Os últimos 45 anos de Portugal foram conduzidos pela ilusão política, criada, alimentado e amplamente difundida pelos Partidos Políticos do Regime em tornar um país mais igualitário.
As ideias centraram-se sempre na redistribuição de riqueza, consumindo os eleitores, cada vez em menor número a cada novo ato eleitoral, as patranhas lhe impingidas.
Para esse fito, os Partidos levaram a que o Estado agravasse os impostos sobre o rendimento e trabalho, IRS e IRC, criaram uma cada vez maior e mais gravosa parafernália de novos impostos e taxas, castigaram a criação de riqueza, desincentivando e punindo a produção, o trabalho e a poupança, mas estimulando e subsidiando a preguiça, a ociosidade e a vadiagem.
A história da partidocracia de 45 anos é o do endividamento progressivo dos cidadãos, os contribuintes e do país, a venda e hipoteca das riquezas nacionais, e, com tudo isto, pouco mais se obteve do que os medíocres, mas careiros e deficitários serviços públicos, com destaque para os ineficazes serviço nacional de saúde, abortista e eugenista, e o sistema educacional, anárquico e grevista, que nunca conseguiram dar uma adequada e responsável resposta às necessidades humanas e sociais dos portugueses.
A própria justiça tornou-se cada vez mais cara e inacessível aos comuns cidadãos, apresentando-se dura e desumana com os mais fracos e desprotegidos, anti familiar e inimiga da paz social, muitas vezes, muito por culpa da lei, pactuando, tolerando e fechando os olhos aos abusos dos mais fortes, poderosos, ou beneficiários de imunidades, privilégios políticas, sociais, económicos e sindicais.
O Estado glutão e gastador, cada vez mais centralista e omnipresente, incapaz de combater corrupção, o clientelismo e os favoritismos de uma oligarquia corrupta e delinquente, não ajudando os mais necessitados e não conseguindo transformar um País onde todos tivessem, com plenas igualdade e dignidade, orgulho de viver, trabalhar e residir na sua própria pátria, reconduziu os portugueses à pobreza, à emigração e ao atraso de outrora, recuperando memórias de tempos que pensávamos estar para trás …e, espante-se, colocando-nos no lugar do país mais pobre e subdesenvolvido da União Europeia.
(twitter: @passossergio)
(artigo do autor, publicado na edição de 31 de Outubro de 2019 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria)