Ideias e poesias, por mim próprio.
3 milhões de pobres em Portugal: com fome e carências graves.
Segundo os critérios europeus oficialmente aceites, em termos genéricos, um indivíduo é considerado pobre se viver numa família cujo rendimento por adulto equivalente seja inferior a 60% do valor mediano por adulto equivalente ao calculado para toda a população.
De acordo com os dados de 2014, em Portugal o rendimento monetário disponível médio por adulto equivalente era de € 10.390 euros anuais e, segundo o critério de definição da pobreza, a linha mínima de exclusão da pobreza em Portugal encontra-se a partir de um rendimento anual mínimo igual ou inferior a € 6.234,00, ou seja, um rendimento mensal mínimo líquido de € 519,00.
Ora, segundo este critério de determinação da pobreza, e de acordo com projeções oficiais, no final de 2014 existiriam em Portugal cerca de 3 milhões de portugueses, numa população de 10,5 milhões de habitantes, portanto correspondendo a 28% do total da população portuguesa, que viveriam com um rendimento médio disponível mensal igual ou inferior a 519,00 mensais.
Outros dados relevantes da pobreza e da fome em Portugal:
- 14,5% (1.6 milhões) dos portugueses vivem em casas sobrelotadas. (fonte: INE).
- Taxa de risco de pobreza para menores de 18 anos: 24,4% (412 mil crianças) (fonte: UNICEF, dados de 2012).
- Crianças com fome diária permanente: 120 mil (mais 35 mil do que em 2012) (fonte: Banco Alimentar Contra A Fome-BACF).
- 21,8% das crianças viviam em agregados familiares com rendimentos per capita inferiores a 416,00 € mensais (INE)
- População com carências alimentares diárias: 26% (2 milhões e 750 mil portugueses), passavam fome permanente durante a semana, e 14% (1,5 milhões de portugueses) e, pelo menos, um dia por semana, não conseguem obter uma refeição completa (fonte: BACF).
- População com fome permanente diária: 375 mil portugueses assistidos diariamente pelo Banco Alimentar Contra A Fome (fonte: BACF).
- População em privação material severa: 41% (4.3 milhões) dos portugueses vivem com dificuldade, por exemplo, em pagar as rendas em atraso, manter a casa aquecida, ou fazer uma refeição de carne ou de peixe de dois em dois dias (fonte: INE)
