dinheiro do erário público tratam de abafar a liberdade de expressão, atentam contra a liberdade da comunicação social e contra as liberdades em geral dos seus cidadãos?
Como podemos nós confiar neste sistema judicial, político e representativo português enquanto surgem suspeitas graves contra os seus agentes e funcionários públicos e acusações da prática de tráficos de influências entre as altas figuras do Estado e dos Tribunais?
Como podem os portugueses dormir descansados enquanto indivíduos a coberto dos poderes e das prerrogativas do Estado tratam de enriquecer pessoalmente e por meio da prática de crimes?
Como podem os portugueses confiar nos eleitos, ou nos demais titulares da instituições do Estado, enquanto estes se aproveitam dos cargos públicos, das leis e dos benefícios daí resultantes para praticarem toda a espécie de crimes, atentaram em violação contra a Lei, o Direito, a Justiça e a Constituição da República?
Mas não há nem punição, nem sanção, contra quem pratica tamanhos e graves crimes contra a comunidade e o povo portugueses em geral?
Afinal que podre e malcheiroso país é este?
Que República das bananas é esta?
Não há vergonha, nem mais decência em Portugal?
E os portugueses aceitam viver nesta tamanha ignomínia e a indecência das suas instituições?
A vilanagem é agora a lei e a moral vigentes em Portugal?
Que tristeza.
Que profunda tristeza é esta, de um povo submerso pelo esterco em que este país se atolou.
A imundície tomou conta de Portugal inteiro!