Afinal, o que é mesmo ser um convicto democrata e um amante da liberdade?
Como sou um profundo crente Cristão exijo-me sempre a mim próprio, antes de pregar as minhas ideias aos outros, e obrigo-me a dar exemplos práticos e quotidianos do que penso e do que lhes digo.
Ora, a minha crença e o meu credo democrata e liberal exigem-me sempre primeiro dar o sacrifício e o exemplo.
Primeiro sou e estou obrigado a dividir e a fazer em prol dos outros e que de tal resulte sempre em beneficio do colectivo.
Contudo, noto com graça a hipocrisia de muitos bom falantes que se dizem democratas e que na sua actuação e nos exemplos que dão de si mais não são do que profundos e requintados mentirosos e hipócritas.
Pregam aos outros belas palavras e boas retóricas de críticas, juízos de valor e até, nalguns casos, arrogantemente condenam os outros segundo no melhor que se julgam e no que pensam, vá-se lá a saber com base em quê, serem melhores do que esses outros que julgam e avaliam.
Em contrapartida o que llhe leio, vejo e constato mais não são do que palavras ocas, mentirosa e hipócritas.
A sua democracia é vontade da negação de democracia dos outros.
Não são nem capazes de dar nem sequer o seu apoio, não dão sequer uma palavra de alento aos demais, não partilham nem uma migalha do que possuem, nem incentivam aquilo que os outros abnegada e desinteressadamente dão do melhor de si, com esforço e sincero empenho, em prol dos outros.
Não têm sequer obra, nem sequer lugar, para onde caírem mortos.
A sua cultura, a sua postura e as suas condutas são o puro e o mero egoísmo, a altivez, a hipocrisia e a mentira.
A sua liberdade é a assunção do poder e o domínio sobre as liberdades dos outros.
A sua liberdade é o poder de restringir a liberdade dos outros.
A sua liberdade é a tirania sobre os outros.
Até mesmo a crítica que fazem aos poderes estabelecidos mais não são do que puras invejas e um requintado ódio: se governassem ou detivessem poder nas suas mãos mais não seriam do que os piores e os mais sanguinários dos tiranos.
Pobres dos seus filhos e das criaturas com as quais repartem as suas vidas, decerto que à sua volta criam unicamente ervas daninhas ou bestas ferozes.
Pobres idiotas de belas vestes, que usam as palavras como meros adornos.
Andam nus, com as suas vísceras à vista.
Não servem nem para o pó que engolem quando abrem as suas bocas sujas.
Ainda assim, ainda assim, uns poucos lutam e esforçam-se por dar o melhor de si em prol do futuro de todo o colectivo e ainda acreditam, que é possível salvar a Humanidade.
Dão até o seu corpo às balas, entregam-se às causas, dão tudo de si e unicamente o melhor, sem olharem a meios ou a esforços.
São os heróis dos tempos modernos, os justiceiros e os corajosos que se entregam pela continuidade da boa semente.
Tem de haver, exijo-o, antes das propaladas democracia e liberdade, um bom Deus, porque para estes humildes, corajosos, intrépidos e sacrificados heróis e batalhadores, sejam justamente recompensados das suas lutas e do seu esforçado empenho e dos seus bons exemplos.
Estes são os homens e as mulheres que eu admiro, que eu procuro e procuro seguir e imitar.
Vejo-os e conheço-os, são poucos, mas brilham em qualquer ocasião, e até mesmo que me encontrasse na escuridão, na tormenta e na batalha, como as em que nos deparamos, e muito particularmente Portugal, os encontraria sempre.
Vivam os sinceros e humildes, mas verdadeiros e honestos, mesmo que poucos, homens e mulheres democratas e livres.
São estes os verdadeiros e livres democratas e libertários.
É com estes que contamos!