Quem já leu e estudou o “Capital” de Karl Marx sabe bem, tal como até muitos reputados comunistas sabem hoje, que o sistema político-económico ali proposto não funciona e mais não serve, ultrapassado que está por modelos científicos posteriores, do que para uma mera cartilha de acção de propaganda política.
Não só o Marxismo está cheio de erros e incoerências, como falece nas suas premissas essenciais para explicar coerentemente o seu próprio modelo científico proposto.
Falhas a saber do Marxismo: a primeira tem que haver com a utopia de que o Homem tenderia a aceitar comummente a propriedade social dos bens de produção, bem como colocaria a sua consciência social acima do seu egoísmo. Ora nada mais errado, pois tanto o indivíduo propende natural e essencialmente ao egoísmo, como o seu desenvolvimento humano se faz pela selecção dos mais aptos e mais capazes. Coisa simples que o Darwinismo veio bem a demonstrar.
O segundo é que por essência e definição o Marxismo não admite as diferenças de pontos de vista contrários, antes persegue e defende até a adopção de meios violentos para a eliminação dos adversários políticos. Ora portanto, logo se vê que e em ordem a atingir o comunismo, forma optimizada do modelo científico proposto, propende necessariamente para a ditadura e para a supressão das liberdades, sendo portanto completamente contrária a qualquer existência de democracia.
O Marxismo falha clamorosa e novamente, na sua vontade e fins uniformizadores no todo de uma só classe proletária dominante, assim comprometendo totalmente qualquer possibilidade de igualdade de oportunidades para todos os indivíduos.
Neste último caso o modelo marxista e em última via no seu expoente máximo, o comunismo, uma vez que se trata de um sistema rígido e que não permite a liberdade de participação, ele acaba excluindo uma expressiva parcela da população e, deste modo, acaba gerando resistências e conflitos contrárias a si mesma, além residir numa inflexibilidade tão grande que acaba por minar a criatividade e, portanto, a vitalidade ou a dinamicidade de todo o sistema.
E a partir daí legitima-se a aplicação dos métodos mais violentos de transformação social, o que bem se conhecem com os exemplos dos horrores gerados pelos regimes comunistas estalinista soviético, o chinês, norte-coreano, cubano e por outros países do mundo que adoptaram um modelo marxista, que são hoje bem conhecidos e que dispensam maiores comentários, mas podem ser grosseiramente resumidos como uma ética do tipo “os fins justificam os meios”.
Ora, portanto o Marxismo necessária e obrigatoriamente degenera, bem como para a prossecução dos fins que procura, na ditadura sanguinária, que não precisamos mais de acrescentar, por bem sabermos e da História estar bem documentada de muitos dos seus genocídios sanguinários.