O evento ou festejo "Ano Novo" só devia ser celebrado, quanto muito, no meu modesto ver, ao fim de um período completo de sete anos.
Confesso, conforme penso já há alguns anos e o que tenho como aceite, baseado em dados revelados pela ciência, a minha noção de "ano novo, ou se quiserem de "vida nova", só o percebo e entendo segundo um período de tempo que se completa ao fim de, sensivelmente, 7 anos.
Ora, segundo alguns estudos científicos e o que foi já possível determinar, ao fim de cada período de sete anos completa-se toda uma nova geração de células em todo o corpo humano.
Ou seja, a cada 7 anos nós somos, física e organicamente, portanto toda a nossa estrutura, seres humanos completamente novos e distintos do que fomos até há 7 anos atrás.
Portanto, ao fim de cada novos 7 anos nos somos novos seres humanos. Afinal, parece que nós somos tão-somente clones ou recriações de nós mesmos. É certo, vamos envelhecendo, mudando lenta e gradualmente, mas no final nós somos um produto da vida que percorre dentro de nós mesmos.
Mas não só, também devíamos celebrar o "Ano Novo" e a "Vida Nova" quando a nossa vida verdadeiramente se revoluciona, ou dá uma reviravolta profunda, e que, por força e razão de modificações radicais, profundas, violentas ou súbitas, nos forçam a repensar e a colocar em ação a vida anterior para uma nova vida, ou seja, colocando-a de modo diametralmente oposto, e assim nos levando-nos a uma existência diversa da que tínhamos até ao momento imediatamente anterior.
Algo semelhante dá-se também, a meu ver, por exemplo, quando passamos a amar profunda e apaixonadamente uma nova pessoa. Isso também já sucedeu comigo, como sucede a tantos outros. Num destes casos pode-se entender igualmente que se ocasiona uma rutura, pelo que e em seu resultado passamos também a ser pessoas novas, física e espiritualmente.
No meu caso, como disse, os meus ciclos de vida dão-se, e não por coincidência, bem assim como produzem todas as demais e profundas mudanças, quando se alcançam, mais ou menos, somados sete anos.
E sempre que me conheço foi assim, portanto, de, mais ou menos, sete em sete anos, a minha vida muda. Tudo tem sempre mudado nesse tempo, é já algo por mim um dado adquirido, o que passei a aceitar sem resiliência ou drama.
Penso, sinceramente, que tudo o que se passou para trás no tempo, tal qual como de cada vez que se dão essas alterações, mais não é do que o produto de um contínuo processo de conhecimento e de amadurecimento pessoal. Logo, tenho de concluir, tudo na nossa vida está sempre em aberto e em constante mutação, jamais algo pode ser dado como terminado, não estamos sequer encerrados ou aprisionados em nós mesmos. Parar é morrer, viver é a maravilhosa caminhada no tempo, na vida e no espaço!
Mudar deve ser encarado tão naturalmente como é respirar e, jamais, devemos enfrentar a vida seja convencidos que somos imutáveis e, muito menos, que nada nos muda. A mudança pode e deve ser recebida como um benefício, um inestimável e incalculável valor de transformação, para melhor claro! E esta vida física não deve também ser nunca ser medida unicamente como um processo de princípio, meio e fim. Nós, como seres fundamentalmente espirituais como somos, devemos sempre, sem dramas nem tabus, adotar a vida como um processo permanente e infindável de modificações e mutações. E depois de morte física abre-se a seguir um novo processo infinito de mudanças, o nosso corpo e a nossa matéria vão-se juntar ao pó que corre no universo e a nossa alma irá reunir-se em paz ao grandioso espírito do Criador.
Simples!
Os dias do calendário são apenas dias de calendário. Calendários humanos há-os vários e diversos, já mudaram ao longo dos tempos e hão de voltar novamente a mudar. O que conta realmente somos nós mesmos, as nossas ideias, os nossos amores e as pessoas que amamos, a nossa família, os nossos amigos, a nossa comunidade, o nosso planeta e todas as suas espécies. É deles todos, sem exceção, que devemos cuidar, ao mesmo tempo é igualmente para eles quem devemos viver. A vida só serve mesmo ser vivida e para ser aceite grandiosamente como um processo de infinitas possibilidades, portanto, devendo ser gozada, sentida, amada e realizada sem complexos, sem entraves, sem tabus, sempre como um permanente processo de mutação de maravilhosas novidades e descobertas, de deslumbrantes novos conhecimentos.
A vida, por si, não tem mesmo nada de rotina! E mudar é conhecer.
Portanto, endereço para todos vós, no melhor momento que desejem, seja qual for o dia do ano, felizes e prósperas futuras vidas novas para todos! E que sejam sempre acompanhadas de enormes saúde, amor, esperança, paz e felicidade.
Um abraço, cuidem-se e que Deus vos proteja!
Mas, sobretudo e acima de todas as coisas, amem tudo e todos como a vida vos ama!