Portugal, desde há seis anos, pela direção do Governo Socialista de António Costa, tem vindo a assistir um processo político-económico que nos tem vindo a aproximar a passos largos da atual miserável e horrível situação venezuelana.
A anunciada medida do Ivaucher para os combustíveis, à semelhança das refeições nos restaurantes, entre muitas outras medidas intervencionistas do Estado na economia e na sociedade, é o início da introdução do sistema de senhas de racionamento.
A medida do racionamento e das senhas de consumo, decalcada dos países da antiga União Soviética, da Coreia do Norte e Cuba, é hoje praticada em larga escala na Venezuela para todos os produtos básicos essenciais à sobrevivência humana.
A seguir virá a política de troca de alimentos por juras de fidelidade à Esquerda Unida.
A obsessão da receita fiscal, conduzindo à mais absoluta pauperização de Portugal e dos portugueses, tornou-se a ideologia oficial de Estado.
A propaganda nos descontos de € 25,00 por família nos combustíveis, nos próximos seis meses, em vez de baixar a pesada carga dos impostos, serve o poder da burocracia e da manipulação políticas, em prol do estatismo, da pobreza e da corrupção.
O Estado omnipresente traz consigo o avolumar do poder da corrupção, custando anualmente mais de 20 mil milhões de euros aos contribuintes, 8% do PIB nacional.
Somos hoje já o país mais corrupto da União Europeia e um dos países mais corruptos de toda a Europa, o mais característico sinal do poder avassalador do Estado.
O comércio de lugares na política no Estado e na Autarquias, em troca de posições nas empresas, institutos públicos locais, regionais ou nacionais, é a face mais ativa da atividade político-partidária, no que os socialistas são imbatíveis.
A caminho do país mais pobre da Europa, contam-se hoje 3 milhões de portugueses pobres, entre os quais 2,5 milhões de famintos diários, passando privações básicas várias, desde os alimentos, ao aquecimento, à saúde e demais produtos essenciais à vida.
À semelhança da Venezuela, o Estado Português é hoje um domínio particular, para o usufruto vitalício e exclusivo da oligarquia político-partidária e do alto dirigismo público.
Ao virar da esquina deste trágico caminho económico, social e humano, tal como naquele país sul-americano, espera-nos, hoje já bem percebido e sentido popularmente, a asfixia e intolerância democráticas, o coletivismo forçado, a repressão e o termo das liberdades.
Eis a república socialista portuguesa.
--------------------------------------------------------------------------
(twitter: @passossergio)
(artigo do autor, publicado na edição de 30 de Outubro de 2021 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)