Os cenários de horror, tragédia e sofrimento humanos em massa, levados a cabo no solo europeu pelas I e II Guerras Mundiais, que a todos parecia distante e definitivamente afastado, eis que surge de rompante à nossa porta.
A agressão bárbara levada a cabo à Ucrânia pela mão de Vladimir Putin, é a reação ao perigo que o ditador sente vir das democracias e da liberdade para o seu regime autocrático e tirânico.
Para manter o seu regime fascista, revivalista do comunismo e sovietismo, o oligarca Putin está disposto a chacinar todos aqueles que se lhe opõem.
Teríamos de perguntar-lhe se o povo ucraniano não conta, mas o ditador não permite dúvidas ou críticas, aliás é conhecido por mandar assassinar todos os seus adversários, opositores e críticos.
A história rebuscada que o déspota usou para colocar em causa a soberania, a liberdade e autodeterminação da Ucrânia, explica integralmente a ignorância, a maldade e o carácter vil que o informal e determina.
Só mesmo comparável a Hitler, Estaline, Mao Tsé Tung, Pol Pot e outros genocidas.
Mas a retórica prolixa deste verdugo, jamais justificará a violação de tratados internacionais, a violação de fronteiras de um país soberano, e, muito menos, legitima a perseguição e o sofrimento, os assassinatos e as mortes infligidos a todo um povo.
Os povos, as pessoas, as liberdades e as vidas humanas estão sempre e inquestionavelmente acima de quaisquer lógicas políticas, territoriais e estratégicas.
Os povos podem e devem escolher livre e pacificamente os seus destinos e opções, assim o dita a Carta das Nações Unidas, os tratados e as convenções dos Direitos Humanos e o Direito Internacional, que todos os países, incluindo a Rússia, com assento na ONU, subscreveram e se comprometeram respeitar.
Mas Vladimir Putin, acobertado cobardemente pelas armas nucleares da Rússia, resolveu, unilateral e arbitrariamente, vilipendiar o povo ucraniano livre e irmão do povo russo.
Estas são horas tenebrosas para a Ucrânia e o seu povo, entregues à sua sorte e às mãos dos sanguinários, com o qual, não podendo nós ir em seu auxílio militar, partilhamos as nossas orações, solidariedade e mágoa.
E estamos à beira dum novo conflito mundial, com o risco de tudo o que está à face da Terra acabar numa imensa fogueira planetária e radioativa, em resultado da III e última Guerra Mundial!
Certamente, Deus julgará e punirá os autores desta monstruosa infâmia sobre, em particular, o inocente e martirizado povo ucraniano e, em geral, a Humanidade.
Mas, nesta hora terrível para toda a Humanidade, roguemos a Deus nos poupe de cair no precipício do Apocalipse.
(artigo do autor, publicado na edição de 28 de Janeiro de 2022 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)